28 fevereiro 2009

(II) MAQUIAVEL O PRÍNCIPE E O BARREIRO NOVO MAQUIAVÉLICO

I

Continuação – fragmentos – do capítulo XVIII, de XXVI
Maquiavel ensina o príncipe a ser animal e humano:

“Convém saber que existem duas maneiras de combater: pelas leis e pela força.
A primeira é própria dos homens; a segunda é própria dos animais.

Mas como, muitas vezes, aquela não chega há recorrer a esta 456, e, por isso, o príncipe precisa de saber ser animal e homem.

Já que um príncipe deve saber utilizar bem a natureza animal, convém que escolha a raposa e o leão: como leão não se sabe defender das armadilhas e a raposa não se sabe defender dos lobos 458, é necessário ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para meter medo aos lobos.

Os que querem fazer apenas de leão não percebem nada do assunto 459.

Por conseguinte, o senhor sensato não pode respeitar a fé dada se essa observância o prejudica e se as causas que o levaram a fazer promessas deixaram de existir 460.

Os homens são tão simples e tão obedientes às necessidades do momento, que quem engana encontra sempre quem se deixe enganar 466 “.

II

Pretender aniquilar politicamente a estátua de Alfredo da Silva do centro da Cidade e escondê-la da população, com truques mesquinhos de vendetta, não é mais do que uma simbiose de Maquiavel reforçada com a “luta de contrários “ (a essência do método dialéctico marxista) segundo Lenine:

“Não é preciso, nem necessário, temer as contradições, (a estátua de Alfredo da Silva no centro da Cidade será uma contradição leninista a eliminar no Barreiro Novo?) mas sim torna-se preciso e necessário descobri-las e eliminá-las “.

Tal e qual!

III

Bibliografia Recomendada para o Barreiro Novo


O Príncipe de Nicolau Maquiavel
Esta de 1972


E esta de 1984


A edição da Europa América vem comentada por Napoleão, (corresponde aos números a cinzento dentro das frases) .
A da Guimarães Editores tem a tradução desleixada.


A Arte da Guerra, de Sun Tzu, escrito há 2500 anos, 500 anos antes de Cristo, completa com O Príncipe de Maquiavel a arte da tomada do poder e dos poderes.
ensinou Sun Tzu:
cap.X
O General

43– deve manter os oficiais e homens no desconhecimento dos seus planos.
45 - muda os seus métodos e altera os seus planos para que ninguém saiba o que está fazendo.



Se quer participar na vida cívica da Cidade e lhe está intrínseco ser crédulo e desatento a quem é quem no Principado do Barreiro Novo corre o risco de ser linchado por leões e raposas ajudados por inúmeros répteis peçonhentos;

Nunca abrace de peito aberto o associativismo ou as tentadoras solidariedades avulsas de grupos nomeados ou auto-nomeados sem estar devidamente preparado;

Também não entre na política e muito menos se meta com políticos de carreira desconhecendo os ensinamentos de Alberto Pimenta.

Ponha o romantismo e a ideologia em banho-maria, ou na gaveta, e não se envolva em nada enquanto não se sentir à-vontade;

Depois de preparado meta-se em tudo e aprenda por si.


ensina Alberto Pimenta

Estimados compatriotas:

(…) O filho-da-puta existe.

Em todos os lugares, excepto no dicionário. No dicionário existem variados filhos, entre eles o filho-da-familia, o filhastro e o filhote, mas não existe o filho-da-puta. Em compensação, ele, o filho-da-puta, existe em todos os outros lugares.


Alberto Pimenta
Discurso sobre o filho-da-puta
Edições Fenda
1991


pag. 28
“ quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro”





O efeito Escada Rolante
Félix R. Paturi
Edições Futura
1975

IV

Os ridículos pendões de plástico colocados no cimo do túnel na Miguel Bombarda, no Barreiro Novo, a imitar bandeiras pretas, não são mais do que um acto político populista e inconsequente no aproveitamento da desgraça alheia.
Não é deste modo que atraem novos postos de trabalho.

Afastam!


V

O Barreiro Novo, O Barreiro Novo, quantos tolos são precisos para fazer um Barreiro Novo?


Boa noite.

26 fevereiro 2009

( I ) MAQUIAVEL O PRÍNCIPE E O BARREIRO NOVO MAQUIAVÉLICO

I


O Barreiro Novo, O Barreiro Novo, quantos tolos são precisos para fazer um Barreiro Novo?

