31 maio 2009

DOR DE DENTES.


I

Jorge de Sena tinha razão quando um dia ao reflectir sobre Portugal e os portugueses concluía:

“O nosso mal, entre nós, não é sabermos pouco; é estarmos convencidos de que sabemos muito. Não é sermos pouco inteligentes; é andarmos convencidos que o somos muito. “

II


(…) o advogado de acusação , chamou a sua primeira testemunha, uma avó de idade avançada.

Aproximou-se da testemunha e perguntou:

- D. Ermelinda, a senhora conhece-me?

- Claro.

Conheço-te desde pequenino e francamente, desiludiste-me.

Mentes descaradamente a todo o mundo, enganas a tua mulher com a secretária, ainda fizestes um filho na tua cunhada, e deste-lhe dinheiro para se livrar da barriga, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas.

Julgas que és uma grande personalidade quando não tens sequer inteligência suficiente para ser varredor.

É claro que te conheço. Se conheço...

O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:

- D. Ermelinda, conhece o defensor oficioso?

- Claro que sim..

Também o conheço desde a infância.

É frouxo, não tem tomates para manter a mulher na linha, ela anda a fornicar com os empregados da casa, o motorista, o jardineiro e até o carteiro dorme com ela, todo o mundo sabe, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado, bem... é um dos piores profissionais que conheço.

Não me esqueço também de referir que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua própria mulher.

Sim, também o conheço. E muito bem.

O defensor, ficou em estado de choque.

Então, o Juiz pediu a ambos os advogados que se aproximassem do estrado e com uma voz muito ténue diz-lhes:

-Se algum dos dois perguntar à puta da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos !




Boa noite .

30 maio 2009

NOITE DE CINEMA – BARREIRO NOVO CULTURA - MAIORES DE 18 AP

29 maio 2009

VTM disse…

Na Blogomania a maior parte dos blogues utiliza mal a língua portuguesa.
Por desconhecimento e por desleixo. Escrever bem dá muito trabalho.
Ajuda a maiores erros escrever todos os dias !

E pior só na caixa dos comentários.

Fico satisfeito em saber que o barreirovelho tem leitores exigentes com a nossa língua.
Da minha parte faço o melhor que sei.

Vou dar um exemplo prático com gente conhecida na Web
link no título:

hipocritamente

é um bom blog que :


PREFIRO INCOMODAR COM A VERDADE, QUE ALINHAR COM ADULADORES

Umas das actitudes mais nefastas no comum dos ambientes, é a daqueles que crêem superiores aos demais, mais espertos, mais fortes, mais belos, mais, mais, mais …

o melhor é conhecer o blog e ler o post :

pedantes e necíos e verifique os erros gramaticais e de escrita que entender.

Chamo a tenção para o comentário de :


# HelderFraguas said on August 15, 2008 3:21 PM:

A humlidade e a modéstia são valores importantes.
Há quem diga que se tem dois ouvidos e uma só boca. Por isso, deve-se ouvir mais do que falar.
Pois eu gostei de o "ouvir" a si, Meu Caro.


Conclusão :

Hélder Fráguas, um homem da Net, juiz, nosso conterrâneo, que conhece a língua portuguesa, escreve bem, tem dois blog, não valorizou o “ACTITUDES “ e muito menos “ NECÍOS “ e muitas mais.

Apreciou o pensamento da escrita.
Fiz o mesmo. Apreciei o pensamento da dona do blog Anastácia Belo.
Se é advogada ou não para mim não tem qualquer relevo .
Entendo que é mais uma profissão das milhares que existem.

É tudo. Por isso , não perdeu, para mim, qualquer mérito.

Seria incapaz de me aproveitar de deslizes com a nossa língua, ou mesmo da ignorância no léxico, por ser uma das mais traiçoeiras do mundo para discutir o conteúdo de uma escrita.

Um dia destes fui levado no fervor da escrita a escrever uma patacoada de palmatória.

Recebi uma correcção, das mais elevadas e inteligentes, que me serviu de lição; o leitor do barreirovelho o Avô António sabe do que falo.


Boa noite.

