31 março 2007

QUE CONCEITO TEM ESTE PRESIDENTE DAS GENTES DO BARREIRO?





O Concelho do Barreiro tem o presidente de Câmara que merece.

Dos quatro presidentes eleitos democraticamente o actual é o mais devastador do estado de espírito do Barreiro.

Classificou , no mandato que vai a meio, negativamente a população de tudo
que esteja relacionado com a harmonia psíquica, bem-estar emocional e auto estima.

Aproveita todo e qualquer momento para trazer a politica para a praça pública.

(profissionalmente é coerente.

Não é por acaso um funcionário, do partido da classe operária, e um dos elementos do seu comité central).

Foi o que aconteceu na passada quarta-feira dia 21, desta vez, no dia mundial da poesia.

Montou mesa com a sua vereadora da coooltura, junto ao Alfredo,
com apalhaçados, balões, marcadores de livros e sacos.

Disse então que “ no Barreiro a poesia saiu à rua “.

O porquê de tudo isto?

“para levar um pouco de sensibilidade e criatividade ao concelho do Barreiro que tanto necessita de alegria e de afirmação “

Não vos dizia!

A população do concelho está insensível, pouco criativa, triste e sem afirmação.

Até é capaz de ter razão,

muito provavelmente , aqueles que os puseram de novo na Câmara , estejam arrependidos.

O que virá a seguir?

30 março 2007

CAIR NA MÃO DOS PRIVADOS



A Câmara Municipal do Barreiro, numa conferência de imprensa realizada a semana passada

(eu não dizia que as conferências de imprensa com foto estão na moda)

iniciou uma agressiva campanha politica

(sem demonstração de resultados de rendibilidade)

contra a provável privatização do negócio da água.

As autarquias que estejam com prejuízo na exploração da água

(como é o caso da CMB)

deixam de a gerir.

E a CMB como má gestora da nossa água corre o risco de perder este negócio.

Para o comité central, a gerir a autarquia, a possibilidade de uma possível privatização do negócio

(mal gerido desde sempre)

da água do Barreiro ou seja de o mesmo “ cair na mão dos privados”

(o maldito capitalismo)

com o eufemismo de “bem público e factor de cidadania” torna-se uma catástrofe.

Argumentam (!) que

“ a CMB defende a água como património, pelo que tudo vai fazer para que este recurso continue a ser público e gerido por aqueles que foram democraticamente eleitos”.

Ser ou não ser “eleito democraticamente” (com ou sem braço no ar) não dá garantias a ninguém de capacidades intelectuais e profissionais.

Infelizmente no Barreiro os mitos políticos obsessivos bloqueiam a razão e proporcionam má gestão dos dinheiros públicos.

Compreendo a situação;

Quanto mais magras ficarem as autarquias

(menos empresas municipais e intermunicipais)

menos campo de manobra financeira têm os partidos.

E depois os políticos (de todos os partidos) onde se encaixam?

28 março 2007

MALUCOS DO RISO EM BLOCO







O BE/Barreiro deu uma conferência de imprensa (?) na segunda – feira para
defender que deve haver restrições ao trânsito automóvel na cidade (!) e que o
dióxido de carbono já devia estar calculado (!) antes de se avançar para a
construção do Fórum Barreiro.


Estes encontros de amigos, confirmam, que os políticos barreirenses não têm imaginação no essencial
(o que interessa ao mundo real)
e enrolam no acessório
(o que o mundo real odeia).

Isto acontece porque estes políticos
(e os outros políticos)
não se ocupam convenientemente dos assuntos nos locais próprios;
depois é vê-los em campanha eleitoral teatral das conferências de imprensa com direito a fotografia.

São sempre os mesmos

(eles escrevinham nos jornais, eles são políticos eleitos, eles são políticos candidatos a qualquer coisa, eles são do séquito deste e daquele)

com os pés debaixo da mesa

(em almoçaradas ou jantaradas publicitadas em jornal on-line)

discutem e analisam a politica cá da terra.

Quem os levará a sério?

É obvio que o BE/Barreiro não percebe nada destas coisas de transportes públicos

(e Municipais do Barreiro) por uma razão muito simples:

é gente que não anda misturada com outra gente.

(não os levo a mal)

(eu também não ando nos Transportes Colectivos do Barreiro.

Detesto transportes públicos.
Nunca se sabe quando chegam ou quando partem.
Para além de imundos são conduzidos por condutores de ralis)

- estou na estação.

- O terminal está cheio de gente. Não há táxis nem autocarros

… mas ?

… hoje é dia de greves ?

- Não.
Perguntei por aqui e disseram-me que o pessoal dos autocarros da Câmara
foi para a manifestação em Lisboa.

… a manifestação foi à tarde.

… passa das oito!

- deram tolerância de ponto para a manifestação.

Dia 2 de Março de 2007.

Dia de mais um aniversário dos Transportes Colectivos do Barreiro.

Que gente!









27 março 2007

O MEU FARDO DE PALHA




Se recuarmos três postes encontraremos na caixa de comentários (o meu fardo de palha) diversas interpretações polémicas.

Afirma A-Verdadeira que o Barreiro cristalizou e embruteceu.

Não deixo de estar de acordo com o valor relativo da sua observação.

É exacto que só embrutece quem está cristalizado.

O equivalente se passa com a ausência de dignidade que procede a falta de identidade.

Quero dizer que “estas coisas” começam pela pessoa cristalizar, embrutecer, vai perdendo a identidade e imediatamente desaparece-lhe a dignidade.

Nunca dá por nada!

Desconheço se agora é que surge a dramática síndrome de Latourrette
(penso que é do Tourrette - grunhidos e latidos - ou falamos de coisas diferentes.)
nesta última fase da perda de dignidade.