II

No Voz do Barreiro, exemplar de 23 de Janeiro 2009 página 4, ficámos a saber em duas páginas de entrevista, que o actual vereador do PSD, Bruno Vitorino com pelouro na Câmara Municipal do Barreiro e presidente de uma empresa municipal, presidente da comissão politica distrital do PSD de Setúbal , tem na intimidade da sua cabeceira:

O Príncipe … porque preciso de estar sempre atento.

III

Aprender com Nicolau Maquiavel

Capitulo XVIII


Quomodo fides a principibus sit servanda


(…) Todos 451 concordam que é muito louvável um príncipe respeitar a sua palavra e viver com integridade, sem astúcias nem embustes 452.

Contudo, a experiência do nosso tempo mostra-nos que se tornaram grandes príncipes 453 que não ligaram muita importância à fé dada e que souberam cativar, pela manha, o espírito dos homens 454 e, no fim, ultrapassar aqueles que se basearam na lealdade 455.”

Ibidem
O Príncipe (1513)
Como os príncipes devem honrar a sua palavra.
Nicolau Maquiavel
1469/1527

IV

No último semmais jornal de Setúbal de 21 de Fevereiro lê-se na página 7:

Negrão recusa ser candidato do PSD em Setúbal.

(Negrão foi candidato do PSD em Setúbal, em 2005.)

V

Uma decisão recebida com tristeza pelo presidente da comissão politica distrital Bruno Vitorino
“ sinto-me bastante desiludido com o Dr. Fernando negrão “ e fico triste.

Também o presidente da concelhia de Setúbal Paulo Calado lamenta a decisão de Negrão:

“Pode ter pesado na decisão de Fernando Negrão o facto de alguém ter feito ilegitimamente um convite a um conhecido construtor da cidade de Setúbal para ser candidato “; “ foi uma situação anómala “, concluiu.

(Nas capitais de distrito cabe à comissão nacional do PSD as nomeações, daí o convite ter sido da direcção nacional.)

Já o presidente da distrital não comenta esta questão que “ foi levantada apenas pela secção de Setúbal “.

No entanto em Novembro, o presidente da concelhia lembra que havia na cidade o “boato” de que o construtor civil Carlos Costa poderia vir a ser o candidato, mas que nada foi transmitido oficialmente à concelhia nesses sentido.

Na altura o presidente da distrital estranhou esta situação e afirmou que o PSD não tinha feito ainda “ nenhum convite a ninguém para ser candidato “ embora tenha reconhecido de que Carlos Costa é uma pessoa
“ reconhecida pelo seu trabalho e com provas dadas na cidade ".

A concelhia de Setúbal do PSD está agora num “período de reflexão”.

(continua)



Boa tarde.

23 fevereiro 2009

O CARNAVAL A ESTÁTUA DE ALFREDO DA SILVA O MANDATO EXTRAORDINÁRIO E O ENTERRO DO BACALHAU.

I

No Carnaval não se leva a mal.
Diz a sabedoria popular e vamos seguir o conselho para não considerarmos que o presidente camarada do comité central

(na entrevista (?) que deu (!) ao Jornal do Barreiro edição do dia 20 de Fevereiro - não teriam sido as perguntas enviadas por e-mail?)
parece divertir-se no Carnaval com aqueles que querem preservar a memória colectiva do Barreiro ao defenderem a preservação da estátua no sitio que lhe compete por mérito e de onde eles com escritórios na Rua Soeiro Pereira Gomes em Lisboa abusivamente a querem tirar.

II

Foram dez, as perguntas simpáticas de um simpático jornalista a acumular as funções de director do mesmo.
A todas o actual presidente respondeu com mestria:

sim pois dificuldades têm razão mas mas não há dinheiro buracos ruas degradadas planos e mais planos muitos planos discussão disto e de mais aquilo e termina achando no fim disto que teve um mandato extraordinário.

III

- Se fosse só (candidatar-se às eleições autárquicas de 2009) dependente da minha vontade pessoal, eu dar-lhe-ia uma resposta que não era positiva.

(Esta pergunta não foi feita … por gentileza)

Então se se candidatar será sempre um candidato contrariado?


- Naturalmente que conta, mas é uma decisão que tem várias envolventes. E, por isso, é preciso dar tempo ao tempo e tenho que consultar e ter em conta a opinião do meu partido.
Estamos em debate sobre essa matéria.


Ficará sempre a dúvida :

(esta pergunta por delicadeza não foi feita)

Quem está como edil está por conta da vontade do partido ou está por vontade própria para servir o Barreiro?

(esta pergunta por delicadeza não foi feita)

É legítima a dúvida da população do Barreiro, aquela que defende o retorno da estátua, não estar convencida que este “problema inventado” não se resolve na rua Miguel Bombarda?