28 maio 2009

OLHAR DISTANCIADO.


Anastácia Belo disse … respondeu-lhes !

É tipico dos comunistas esta conversa.
Entre a ingenuidade fraca de argumentos e a arrogancia da agressão.
Gente desclassificada que tem na violencia, na ofensa baixinha os unicos argumentos...
Lembram-me os tempos duros quando em 75 comprar o Expresso à porta do Tico-tico queria dizer ser chamada de tudo menos de maezinha...
Só os "fascistas" compravam o expresso.
Felizmente sei que este tipo de actitude está condenada historicamente e que aqui vivemos no ultimo reduto comuna...

Recomendo este novíssimo blog do Barreiro. link no título

A dona do blog, Anastácia Belo, uma mulher de coragem, decidiu não só franquear a caixa dos comentários a todo o bicho-careta como lhes dar trela …a quem não a merece.

Está de parabéns, porque reconheço-lhe a coragem de abrir um Blog do Contra no Barreiro Um Sol de Abril e colocar-se com elevação à discussão sem medos.

Continue porque vai viver em directo o Barreiro Novo da Capadócia que vive em cavernas e só vê fascistas por todo o lado.

( a partir de agora estou a contar o tempo que resta até lhe saltar a tampa, depois comparo com o meu e vemos quem foi o mais resistente ; uma competição justa porque a Anastácia Belo tem à sua frente a mesma brigada que me calhou a mim .)


25 maio 2009

A ARTE DA GUERRA COMO UMA MAIS VALIA ELEITORAL À CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO!

I

O eleitorado barreirense, que teve em 2001 capacidade e força suficiente para tramar as contas eleitorais ao PC e pôr lá o PS, vê-se oito anos depois decepcionado com o partido socialista do barreiro que “aposta” - ipsis verbis - num coronel, coisa nunca vista, como candidato à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro, que tem como único mérito ser um tropa medalhado, com o cognome de “capitão de Abril”.

Por omissão no curriculum profissional deste candidato, nada é dito da sua capacidade e conhecimentos, com provas dadas, para orientar orçamentos e verbas, que “entram e que saem”, ou a “lidar com pessoal cheio de direitos e poucos deveres ”.


II

ARRE CHIÇA QUE É DEMAIS !

ARRE, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.
Agora começa o Manifesto:
Arre! Arre!
Oiçam bem: ARRRRRE!

Álvaro de Campos – Poesias


III

momentos Chavez :

…fazer parte da maçónica Associação 25 de Abril, ou o de ter escrito o último discurso lido na Assembleia da República, por um outro capitão de Abril que chorou 35 anos depois, e fez chorar as pedras da calçada de são bento.

Estar na última jantarada das juntas de freguesia nas comemorações do 25 de Abril, nos Penicheiros, e descobrir que a assistência estava repleta de autarcas velhos e que faltavam jovens.

ou na fanfarronice … não me peçam é para fazer outro 25 de Abril.

- porque “ falta juventude aqui dentro, para eles a democracia não é o mesmo que para nós, mas nós não fizemos o 25 de Abril para nós mas sim para o futuro . Não me peçam é para fazer outro…”

ou como educador

- Para os jovens a democracia é um estado natural, tão natural como o ar que respiram. Por isso é preciso educar essas crianças, os nossos jovens, que o ar que respira pode estar poluído.

Filosofando:

- “Pela relação de proximidade, o poder local deve ser a grande escola da politica e não os corredores de são bento.”

Meu Deus! Azar o nosso!

Como o PCP do “Barreiro Um Sol de Abril “ não tem tido muito sucesso em educar-nos … faltava cá este!

… se pudesse e lhe dessem gás ponha-nos a todos


... de camisa vermelha!


Arre ! Arre !

III

Os barreirenses sem partido que não se deixam domesticar e que não querem ver o Barreiro mais encalhado, estão perplexos com esta “leviana opção política” de levar a arte da guerra a votos como uma capacidade intrínseca e vocacionada para resolver, entre muitas dificuldades, a grave situação financeira – de uma estrutura com vícios e métodos de trabalho medíocres, generalizada como cultura funcional - de uma Câmara Municipal endividada ,que gasta e sempre gastou, para além dos seus recursos.

