15 fevereiro 2009

O AVÔ ANACLETO E OS COELHINHOS DO NETO CHICO.


I

Quem não ouviu as patetices coelhónicas do grande educador na VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda não sabe o que perdeu.

Louçã (um intelectual académico doutorado em economia com provas dadas) na loucura da sua “esquerda grande “ e obrigatoriamente “anti capitalista “ especializado em espectáculos metafóricos, inebriado com os seus discursos e de tanto se ouvir, num número de prodígio (a ficar nos anais da economia) compara, para a assistência de basbaques em êxtase (onde estaria Alegre? a tratar da coelheira?), a proliferação de dois coelhos numa toca com duas notas de 100€ numa caixa!


Nesta versão allegro-neo-trotskista do coelhinho vai ao circo com o pai natal a história omite se estamos perante um casal de coelhos heterossexuais ou de coelhos apaneleirados que adoptaram coelhinhos de outras coelheiras para imitarem um coelho e uma coelha.
Nem se ficou a saber se eram selvagens ou domésticos. Selvagens lutavam pela vida. Domésticos, alguém teria que trabalhar para os alimentar.

Muito melhor que os malucos do riso!

II

Vença a crise alheando-se do que os palhaços portugueses dizem ou escrevem. Leia o artigo em link.
Uma boa lição no DIE ZIET para ninguém dizer que não entende nada da crise.

III

Nesta história de ” roedores leporídeos das mais valias “ veio à minha memória A. Neves Anacleto avô de Francisco Anacleto Louçã.

Neves Anacleto nasceu em São Bartolomeu de Messines, foi um prestigiado advogado. Um democrata, apoiante de Humberto Delgado um homem das greves de Fevereiro de 1927, ano em que se licencia.

Escreveu, entre seis a sete obras, entre elas a Longa Luta: preso, algemado e deportado com Prefácio de Almeida Santos.

Dele conheço apenas a Intentona do 28 de Setembro (Quem a fez?) editado em 1975.
Transcreverei, nos próximos dias, alguns textos curiosos deste livro.

IV

" Na verdade nada mais ridículo do que:

Grupos falarem na vontade do povo e actuarem no sentido de imporem a sua vontade particular a esse povo, contra a vontade expressa deste ”. Pg.7.

V

" Ninguém escapa a engalanar-se com o desejo ou a promessa de tudo fazer a favor das classes mais desprotegidas.
Mas quem é a classe mais desprotegida?
A classe trabalhadora?
Mas quem não pertence, neste País, à classe trabalhadora?
Só a esta não pertence, quem não trabalha; mas será difícil encontrar pessoas que não trabalhem, excepção feita aos doentes e aos de avançada idade e já reformados."
Pg36.




Boa noite.