IV

- Quanto ao mercado 1º de Maio, estamos em contacto permanente (!) com o empreiteiro para indicar uma data (!) fixa e, quanto à estátua Alfredo da Silva, temos a decisão tomada e é consensual;
ficará no centro do Barreiro mas não avanço mais nada.

Temos a decisão? Quem é que a teve? Temos quem?
Tomada? Tomada por quem?
Consensual? Com quem?

Tirando de onde estava há mais algum centro da cidade?
Não avanço mais nada?

É o diálogo da transparência e da “participação participada “ ?

Esconder a estátua do fascista Alfredo da Silve até ela aparecer é uma brincadeira do Entrudo?

V
(esta pergunta por muita delicadeza não foi feita)

Faltar-lhes-á a coragem de fazer o enterro do bacalhau com a estátua de Alfredo da Silva?

Boa noite.

19 fevereiro 2009

QUE LEGITIMIDADE NO BARREIRO NOVO ASSISTE À INSENSATEZ DE TORNAR A VIDA MAIS DIFICIL AOS OUTROS?


I

Muito provavelmente não haverá números que confirmem, que o pessoal que trabalha na autarquia do Barreiro Novo é dos que perde mais tempo em plenários, como nos tempos do PREC.

Hoje quem necessitasse de um autocarro não conseguia porque o abuso esteve mais uma vez em plenário das 9,30 H às 11,30 H.

Se querem “treinar para um novo PREC Sócrates/2009 ” que o façam sem prejudicar quem tem o serviço pago antecipadamente.

Quem consegue pôr cobro a este atropelo?


II


O espaço destinado ao mercado mensal na Freguesia de Coina, a meias com a estrada nacional Barreiro/Coina, esteve no início do mês ocupado ilegalmente e ostensivamente durante uns cinco dias por ciganos estrangeiros e as suas trinta rolotes.

O presidente da Junta, como bom socialista num partido de causas, tentou a força do diálogo socialista , com quem desconhece e não está interessado em diálogos e está mais interessado em forças , é óbvio que não lhe ligaram nenhuma, ainda hoje lá estariam se o presidente não pedisse auxilio à GNR da Cidade Sol.

Quando se lhes exige (venham de onde vierem estejam onde estiverem ) que respeitem as instituições o único diálogo que conhecem é o diálogo da força (como se viu na Quinta da Fonte) e só o diálogo da força, bem falada pela presença da GNR, os convenceu a desabelharem de Coina .

Depois de terem passado pelos terrenos da Fisipe/Feira Nova estão agora estacionados nas traseiras do cemitério de Vila Chã.

Vindos da Moita escolheram muito bem o Barreiro Novo.

III

Impressiona pensar na agressão, com cadeira, que vitimou um agente da PSP do Barreiro ao identificar-se durante o violento assalto à mão armada num café em Vila Chã, como preocupa a desfaçatez dos dois assaltos numa semana à Escola Mendonça Furtado, onde roubaram material informático com portas arrombadas e instalações vandalizadas.

E mais, para pessoas impressionáveis, deve impressionar isto:

O tribunal judicial de Leiria ontem na leitura da sentença do gangue das boinas destacou relevos na conduta dos assaltantes de bancos como “ organização” e “profissionalismo” e as penas de 20 anos não são mais elevadas porque “tiveram a nobreza “ de nunca exercerem violência física e devido à idade dos arguidos na casa dos cinquenta anos.

Para ajudar a compreender isto:

O ministro da Justiça passou a consoada no estabelecimento prisional de Leiria
link no título.


Boa noite.

17 fevereiro 2009

( II ) aprender com ANTÓNIO NEVES ANACLETO

Sobre Vasco Gonçalves, Salazar e o drama da AP – Amoníacos de Portugal :

(...) O “ companheiro” Vasco (link no título ) vivia inebriado com o que de si rezaria a história.

Todavia ele esquecera que antes de si houvera um homem que fora grande na traição ao povo português – o Santa Comba (uma das muitas alcunhas de Salazar também conhecido pelo Botas ou Esteves).

Este, que pelo poder mataria o pai e esfolaria a mãe, faria tudo, tudo para se perpetuar na governança, e não deixaria de trocar o seu conservadorismo pelo bolchevismo desde que este o conservasse no poder.

Era um homem sem amigos, sem afeição a ninguém, e que sobre a sua mesa de trabalho colocava o retrato de Mussolini como inspirador das suas acções .