Não deixa de ser uma verdade, que os restantes candidatos até agora conhecidos, por não serem militares, não são melhores candidatos que este. São diferentes !

IV

Haverá algum eleitor, ao dar o seu voto, se preocupe em entregar a um qualquer polícia, militar, juiz, advogado, construtor civil, dirigente ou jogador da bola, artista de artes e sem artes, milhões e milhões de euros de orçamento anual, vindo dos nossos impostos, a quem está familiarizado e aprendeu a lidar, por vezes mal e
porcamente, com milhares?

Pobre Barreiro!



Boa noite.

23 maio 2009

NOITE DE CINEMA - BARREIRO NOVO CULTURA - MAIORES 18 ANOS AP


19 maio 2009

A ESPUMA DO TEMPO.

Li de um fôlego



A ESPUMA DO TEMPO MEMÓRIAS DO TEMPO DE VÉSPERAS (Almedina, Janeiro 2009) e as suas quatrocentas e muitas páginas, do Professor Adriano Moreira, quase na mesma semana em que saiu, graças à Bertrand do Fórum Barreiro.

É um hábito trazer para aqui pensadores para aprendermos com eles. Eu aprendo.
Como é óbvio o livro do professor Adriano Moreira viria para aqui para aprendermos com ele.
Hesitei.

Por falta de pachorra fiz o pior que se pode fazer: acomodei-me na auto-censura.
Porquê auto-censura?
Para evitar polémicas estéreis, que acabam quase sempre com espuma nos cantos da boca, nesta terra do branco e preto. Tudo é branco ou é preto. Não há cores intermédias.
Em terras cheias de razão, de razões e de verdades, é difícil fazer passar uma mensagem que fuja do entendimento de mentes pouco desenvolvidas.


Se alguém diz que fulano, do regime Salazarista, era um homem sério, conclui-se, quem faz esta afirmação quer branquear o Salazarismo. É um fascista encoberto.
Por outro lado, se alguém afirma que fulano membro destacado do partido comunista é um trafulha e oportunista imediatamente passa a ser um anticomunista primário e um grande fascista inimigo do partido dos trabalhadores. Este argumento também cola em tudo que mexa na política ou em partidos ditos democráticos. Cola menos mas cola.
No entanto a hipocrisia e a má-fé de alguns barreirenses aceitou uns e repudiou outros que vieram do antigo regime.
Como curiosidade comportamental, explicável, houve um Barreiro que nunca repudiou em 75 os bufos e os legionários do antigo regime que passaram a andar com cravos, mais a foice e o martelo na lapela, ou a tomar a sua bica na Rua Vasco da Gama, ou na provocação aos Barreirenses que tinham abandonado África, com uma mão atrás e outra à frente, com o estigma de retornados exploradores de pretos.


Retomando Adriano Moreira:
O autor é um senhor, com autoridade intelectual, na verdadeira acepção do termo.
Um senhor que fez história; trabalhou com Salazar, contrariou Salazar, não era Salazarista, combateu os Salazaristas, desdenhava militantemente dos hipócritas e oportunistas salazaristas e caetanistas que rodeavam Salazar ou Marcelo Caetano; perseguido pelas tribos salazaristas só acalmou em 1974 para ser de novo perseguido na democracia e tranquilizado em 1980 com a intervenção de Eanes.
Um deles, o pequeno ministro, ainda actua. E com muito prestígio. Foi Ministro da Educação de Caetano. Dono de Gorilas e dos vigilantes em 73, para quem se lembra.

Trafulha no bom sentido do termo e desleal segundo relatam estas memórias. Um exímio comunicador; o nosso conhecido historiador da TV José Hermano Saraiva.
Adriano Moreira nunca brincou, antes nem depois, ao politicamente correcto. Conta nas suas memórias, por duas vezes se cruzou com Saraiva, já no actual regime, e por duas vezes lhe voltou a cara recusando a mão estendida.


Ontem Adriano Moreira esteve na RTP num programa das segundas-feiras. Não vi, mas disseram-me que a Fátima Campos Ferreira trouxe este livro de memórias ao programa que contou com a presença do autor.


