17 fevereiro 2009

( II ) aprender com ANTÓNIO NEVES ANACLETO

Sobre Vasco Gonçalves, Salazar e o drama da AP – Amoníacos de Portugal :

(...) O “ companheiro” Vasco (link no título ) vivia inebriado com o que de si rezaria a história.

Todavia ele esquecera que antes de si houvera um homem que fora grande na traição ao povo português – o Santa Comba (uma das muitas alcunhas de Salazar também conhecido pelo Botas ou Esteves).

Este, que pelo poder mataria o pai e esfolaria a mãe, faria tudo, tudo para se perpetuar na governança, e não deixaria de trocar o seu conservadorismo pelo bolchevismo desde que este o conservasse no poder.

Era um homem sem amigos, sem afeição a ninguém, e que sobre a sua mesa de trabalho colocava o retrato de Mussolini como inspirador das suas acções .

Se ele – Santa Comba – não soubesse que o aumento brusco de salários, para além das possibilidades empresarias, não resolvia o problema da sua estabilidade , teria dado ao trabalhador , seu afilhado, grande fatia do pão do compadre.

Mas Santa Comba sabia, como qualquer pessoa que tenha dois dedos de inteligência, que uma empresa que planeou a sua vida administrativa para uma despesa de 100, não suporta uma despesa de 200.

E quando esta despesa aparece, por erro de cálculo, ou por força estranha e incontrolável, a empresa decai e desaparece se tal despesa se repetir.

E neste caso os trabalhadores, quer sejam 10 ou 100 ou 100.000 ficarão desempregados.

A. Neves Anacleto
A inventona do 28 de Setembro (quem a fez?)
Pág. 124
Edição do autor 1975

Observação:


Depois deste escrito, com 34 anos, até hoje nada mudou. Melhor. Mudou tudo para pior.
Como se o tempo não ensinasse nada, mas, ensina.


O aproveitamento (feito pelos mesmos que têm o “seu” garantido, sindicatos e políticos profissionais) da tragédia que afecta quem trabalha na AP – Amoníacos de Portugal no Lavradio não é coisa séria.

Talvez coisa criminosa pelas falsas expectativas que criam nas pessoas em pânico, quando ”exigem” como solução empresarial a nacionalização de empresas (falidas e inviáveis).

E o drama do desemprego nas micro empresas falidas?

Não têm estas o mesmo direito a entregar ao Estado o negócio e quem lá trabalha?

Amanhã abre-se uma fábrica para encher chouriços e emprega-se mil pessoas, o mercado deu para o torto a empresa não vende os chouriços e vai daí como solução empresarial entrega-se a Fábrica inviável e tudo o que lhe comporta ao improdutivo Estado que vive dos nossos impostos para se desenvencilhar.

E a quem se destinaria o desemprego?

Se está em causa na AP uma empresa e centena e meia de postos de trabalho nas micro empresas com uma duas três pessoas são aos milhares, milhares dispersos, que na “contabilidade do ruído social “ não interessa falar nelas, individualmente, porque produz menos “espectáculo”.

No Barreiro Novo o populismo demagógico dos “ideais de Abril apontam para o futuro” tem sempre uma na manga de “soluções à Hugo Chávez “ para tudo e nunca soluciona nada, mas sabe criar o desconforto e afastar com eficiência os investidores, portadores de emprego, numa irracional agitação social permanente.




Boa noite.