Se ele – Santa Comba – não soubesse que o aumento brusco de salários, para além das possibilidades empresarias, não resolvia o problema da sua estabilidade , teria dado ao trabalhador , seu afilhado, grande fatia do pão do compadre.

Mas Santa Comba sabia, como qualquer pessoa que tenha dois dedos de inteligência, que uma empresa que planeou a sua vida administrativa para uma despesa de 100, não suporta uma despesa de 200.

E quando esta despesa aparece, por erro de cálculo, ou por força estranha e incontrolável, a empresa decai e desaparece se tal despesa se repetir.

E neste caso os trabalhadores, quer sejam 10 ou 100 ou 100.000 ficarão desempregados.

A. Neves Anacleto
A inventona do 28 de Setembro (quem a fez?)
Pág. 124
Edição do autor 1975

Observação:


Depois deste escrito, com 34 anos, até hoje nada mudou. Melhor. Mudou tudo para pior.
Como se o tempo não ensinasse nada, mas, ensina.


O aproveitamento (feito pelos mesmos que têm o “seu” garantido, sindicatos e políticos profissionais) da tragédia que afecta quem trabalha na AP – Amoníacos de Portugal no Lavradio não é coisa séria.

Talvez coisa criminosa pelas falsas expectativas que criam nas pessoas em pânico, quando ”exigem” como solução empresarial a nacionalização de empresas (falidas e inviáveis).

E o drama do desemprego nas micro empresas falidas?

Não têm estas o mesmo direito a entregar ao Estado o negócio e quem lá trabalha?

Amanhã abre-se uma fábrica para encher chouriços e emprega-se mil pessoas, o mercado deu para o torto a empresa não vende os chouriços e vai daí como solução empresarial entrega-se a Fábrica inviável e tudo o que lhe comporta ao improdutivo Estado que vive dos nossos impostos para se desenvencilhar.

E a quem se destinaria o desemprego?

Se está em causa na AP uma empresa e centena e meia de postos de trabalho nas micro empresas com uma duas três pessoas são aos milhares, milhares dispersos, que na “contabilidade do ruído social “ não interessa falar nelas, individualmente, porque produz menos “espectáculo”.

No Barreiro Novo o populismo demagógico dos “ideais de Abril apontam para o futuro” tem sempre uma na manga de “soluções à Hugo Chávez “ para tudo e nunca soluciona nada, mas sabe criar o desconforto e afastar com eficiência os investidores, portadores de emprego, numa irracional agitação social permanente.




Boa noite.

16 fevereiro 2009

Aprender com ANTÓNIO NEVES ANACLETO.


Sobre o general Otelo, Cuba, Campo Pequeno e a guerra civil de Espanha

(…) Uma das coisas que há para acrescentar ao que ficou dito é a viagem do sr. general Otelo a Cuba.

Aqui ter-lhe-á sido dito pelos dirigentes cubanos a maneira de matar pulgas … ou sejam os adversários da ditadura (o autor refere-se ao PREC 1974/1975) .

Mal desceu do avião que o trouxe a Lisboa o senhor general Otelo declarou que malgré-lui ( contra a sua vontade ... uma chatice , mas ...o que tem que ser tem que ser) teria de meter na arena do campo Pequeno e a curto prazo, a reacção ou seja 90 % dos portugueses.

A alusão à arena do campo Pequeno refere-se ao que foi feito na arena da Praça de Touros, em Badajoz, durante a guerra civil em Espanha (1936/1939 link no título): os democratas foram aí encurralados e metralhados por tropas escolhidas de Franco. Essas tropas eram marroquinas.

Os executores desse horrendo crime não foram espanhóis: foram estrangeiros.
E tão alienado se encontra este homem dos sentimentos e da alma do povo português, que desde criancinha ele amava não este mas outro povo:


“ recorda-se que os seus companheiros de infância era crianças negras, cujas vidas compartilhou ao longo da adolescência . “

Na infância do sr. general poucas crianças negras frequentavam as escolas em Lourenço Marques , e consequentemente ele, necessariamente, seria envolvido quase só por crianças brancas.
Mas não amava estas, de quem não fala e das quais se esqueceu completamente. Só lhe interessava as crianças negras, e somente destas se lembra.

Foi dos portugueses que recebeu o pão, a educação e o prestígio; mas destes só se lembra eficazmente para os liquidar na arena da Praça de Touros do campo Pequeno.

A. Neves Anacleto
A inventona do 28 de Setembro (quem a fez?)
Pag. 108
Edição do autor 1975

Observação:
Poucos saberão avaliar em 2009 a coragem e a estatura moral necessária para escrever um livro destes em 1975, uma coragem muito idêntica aqueles que necessitaram dela para defrontar a ditadura Salazarista.