Oportunamente voltarei com “a espuma do tempo memórias do tempo de vésperas “ como o melhor livro de memórias desde a queda do “regime constitucional de 1933”, com alguns dados históricos e trazer mais conteúdo do que este post que se dispersou e se perdeu na minha espuma do tempo.

Mas o melhor seria que adquirisse a obra para aprender.
Vai constatar que muitas das as histórias que sabe, ou lhe contaram e descreveram, estão do avesso.







Boa noite.

18 maio 2009

A ABSTENÇÃO (OU O VOTO DE PROTESTO) NAS PRÓXIMAS AUTÁRQUICAS DIGNIFICARIA O BARREIRO E OS SEUS ELEITORES.


I

Nada ficaria por contar dos candidatos, e seus partidos ,até agora conhecidos, às próximas autárquicas se não fosse a necessidade de alimentar o barreirovelho com um post para dar continuidade ao assunto que se começou.

II

O PCP/Barreiro, esmerou-se - num hiper-restaurante com centenas de habitués a 30 € para pôr os pés debaixo da mesa - na apresentação do seu pessoal.

Curriculum profissional produtivo desta gente? Zero!

Muito bons na sua especialidade de militantes do partido. Sindicalistas.
Sindicatos e correlativos. Movimentos disto. Movimentos daquilo. Colaboração com o MFA .
Até há um candidato que tem como profissão funcionário político, membro do comité central, a acumular com o actual cargo de presidente da câmara municipal.


III

Esclarecia Cunhal no seu Rumo à Vitória pg. 274:
“ (…) em 1940/41 se criou um comité central , uma direcção colectiva e um forte corpo de revolucionários profissionais que, embora em períodos difíceis e alterações e renovamentos na sua composição se tem mantido até hoje “.

IV

À excepção de Coina, os candidatos do PC às juntas de freguesia já lá estavam.

Os mesmos de sempre que não largam o poleiro

( aliás como Salazar um outro insubstituível com dezenas e dezenas de anos na mesma cadeira acabou por cair do poleiro )
a passarem dos sessenta. Reformados. Geriatria politica !

Há também um candidato de Abril que já lá estava: um capitão de Abril.

O corolário da nova nobreza portuguesa.


V

Da actual estrutura da Câmara Municipal sai um guru com história feita:
“o partido socialista dá dinheiro ao associativismo que vai para o bolso dos seus dirigentes “.
Estranha denúncia ,do que seria um crime público ,num País civilizado , logo morto à nascença.
Na assembleia municipal.
Na oposição.
No poder autárquico PS.
No associativismo e nos seus dirigentes.

Aguardemos qual será o conselho de administração de uma pública ou municipal/pública onde ele irá aterrar.

Os restantes são mais do mesmo.
Com histórias no partido.
Desconhecidos sem história e muito menos relevância.

Da Assembleia Municipal sai um entra outro.


VI


Dos outros, partidos e seus candidatos, muito pouco há a escrever, no entanto, há já um dado adquirido na Cidade:

a pobreza franciscana no convencimento e nas convicções com provas dadas ,da esmagadora maioria dos candidatos ,é de tal maneira paupérrima que talvez seja preferível que o comité central continue a governar o Barreiro por mais quatro anos.

Já sabemos com o que contamos.

Cansarão tanto que o tempo se encarregará de os definhar.

Depois vê-se,porque conhecer muita ou pouca gente do Barreiro ,não é o mesmo que conhecer o Barreiro.



Boa noite.

15 maio 2009

NOITE DE CINEMA - BARREIRO NOVO CULTURA - MAIORES DE 18 ANOS.


14 maio 2009

A GESTÃO DO BARREIRO AUTÁRQUICO ENTREGUE AO “SOL DE ABRIL” .

A autarquia barreirense nas mãos do pcp não é diferente das outras nem um exemplo : gasta mais do que devia.

Recebe cem e gasta duzentos.

Mas, a quem está entregue esta gestão?
A profissionais da gestão?
A gente com curriculum compatível e com experiencia profissional comprovada?
A gente no mínimo com experiencia de vida?

