28 fevereiro 2009

(II) MAQUIAVEL O PRÍNCIPE E O BARREIRO NOVO MAQUIAVÉLICO

I

Continuação – fragmentos – do capítulo XVIII, de XXVI
Maquiavel ensina o príncipe a ser animal e humano:

“Convém saber que existem duas maneiras de combater: pelas leis e pela força.
A primeira é própria dos homens; a segunda é própria dos animais.

Mas como, muitas vezes, aquela não chega há recorrer a esta 456, e, por isso, o príncipe precisa de saber ser animal e homem.

Já que um príncipe deve saber utilizar bem a natureza animal, convém que escolha a raposa e o leão: como leão não se sabe defender das armadilhas e a raposa não se sabe defender dos lobos 458, é necessário ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para meter medo aos lobos.

Os que querem fazer apenas de leão não percebem nada do assunto 459.

Por conseguinte, o senhor sensato não pode respeitar a fé dada se essa observância o prejudica e se as causas que o levaram a fazer promessas deixaram de existir 460.

Os homens são tão simples e tão obedientes às necessidades do momento, que quem engana encontra sempre quem se deixe enganar 466 “.

II

Pretender aniquilar politicamente a estátua de Alfredo da Silva do centro da Cidade e escondê-la da população, com truques mesquinhos de vendetta, não é mais do que uma simbiose de Maquiavel reforçada com a “luta de contrários “ (a essência do método dialéctico marxista) segundo Lenine:

“Não é preciso, nem necessário, temer as contradições, (a estátua de Alfredo da Silva no centro da Cidade será uma contradição leninista a eliminar no Barreiro Novo?) mas sim torna-se preciso e necessário descobri-las e eliminá-las “.

Tal e qual!

III

Bibliografia Recomendada para o Barreiro Novo


O Príncipe de Nicolau Maquiavel
Esta de 1972


E esta de 1984


A edição da Europa América vem comentada por Napoleão, (corresponde aos números a cinzento dentro das frases) .
A da Guimarães Editores tem a tradução desleixada.


A Arte da Guerra, de Sun Tzu, escrito há 2500 anos, 500 anos antes de Cristo, completa com O Príncipe de Maquiavel a arte da tomada do poder e dos poderes.
ensinou Sun Tzu:
cap.X
O General

43– deve manter os oficiais e homens no desconhecimento dos seus planos.
45 - muda os seus métodos e altera os seus planos para que ninguém saiba o que está fazendo.



Se quer participar na vida cívica da Cidade e lhe está intrínseco ser crédulo e desatento a quem é quem no Principado do Barreiro Novo corre o risco de ser linchado por leões e raposas ajudados por inúmeros répteis peçonhentos;

Nunca abrace de peito aberto o associativismo ou as tentadoras solidariedades avulsas de grupos nomeados ou auto-nomeados sem estar devidamente preparado;

Também não entre na política e muito menos se meta com políticos de carreira desconhecendo os ensinamentos de Alberto Pimenta.

Ponha o romantismo e a ideologia em banho-maria, ou na gaveta, e não se envolva em nada enquanto não se sentir à-vontade;

Depois de preparado meta-se em tudo e aprenda por si.


ensina Alberto Pimenta

Estimados compatriotas:

(…) O filho-da-puta existe.

Em todos os lugares, excepto no dicionário. No dicionário existem variados filhos, entre eles o filho-da-familia, o filhastro e o filhote, mas não existe o filho-da-puta. Em compensação, ele, o filho-da-puta, existe em todos os outros lugares.


Alberto Pimenta
Discurso sobre o filho-da-puta
Edições Fenda
1991


pag. 28
“ quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro”





O efeito Escada Rolante
Félix R. Paturi
Edições Futura
1975

IV

Os ridículos pendões de plástico colocados no cimo do túnel na Miguel Bombarda, no Barreiro Novo, a imitar bandeiras pretas, não são mais do que um acto político populista e inconsequente no aproveitamento da desgraça alheia.
Não é deste modo que atraem novos postos de trabalho.

Afastam!


V

O Barreiro Novo, O Barreiro Novo, quantos tolos são precisos para fazer um Barreiro Novo?


Boa noite.