25 maio 2009

A ARTE DA GUERRA COMO UMA MAIS VALIA ELEITORAL À CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRO!

I

O eleitorado barreirense, que teve em 2001 capacidade e força suficiente para tramar as contas eleitorais ao PC e pôr lá o PS, vê-se oito anos depois decepcionado com o partido socialista do barreiro que “aposta” - ipsis verbis - num coronel, coisa nunca vista, como candidato à Presidência da Câmara Municipal do Barreiro, que tem como único mérito ser um tropa medalhado, com o cognome de “capitão de Abril”.

Por omissão no curriculum profissional deste candidato, nada é dito da sua capacidade e conhecimentos, com provas dadas, para orientar orçamentos e verbas, que “entram e que saem”, ou a “lidar com pessoal cheio de direitos e poucos deveres ”.


II

ARRE CHIÇA QUE É DEMAIS !

ARRE, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.
Agora começa o Manifesto:
Arre! Arre!
Oiçam bem: ARRRRRE!

Álvaro de Campos – Poesias


III

momentos Chavez :

…fazer parte da maçónica Associação 25 de Abril, ou o de ter escrito o último discurso lido na Assembleia da República, por um outro capitão de Abril que chorou 35 anos depois, e fez chorar as pedras da calçada de são bento.

Estar na última jantarada das juntas de freguesia nas comemorações do 25 de Abril, nos Penicheiros, e descobrir que a assistência estava repleta de autarcas velhos e que faltavam jovens.

ou na fanfarronice … não me peçam é para fazer outro 25 de Abril.

- porque “ falta juventude aqui dentro, para eles a democracia não é o mesmo que para nós, mas nós não fizemos o 25 de Abril para nós mas sim para o futuro . Não me peçam é para fazer outro…”

ou como educador

- Para os jovens a democracia é um estado natural, tão natural como o ar que respiram. Por isso é preciso educar essas crianças, os nossos jovens, que o ar que respira pode estar poluído.

Filosofando:

- “Pela relação de proximidade, o poder local deve ser a grande escola da politica e não os corredores de são bento.”

Meu Deus! Azar o nosso!

Como o PCP do “Barreiro Um Sol de Abril “ não tem tido muito sucesso em educar-nos … faltava cá este!

… se pudesse e lhe dessem gás ponha-nos a todos


... de camisa vermelha!


Arre ! Arre !

III

Os barreirenses sem partido que não se deixam domesticar e que não querem ver o Barreiro mais encalhado, estão perplexos com esta “leviana opção política” de levar a arte da guerra a votos como uma capacidade intrínseca e vocacionada para resolver, entre muitas dificuldades, a grave situação financeira – de uma estrutura com vícios e métodos de trabalho medíocres, generalizada como cultura funcional - de uma Câmara Municipal endividada ,que gasta e sempre gastou, para além dos seus recursos.

Não deixa de ser uma verdade, que os restantes candidatos até agora conhecidos, por não serem militares, não são melhores candidatos que este. São diferentes !

IV

Haverá algum eleitor, ao dar o seu voto, se preocupe em entregar a um qualquer polícia, militar, juiz, advogado, construtor civil, dirigente ou jogador da bola, artista de artes e sem artes, milhões e milhões de euros de orçamento anual, vindo dos nossos impostos, a quem está familiarizado e aprendeu a lidar, por vezes mal e
porcamente, com milhares?

Pobre Barreiro!



Boa noite.