Não! Nada disto.

Está entregue a curiosos, que podem ser muito bons na sua actividade política, mas gerir uma autarquia com dinheiros públicos ou uma empresa com dinheiros privados não é o mesmo do que gerir um partido ou o Alguidares de Baixo Futebol Clube.

Uma má gestão num partido pode levar o mesmo a perder votos e influência.
Há culpados .

Numa empresa leva ao seu encerramento e ao desemprego.
Há culpados.

O Alguidares de Baixo passa a jogar com bola de trapos.
Há culpados.

Uma autarquia gerida sem a vertente do rigor e do profissionalismo não é mais que um sorvedouro dos nossos impostos.
Não há culpados. Não há desemprego.

Então qual é o perfil dos novos candidatos pcp, desta autarquia endividada, que aumentou o prazo médio de pagamento ,a estrangular financeiramente os fornecedores?




Boa noite.

13 maio 2009

O BARREIRO MERECE ISTO E MUITO MAIS.


I

Quem teve a pachorra de se deslocar ontem à noite à assembleia do FCBarreirense( já foi clube de futebol agora é da bola )
no sótão da sede, teve o que merecia, sem contar quem entrou por volta das 22 horas ouvir o berreiro na forma de cantares guerreiros (vindos do balneário que se ouviam nas redondezas) de “ Manuel Lopes vai para o caralho “.


A Assembleia de sótão, com espaço de arrecadação e ar irrespirável, mais parecia uma reunião de um qualquer clube de bairro de casas sociais.


No final tudo ficou pior do que estava.


Nos novos tempos, nestes locais, só se encontra quem aparece e não quem faz falta.


II

O PCP apresentou os seus candidatos.
Melhor, manteve três dos quatro, mais a entrada de um candidato desconhecido sem curriculum profissional, como os restantes, de um partido que se conhece como os verdes, ecologista, que nunca foi a votos e que ninguém sabe quanto vale.

Este Partido aparece sempre nas eleições colado ao PCP com a sua flor, a esconder a foice e o martelo que também não vai a votos, nem sabemos quanto vale se aparecesse tal e qual como é.


III

O partido socialista do Barreiro, abandonado por tudo e todos, sem ninguém para candidato às próximas eleições autárquicas, foi buscar um capitão de Abril para fazer este papel.

Com isto vai dificultar a vida a uma grande franja do eleitorado barreirense que votava PS para contrariar o que não queria.

Um capitão de Abril, na oposição ao PCP, para desencalhar o Barreiro e leva-lo ao Progresso.

O Barreiro merece isto e muito mais!


Boa noite .

07 maio 2009

(III) O LIVRO DE ESTILO. O SEU GUIA DE LEITURA.

CULTO DA PERSONALIDADE.

Ao edil, camarada do comité central:

“No entanto, apesar dessa realidade política, o PCP/CDU continua a ter força, energia e inteligência para manter uma forte a “autoridade moral”, hoje, muito consubstanciada pela figura, do presidente da Câmara Municipal do Barreiro.”16/7/2008

“Parece, que estão mesmo apostados em “desfazer”, em lume brando, o capital político do PCP/CDU chamado presidente da câmara.”4/9/2008


“O presidente da câmara, é um “reduto de esperança”, porque tem trabalho realizado, porque “abre” o PCP/CDU para além do seu tradicional “enconchamento”. É um homem de diálogo e honesto.”4/9/2008

O “peso político” do presidente da câmara tem no Barreiro, transcendendo o PCP e a sua franja eleitoral.”4/9/2008

“Senti orgulho de ter um presidente como presidente da Câmara da minha terra. Até pareceu-me que ele ia chorar. E que chorasse, que mal tinha, os homens também choram”.8/4/2008

Statu quo sim, mas nem tanto:

para esta imprensa um pouco de marcha atrás seria por demais bem-vinda.

BAIRRISMO.


Mas se Portugal se vai aos poucos perdendo, o Barreiro ainda vai conservando algo da sua “pureza primordial”.

Em grande medida, graças à sua imprensa.