O autor foi um dos muitos democratas que estava entalado na ditadura e mais entalado ficou na revolução:

Não era fascista. Não era comunista. Predestinado a ser um entalado.

Esta triste fase da nossa história recente envergonha-nos.

Uma história tabu do PCP, abafada na “solidariedade revolucionária” das esquerdas, com a colaboração da direita envergonhada, como escondida ficou a “vida privada” de muitos dos intervenientes, chamados “ capitães de Abril “ e outros “revolucionários “, que passaram a “novos capitalistas “ a substituir capitalistas com “benesses empresariais “ retiradas da revolução dos cravos.

Se isto não é uma verdade então faça-se o levantamento de quem era o quê antes e o que passou a ser depois.

Não é a verdade revolucionária? ( já foi !)

Na próxima IV ª república fazer-se-á a verdadeira história desta III ª e assim será o processo histórico na Vª , sempre com os “revolucionários calculistas " os ganhadores , perante a maralhal que nunca passará da cepa torta esteja o regime que estiver.


Boa noite.

15 fevereiro 2009

O AVÔ ANACLETO E OS COELHINHOS DO NETO CHICO.


I

Quem não ouviu as patetices coelhónicas do grande educador na VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda não sabe o que perdeu.

Louçã (um intelectual académico doutorado em economia com provas dadas) na loucura da sua “esquerda grande “ e obrigatoriamente “anti capitalista “ especializado em espectáculos metafóricos, inebriado com os seus discursos e de tanto se ouvir, num número de prodígio (a ficar nos anais da economia) compara, para a assistência de basbaques em êxtase (onde estaria Alegre? a tratar da coelheira?), a proliferação de dois coelhos numa toca com duas notas de 100€ numa caixa!


Nesta versão allegro-neo-trotskista do coelhinho vai ao circo com o pai natal a história omite se estamos perante um casal de coelhos heterossexuais ou de coelhos apaneleirados que adoptaram coelhinhos de outras coelheiras para imitarem um coelho e uma coelha.
Nem se ficou a saber se eram selvagens ou domésticos. Selvagens lutavam pela vida. Domésticos, alguém teria que trabalhar para os alimentar.

Muito melhor que os malucos do riso!

II

Vença a crise alheando-se do que os palhaços portugueses dizem ou escrevem. Leia o artigo em link.
Uma boa lição no DIE ZIET para ninguém dizer que não entende nada da crise.

III

Nesta história de ” roedores leporídeos das mais valias “ veio à minha memória A. Neves Anacleto avô de Francisco Anacleto Louçã.

Neves Anacleto nasceu em São Bartolomeu de Messines, foi um prestigiado advogado. Um democrata, apoiante de Humberto Delgado um homem das greves de Fevereiro de 1927, ano em que se licencia.

Escreveu, entre seis a sete obras, entre elas a Longa Luta: preso, algemado e deportado com Prefácio de Almeida Santos.

Dele conheço apenas a Intentona do 28 de Setembro (Quem a fez?) editado em 1975.
Transcreverei, nos próximos dias, alguns textos curiosos deste livro.

IV

" Na verdade nada mais ridículo do que:

Grupos falarem na vontade do povo e actuarem no sentido de imporem a sua vontade particular a esse povo, contra a vontade expressa deste ”. Pg.7.

V

" Ninguém escapa a engalanar-se com o desejo ou a promessa de tudo fazer a favor das classes mais desprotegidas.
Mas quem é a classe mais desprotegida?
A classe trabalhadora?
Mas quem não pertence, neste País, à classe trabalhadora?
Só a esta não pertence, quem não trabalha; mas será difícil encontrar pessoas que não trabalhem, excepção feita aos doentes e aos de avançada idade e já reformados."
Pg36.




Boa noite.

13 fevereiro 2009

A SAGA DA AVENIDA ALFREDO DA SILVA O BARREIRO NOVO E A SEXTA-FEIRA 13.

O comité central inventou o Barreiro Novo.

Toda a Avenida Alfredo da Silva até ao Fórum é o expoente máximo da mediocridade desta gente do Barreiro Novo (que não é o nosso Barreiro) que vive respira dorme fala canta grita em bicos dos pés.

A cumplicidade e a facilidade com aqueles que chegam aqui e dizem “ amo o Barreiro “ (no futuro será ame o Barreiro ou deixo-o) leva à falta de senso dos basbaques que acreditam em tudo o que vem de fora, como a impunidade das obras de “ qualidade à Zimbabué “ (a título gratuito como o comité central gosta de dizer) da responsabilidade dos investidores do fórum que “amam o Barreiro”.