O presidente:

“O Barreiro deve estar agradecido – a este jornal da terra - pelo contributo que dá ao seu desenvolvimento”23/9/2008

A comunicação social “é um elemento indispensável à democracia e ao desenvolvimento e crescimento do Barreiro”,23/9/2008

Hoje no Público dizia o investigador francês, (amanhã estará na Católica com uma conferencia: onde se ganham as guerras: no terreno ou no ecrã?) Daniel Dayan:


os jornalistas deviam ser melhores do que a maior parte das pessoas.

“Devem narrar de forma a permitir o debate”.

Em vez disso,


“ são semi-intelectuais, semieducados, impreparados e partidários “.

Mas nem só dos bons velhos valores vive esta terra, não — a grandeza moral e cultural (a moral e a cultura comunista) abunda neste rincão pátrio como em nenhum outro sítio!

A terra é «bendita», «ubérrima» e «paradisíaca», com os seus moinhos (de vento ou de maré degradados) o município é «dinâmico» (apesar de se desertificar), os que nele habitam são «nobres», a cidade e as suas freguesias são «antiquíssimas» (mesmo que só tenham uns séculos) e acima de tudo «belas».

Se não acreditam, basta ler o inimitável “O Pravda do Barreiro”:

está lá tudo, preto no branco.

E, como sabemos, se está escrito é verdade.

TRAGICOMÉDIA.

Posto isto, perante esta imprensa o leitor crítico vê-se o mais das vezes de sentimentos divididos: rir ou chorar?

Rir — da pobreza ideológica e de espírito, do bairrismo bacoco, da paralisação no tempo, da mediocridade crónica, do ridículo a que as coisas chegam (ou de onde, desgraçadamente, nunca saíram), do amadorismo infantilizante da maioria dos textos, do fait divers pequenino e estéril — ou chorar — exactamente pelas mesmas razões, mais o facto de que é esta a memória que vai ficar para a posteridade, armazenada nos nossos arquivos?

Com «Faróis de Alexandria» como estes, quem se admira que o Barreiro se encontre encalhado?





Boa noite.

Bibliografia
Copycat


06 maio 2009

(II) O LIVRO DE ESTILO. O SEU GUIA DE LEITURA.

MANIQUEÍSMO.

Como consequência deste monolitismo cai-se numa abordagem maniqueísta dos assuntos, em especial se estes envolvem valores ideológicos: o Barreiro divide-se em “Nós” e “Os Outros”.

Nós os rectos, os defensores dos trabalhadores, mantenedores da tradição que tornou o nosso Povo Revolucionário que é; Os Outros — forças obscuras a orquestrar a corrupção dos valores morais e ideológicos da verdadeira esquerda.

E toda a análise é feita partindo deste pressuposto, sem meios-termos: “Barreiro um Sol de Abril “, a nossa cidade, ama-a ou deixa-a, esta ou aquela personalidade ora são oásis de moralidade, honestidade e dinamismo que todos deveriam seguir, ora são pólos de atracção reaccionária para o abismo em que o Mundo neoliberal
se afunda e nos afunda.

RECIPROCIDADE.

Mas que ninguém diga que nesta imprensa não se é amigo dos amigos!
O lema da maioria dos seus colaboradores parece ser «Diz bem sem esquecer ninguém» — em especial se esses outros de quem falam forem políticos com raízes firmadas no Concelho, pois se «O primeiro e maior dever do homem é a gratidão» (nas palavras do Papa Pio XII), a materialização desta acabará por se fazer...

E, sendo esta imprensa tão generosa, há louvores que cheguem para (quase) todos, a começar pelos demais «verdadeiros intelectuais desta terra» que também escrevem em algum jornal (porventura o mesmo, ou escreveram uns versos – que morrem no mesmo dia – ou um livro de exaltação), e que na primeira oportunidade retribuirão, com juros.


PEDANTISMO.

Assim, como nos espantarmos que estes jornais transbordem de «insignes» colaboradores (entre eles o Eng. Qualquer-Coisa, «douto» como outro não há — excepto, claro, o «ilustre» Dr. Fulano, que por acaso também colabora no mesmo jornal), todos senhores de uma «prosa inspirada» e «magistral» com que «abrilhantam» os «perspicazes» artigos de opinião que em boa hora o jornal deu letra de forma…?