Tudo leva a crer que os do Fórum “que amam tanto o Barreiro ” fazem e farão tudo como entenderem – utilizando materiais de baixa qualidade e empreiteiros manhosos –

e como querem por que não tiveram à sua frente gente com rigor com qualidade e capacidade negocial.

Hoje a população estava “enraivecida” cansada esgotada com as famigeradas obras que eles chamam o grande centro que vai dar à Avenida da Liberdade (aparece um estrangeiro diz umas patetices e batem palmas) sem a estátua do fascista Alfredo da Silva.

As fotos ao meio-dia falam por si.




























PS
Lançaram o boato que tinha rebentado um cano. É falso: Os empreiteiros das “obras à Zimbabué
“ligaram mal um T que ficou encavalitado e rebentou!




Boa noite.

ONDE ACABA A SOLIDARIEDADE E COMEÇA O APROVEITAMENTO POLITICO?

I

Dos maiores escândalos que proporciona a actual “crise” é o seu aproveitamento pelos partidos e seus políticos sem escrúpulos, dos sindicatos e dos empresários irresponsáveis em roda livre, neste País desprovido de um sistema judicial que cumpra as suas funções e respeite o estado de direito.

Nestas circunstâncias todo o aproveitador tira dividendos da desgraça dos outros.
E quem se lixa é quem vive do trabalho e vai passar para o lado dos proscritos chamados desempregados.

Os outros têm sempre o dele garantido: ou vem do Estado do partido ou do sindicato.


II

O que se tem passado, nestes últimos anos, com a caduca unidade industrial AP – Amoníaco de Portugal produtor de amoníaco e ureia no Lavradio é vergonhoso e pouco respeitador do aproveitamento politico da desgraça de quem vive do trabalho, sua única fonte de rendimento.
Há um foco de incêndio (muito antes da chegada dos bombeiros) ou uma paragem da laboração fabril por incompatibilidade nos preços do crude e do preço final, a portaria, enche-se de políticos eleitos e outros por eleger.


Aparece a imprensa e vá de fotos e reportagens em competição para ver quem defende melhor os trabalhadores.


III

A AP amoniaco de Portugal é mais uma vítima da conjuntura mundial e do mercado concorrencial competitivo em que se insere.
Foi o mercado a funcionar que levou ao fecho desta unidade industrial.
Quem não entende isto não entende nada de nada.
Qualquer intervenção dos dinheiros públicos, dos nossos impostos, confiados à guarda do Estado em empresas falidas é "desonesta".
Desonesta porquê?
Se o estado intervém na empresa A que perdeu clientes e obviamente mercado porque não intervir na empresa B que está nas mesmas condições?
Os dinheiros dos nossos impostos não estão vocacionados para intervir nas empresas que têm o dever, como empresas, de sobreviver nos mercados em que se inserem.


IV

A maior "desonestidade" dos tempos modernos começou na pátria do liberalismo a injectar dinheiro dos contribuintes na sua banca fraudulenta falida.
Quando isto acontece o sistema perverte-se. Está pervertido.
As regras do jogo foram mudadas durante o jogo.
Infelizmente com consequências imprevisíveis a politica de Bruxelas é de deixar delapidar os dinheiros dos nossos impostos na perversa banca portuguesa.


V

Para inglês ver está só um PPD/PSD (!) banqueiro português em prisão preventiva, que teve a "dignidade" de não abrir a boca perante uma chusma de deputados sedentos de “sangue de banqueiro “ que deviam estar mais preocupados em saber o porquê dos outros dezoito não estarem a fazer-lhe companhia. (as contas são simples de fazer desde o BCP até BPN andam eles à volta de 18 a 20 que deviam estar em prisão preventiva).


Boa noite.

07 fevereiro 2009

MAIS CRISE NA CRISE.

I

A imprensa de hoje confirma o que sabíamos:

em Portugal a força descomunal da esquerda radical e da extrema-esquerda é um caso impar na Europa em crise.

Os 20 % nas intenções de voto no pê cê e no bloco não auguram nada de bom na conjugação de esforços para “enfrentarmos a (nossa) crise endémica “.

Não devemos culpar o regime, mas sim responsabilizar o sistema que empurra o eleitorado (menos esclarecido?) para o radicalismo daqueles que estão mais interessados na destabilização do regime e menos interessados em desestabilizar o sistema que os alimenta.

II

Num acto litúrgico entre irmãos, no passado dia 29 , o presidente da C.M.B. acentuava:

(…) apesar das “dificuldades reais da autarquia “ , enquanto for presidente , mais isto e mais aquilo ,haverá dinheiro para “todas as instituições que intervêm na vida do Barreiro e seus projectos “.