Faltam palavras para descrever o esplendor que reina na nossa imprensa.

FOSSILIZAÇÃO.


Evolução de mentalidade é algo que não diz nada (de bom) aos que fazem a imprensa que temos.
As ideias boas, os valores correctos, a ideologia salutar, a atitude a adoptar são as de um tempo mítico do “verão quente” ao qual essas pessoas ainda tiveram a “sorte” de pertencer ou de ouvir falar — (mais de noventa por cento das pessoas ligadas ao associativismo com dezenas de anos de dirigismo alternado o viveram)
e a desdita de ver como ele passou.

(Veja-se a aceitação fora do Barreiro Velho do mercado feirante que queriam enxertar no centro histórico – mais tarde ou mais cedo ganhará - ou a chamada dinamização cultural com feiras da ladra, bejecas, muita febra na brasa, acompanhadas de canções “espanholadas (!) ” mais a compreensão por omissão à agressão de arruaceiros a Vital Moreira. A pretensa destruição da estátua de Alfredo da Silva etc.etc.)

Toda a medida tendente a alterar “A Tradição dos valores do igualitarismo de esquerda ” ( o mercado de levante , a ocupação de casas por minorias étnicas ,com direitos sem deveres ,no centro histórico, roubo de água e electricidade, com topo de gama a pronto ,no passeio ) é obra de uns degenerados fascistas infiltrados.

Assim, não raro os nossos jornais (e as instituições) constituem-se saudosos de um tempo que felizmente já lá vai, (… dar casas!) eternos transmissores de ignorâncias e motores de inércia, manietado(re)s pelas teias-de-aranha de uma moral politica caduca e castradora.


- Continua




Boa noite.

05 maio 2009

O LIVRO DE ESTILO. O SEU GUIA DE LEITURA.


SERVIR COM SUBSERVIÊNCIA.
A característica mais comum a esta imprensa barreirense , que permitiu que a domesticassem ,é a de servir com subserviência os poderes instituídos.

Por outro lado, dependendo a sobrevivência (dos órgãos de informação dos meios pequenos) em grande medida da publicidade institucional, acima de tudo mais convém não criar inimizades entre os barões locais, assumindo antes uma postura que na gíria recebe a designação de “jornalismo responsável”.
Se se almejarem voos mais altos, o discurso laudatório do poder é sempre incentivado.

TRAMPOLINISMO.

Um jornal representa sempre um certo poder, pois dele poderá depender o controlo da Opinião Pública.
Assim, que melhor rampa de lançamento político do que uma tribuna num jornal da região?

Daqui poderá resultar uma outra posição não rara (se bem que aparentemente contrária à apresentada no ponto anterior): as de raros opinadores, com alguma dificuldade, fazem da oposição aos detentores do poder local o seu cavalo de batalha.

A curto prazo são registados alguns benefícios ao nível do debate, caso do “Pravda do Barreiro “ , como seja o surgimento de um escaparate, em caixa de comentários, para (algum)as tendências políticas anteriormente privadas de voz.
Mas o espectro de ideias nunca se alarga muito pois o que os move não é a busca do pluralismo, antes a substituição de uma nomenklatura por outra: como diria Iznogoud, personagem ficcional (?) de Goscinny,
«Eu quero ser o Califa no lugar do Califa» — ou, reportando-nos a uma realidade mais caseira,
«O meu Cacique é o outro».

Se o “jornalismo responsável” pode apresentar brechas quanto ao poder político, o mesmo não se passa quanto aos diversos poderes aliados à igreja:
questioná-los (cada vez há mais comunistas no Barreiro em procissões e/ou debaixo do palio) poderia fazer tender o fiel da balança para o lado contrário, e não há nada pior para um político e um jornal “trampolinizável” do que um anátema.

MONOLITISMO.

Se há uma acusação que não podemos fazer a esta imprensa é a de falta de “coerência editorial”.
Para quê publicar artigos de opiniões divergentes, se a deles é que é a recta, como de resto o podem confirmar os seus muitos amigos?
Depois, a diversidade confunde o Povo ou, o que ainda é pior, leva-o a pensar nos assuntos e a decidir por si — o primeiro passo para a heresia...
Pluralismo sim, mas a uma só voz — os coros agradam ao Senhor!
(Walter Lippmann dizia que quando toda a gente pensa da mesma maneira, ninguém pensa grande coisa — mas que sabia ele da nossa realidade?)

Um corolário desta “coerência” é a consanguinidade de alguns jornais, com muitos colaboradores (ou mesmo artigos publicados) em comum — a esterilidade ideológica resultante deste incesto é aqui vista como um benefício.

-continua –










Boa tarde.

04 maio 2009

O LIVRO DE ESTILO DO JORNALISMO “BARREIRO UM SOL DE ABRIL “.


I

Este Concelho em tempos um baluarte de cultura, já viu imprimir dezenas de títulos de jornais (dos políticos aos associativos, religiosos, profissionais, etc.), hoje, tem a quantidade suficiente em papel ou na Net.

Todos são de borla à excepção de um que custa setenta e cinco cêntimos.

É o reflexo de uma Cidade que lê muito pouco, que é mais de ouvir, infelizmente desinteressada da imprensa local, que cansou por não conseguir comunicar sem dizer mais do mesmo.

Por isso mesmo, estes jornais têm muitos amigos a escrever, e poucos jornalistas.


II

O pcp dispõe de dois jornais: um grátis, adquirido há uns anos , que sai de quinze em quinze dias, e o diário on-line, “A Verdade a que Temos Direito” que aceita comentários anónimos em directo, mais conhecido pelo “Pravda do Barreiro ” também impresso com saídas irregulares para assinantes.

Uma parte da oposição do PS/B ao PCP tem um jornal semanal, pago, em papel e repetido em on-line.

Há mais dois grátis: um deles impresso, está numa outra facção do PS/B, também igual à versão on-line; há um outro, só impresso, que não é de ninguém e faz o favor de ser de todos.
Dos restantes partidos, quem tem amigos e não tem jornais, não morre mouro sem dar notícias.


III

Todos se encaixam, uns mais que outros, neste novo Livro de Estilo, mas, não tanto como o inigualável “Pravda do Barreiro” que faz por cumprir escrupulosamente, dia a dia, todos os pressupostos, com os seus colunistas, poetas e comentadores diários que se tratam por doutores, arquitectos, engenheiros, mestres e amigos.

São todos conhecidos e quando comentam, enviam muitos chi-corações uns aos outros.

O "Pravda do Barreiro" é um festival de jargão de pedantismo barroco “ uma produção intelectual rasa, que se mantém viva na osmose entre pares que se fecham em um grupo esotérico auto-laudatório”.


- continua –




Boa noite.

01 maio 2009

VITAL MOREIRA VITIMA DE ARRUACEIROS NO 1º MAIO .

Passados 35 anos da “revolução dos cravos” e 23 da agressão de Mário Soares, na Marinha Grande, a 14 de Janeiro de 1986, para ganhar as eleições dois meses depois , o PCP não aprendeu nada.

Nem quer aprender. Nem está interessado.

Prefere viver ostracizado com os seus fantasmas.

O PCP linda muito mal com a Democracia e o Estado de Direito. Sempre lidou.
Não está na sua génese outro comportamento .

Este PCP que nasceu e cresceu na clandestinidade , foi educado para viver em ditaduras.

A sua ditadura. A do proletariado.

A miserável agressão que vitimou hoje Vital Moreira, com enxovalhos, pontapés e cuspidelas, não foi dirigida ao candidato do partido socialista às Europeias.

Foi uma agressão dirigida a um intelectual, que foi um deles, e os desprezou. Um vendido no léxico do PCP.

A agressão a um candidato e ao partido socialista vem depois.

Falar de desemprego e da crise como justificação para arruaças é trazer para a rua a destruição do regime.

Nas próximas eleições legislativas Sócrates terá a segunda maioria absoluta.

Haja alguém que tenha mão nisto.




Boa noite.