Quem fala assim não é gago , certamente percebe pouco de “finanças” , mas sabe dizer aquilo que os gastadores mais gostam de ouvir.



III

Sabia que a C.M.B com “dificuldades reais” gasta dinheiro em “estudo de opinião” ?

Em finais de 2008 voaram 16 500€ naquilo que se entende ser um estudo de opinião.

Ficaram definitivamente convencidos que a população não concorda com a decisão do comité central em deslocar a estátua de Alfredo da Silva do centro da Cidade ?


Boa noite.



ps: ontem não houve descuido parónimo é mesmo “Bloque de Esquerda”.


06 fevereiro 2009

O VERDE EUFÉMIA E OS COMUNO-FASCISTÓIDES.

I

O Bloque de Esquerda/Barreiro emitiu um violento e ameaçador comunicado acusando mentalidades fascistóides (…fascistas barreirenses!) de destruírem os seus “cartazes amovíveis de tamanho médio “.

Ninguém de bom senso estará de acordo com estas atitudes velhacas, aprendidas na velha escola estalinista, e usadas com mestria pelas diversas esquerdas.

II

Quem não está desatento e não se deixa “distrair com o tempo “ nunca esquecerá a miserável destruição de cerca de um hectare de milho transgénico na Herdade da Lameira, Silves, em Agosto de 2007 e a “benevolência democrática “ da G.N.R. perante o desespero do agricultor José Meneses, um homem de 56 anos de idade, a chorar, quase viu a morte por causa de um enfarte, porque uma legião de centenas de fascistóides camuflados com mascaras a esconderem a sua identidade, destruíam na impunidade o seu ganha pão:

“Destruíram o único meio de subsistência que eu tinha. ...se ceifarem este milho, eu morro à fome”
.
link no título com vídeo para recordar

III
“Está a dar que falar o primeiro acto de desobediência civil ecológica realizada em Portugal. Ainda bem e gostaria de declarar a minha simpatia com o gesto.”
ibidem
Eufémia Desobediente 18 de Agosto 2007 de Miguel Portas, deputado ao parlamento europeu pelo BE , e candidato 2009.

IV

À época Mário Crespo fez eco na SIC, jornal das 9, com o actual ministro da agricultura Jaime Silva:

“… fez bem o ministro em associar o Bloco aos acontecimentos de Silves , e que Francisco Louça faltou à verdade “ ;
a invasão de terras, agressões a agricultores por indivíduos de cara tapada e a participação do grupo em distúrbios no Chiado.

V

"Não se deve despir um santo para vestir outro."



Boa noite.

05 fevereiro 2009

SABE QUANTO GASTOU EM 2008 A CÂMARA DO BARREIRO EM FESTAROLAS E COMES E BEBES?

… para “receber” a comunidade educativa (!) com jantaradas no Acordeon
(500 em Outubro cf. 2910), (+500 em Novembro cf. 5244) saiu do erário público 15.680 €, mais uma almoçarada com “ 600 seniores” por 5357,14 €, ficaram estes repastos em 21.000,00.

O Camané levou 6.000 € e os Delfins 21.600 €!


(Com estes 27.600 € não teria a Câmara tapado os buracos que nos envergonham na Miguel Pais?)

Quem é capaz de destrinçar se estes “gastos à Alberto João “ numa “autarquia sem dinheiro (?) ” são para servir o Barreiro ou para se servirem do Barreiro?

Dia 12 de Fevereiro está prevista nova jantarada (aqui pedem 16 €) com o pomposo nome de Jantar/Encontro de Micro e Pequenos Empresários.


A C.M.B. é um dos “ participantes” para além da Associações de pequenos empresários da região de Setúbal e Alentejo (o organizador!), Associação de Comercio, Industria e Serviços do Barreiro e Moita e a Confederação Portuguesa (!) das micro, pequenas e médias empresas … mais a colaboração desinteressada do economista guru do pê cê pê Sérgio Ribeiro!


Quando “eles” juntam “tanta” gente com os pés debaixo da mesa (com a cobertura de um órgão institucional) quem sabe onde começa e/ou acaba a campanha eleitoral para as próximas autárquicas?


Boa noite.

BERRINHOS disse : RECORDAÇÕES DE UM BANCÁRIO.


CAUTELA E CALDOS DE GALINHA….

Aquele “Balcão” era o máximo.
Não sei até que ponto é verdadeira a “estória” que vos passo a contar. Mas há quem garanta que se passou!
Naquele tempo, já lá vão perto de 30 anos não existiam revistas cor-de-rosa, nem “tertúlias-idem”, nem tias a descobrir (?) as carecas dos colunáveis, em horário matinal.

Assim, não existem registos que possam arqueologicamente atestar da sua veracidade. Mas fonte bem informada relatou-nos…
“O personagem central (X) do argumento, era conhecido pelos seus dotes de galã conquistador.
A sua fama (e proveio…) ultrapassara as fronteiras pois em terras de “Saramago” suspirava uma apaixonada que, apenas uma vez por ano, se deslocava ao nosso (e dele também…) torrão natal.


O Gerente, há pouco tempo em funções no “balcão”, conseguira criar desde que ali chegara, uma saudável cumplicidade com todos os seus colaboradores. Foi assim que X, com sinceridade plena, um dia, em que chegara do país vizinho a referida “guapa”, lhe solicitou a dispensa por uma tarde.

O desempenho das suas tarefas estava já assegurado por solícito colega que se prontificara solidariamente a sobrecarregar as suas, na expectativa de futura retribuição. Et pluribus unum!
Reuniam-se, assim, as condições para o nosso herói (X) proporcionar à sua salerosa amiga uma recepção condigna e uma digressão guiada até à linha do Estoril, após romântico almoço.
Estava inclusive previsto desfrutarem de uma bela vista sobre a baia de Cascais, desde a varanda de um apartamento que cliente simpático colocara à disposição do nosso homem - naquele tempo as invejas ainda não tinham inquinado as relações entre machos latino-portugas. Et pluribus unum – outra vez!


Faltava a anuência do Gerente que, dada a sinceridade do nosso homem, a certeza do bom andamento do serviço e compreendendo que as relações luso-espanholas, naquela altura prejudicadas pelos êxitos do nosso hóquei em patins, deviam ser acarinhadas, concedeu a dispensa.
Porém, solicitou o preenchimento imediato (em duplicado…) do impresso “oficial” para saídas em “horário laboral”.

Surpreendido, foi com algum mal disfarçado esforço, atenuado pela perspectiva de uma tarde que ansiava repetir após um ano de ansiosa espera, que preencheu o dito formulário ali mesmo sobre a secretária da Gerência.
Assuntos particulares, obviamente…, foi o motivo invocado e correcto, para o pedido de dispensa.
Consta que, à saída do Gabinete apesar do futuro romântico parecer risonho, o semblante do nosso amigo espelhava alguma surpresa e decepção enquanto se deslocava para a saída ao encontro da tarde soalheira e que se antevia aquecedora.

No dia seguinte, X entra cedo e dirige-se de imediato ao Gabinete do Gerente onde se senta com ar meio aéreo e um looking anormal.
Do tipo… como é que perdemos com o Kuwait?
Então relatou algo que justificava aquele estranho princípio de manhã.
Obviamente que fizera previamente uma ronda com o dono do apartamento atrás referido, para se familiarizar com as luzes, janelas, TV, autoclismo, etc. etc., enfim com todo o espaço que iria “habitar” embora por curta permanência.
Lamentavelmente esquecera-se de reunir a informação sobre o funcionamento do esquentador peça fundamental para permitir lavar… os dentes (!) após a almoçarada.
Claro que, sem instruções, ao tentar ligar o aparelho, chegou um fósforo ao “piloto”, aguardou…, aguardou… e provocou uma explosão que lhe chamuscou a melena e o bigode: naquela altura não existiam os esquentadores “inteligentes”…
Assim, era o tom amarelo acastanhado das zonas capilares referidas que lhe alterava a fisionomia e que o Gerente não detectara, apesar de lhe ter notado algo de diferente quando para ele olhou à sua entrada.

Foi então que o Gerente lhe chamou à atenção de para o facto de ter lhe solicitado o preenchimento do tal modelo de pedido de dispensa que tanto amofinara o subscritor.

A intenção fora tão só, perante o Banco, terem (ele: o Gerente… e ele o “ “X) uma “cobertura” legal à dispensa, para o caso de suceder algo que impedisse o regresso do dispensado ao trabalho. O que, por coincidência, por pouco não sucedeu, por (re)acção de um simples esquentador.
O duplicado ficou arquivado em pasta no Balcão, e o original, à frente do chamuscado (apesar da tesoura com que tinha tentado disfarçar “o estrago” ) foi enfiado num envelope de serviço endereçado à Secção de Pessoal *.

PS:
* Corre(u) ainda o boato que o dito envelope se extraviou, pois nunca foi recebido na Secção de Pessoal…