No período que vai da cristalização à dignidade não há diálogo possível.

Chama-se a este período conversa de surdos: todos gritam e ninguém se ouve
Nem estão interessados!

Entretanto, um anónimo acrescentou, que um fulano qualquer
“ se revelou como nazi e anticomunista “.

Sabem por acaso que existe no Barreiro um blog nacionalista? (ver link no título).
Penso que o problema não está na aplicação aleatória do “anti” .

O anti é um prefixo malicioso que se movimenta conforme os gostos, os interesses, e as épocas.

Há relativamente pouco tempo, o medroso partido socialista do Barreiro, quis trazer à ribalta na Assembleia Municipal uma questão sacrílega em toda a Europa:
estabelecer paralelos de democracia e de liberdade entre o comunismo e o nazismo.

Não conseguiram levar por diante a analogia simplista :

Se um antifascista é considerado um democrata , não será um anticomunista também um democrata?

Um assunto muito curioso!








26 março 2007

CUNHAL VERSUS SALAZAR AS FACES DA MESMA MOEDA







Só os idiotas obsessivos com a Revolta Militar de 25 de Abril de 1974

imediatamente tomada pelo PCP e feita Revolução Popular até ao 25 Novembro

de 1975 ficaram surpresos com os resultados de um concurso palerma que escolhia,

no início do século XXI, os melhores portugueses desde a fundação deste

estranho País que se chama Portugal.


Conheço muita coisa boa e má, por esse Mundo fora, mesmo assim, continuo a

gostar do sacana do meu País que me surpreende a todo o momento.


Por isso não confio nele.


Colocar Cunhal e Salazar no mesmo pedestal é a prova de que as coisas não estão nem vão bem neste Século XXI desta terceira República.


Sou daqueles – com poucas dúvidas – que sabe, se não tivemos um golpe de Estado à Comunidade Europeia devemos agradecer.


Esta gente, que se surpreende com os resultados a

"esquerda detentora da verdade " ,

que destruiu o ensino ensino com a Revolução Popular,

é o principal responsável do Estado – A – Que – Isto – Chegou.


Ver ontem à noite na RTP as atitudes histéricas e taberneiras da cara mediática do partido comunista,

contra a verdade insofismável de que os Portugueses votaram Salazar, não porque sejam Salazaristas,

nem que estejam a branquear qualquer coisa, unicamente não estão com o regime.


Abril enganou-nos com a estafada história do fascismo e dos antifascistas e à conta disto muita gente se governa muito bem, deixando o País mais empobrecido.


Ontem não aconteceu um simples e palerma concurso internacional da BBC ;

ontem ,voltou-se uma nova página , na nossa história.


Nada vai continuar como antes.

23 março 2007

JORNAL DO BARREIRO UM JORNAL ACRÍTICO






Em tempos idos tive no JB um amigo.

Ele foi a ligação à minha gente nos tempos difíceis da guerra colonial

(mais o República)

que mão amiga me enviava semanalmente.

Sempre conheci o JB como o jornal do padre e da igreja.

E continua a ser do padre.

só que o padre e os sacristães são outros

outros evangelhos.

outras missas e outro missal .

os devotos também são outros .

Como tudo na vida o JB teve os seus altos e baixos.

Agora anda em baixo, porque escreve coisas destas :

AGORA VAI SER A DOER!
Prepare-se para seis dias de
greve dos barcos

foi o título da última edição impressa do JB (ver link no titulo)

a noticiar os próximos seis dias de greve selvagem com interrupção no fim de semana.

Um título leviano, acrítico, que engana o leitor.

Um título que nos atira para uma persistente reivindicação sindicalista no que é um caso de indisciplina laboral gerida por gestores medíocres.

(já falei o suficiente no barreiro velho sobre os malefícios sociais desta greve de destabilização que, entre outras coisas, relegam os jovens do Barreiro para último plano quando procuram emprego.)

(para inicio de vida é uma desvantagem morar nesta margem do rio)

Quem colabora – como o JB – com esta gente e as leva às cavalitas tem uma
qualidade idêntica aos que andaram com o “maldito capitalismo” às costas com
beijinhos vivas faixas bandeiras e mais tudo à porta da PT.

22 março 2007

BARREIRO COM UMA PERMANENTE CULTURA DE FABULAR A SUA HISTÓRIA




O Barreiro teve em tempos homens de grande cultura que foram esquecidos e que estão ignorados.

Uma análise profunda aos medalhados do “Barreiro Reconhecido” explicará tudo .

Dizia eu nos comentários a um anónimo que uma a duas vezes por mês consulto os jornais on-line Barreirense.

Não se tratou de pedantice.

É que cada vez que mexo, nos dois on-line, Rostos ou Diário do Barreiro,
(competem .cada um mais de esquerda que o outro)
fico triste. Intelectualmente triste.

Pomposamente, como todos os actos que acontecem no Barreiro, que seriam normais em qualquer sítio, aqui por estes lados, dão uma dimensão de coisa nunca vista.

Não me interessa abordar as conversas da treta quando se fala do Barreiro.

Quero sim chamar a atenção do o “Outro Barreiro”.

Encontrei no jornal em link exterior, da responsabilidade do director, um editorial que relata um encontro de pessoas que nasceram no Barreiro,
(como se nascer no Barreiro fosse nascer na Terra Santa)
que falaram a jovens estudantes da escola secundária de casquilhos do
“ser-se camarro “.

Estou a vontade, porque conheço todos os intervenientes, de frente e de perfil.

Só me interessa abordar, a imagem
que um responsável autárquico
(com trinta e três anos de actividade ininterrupta)
deixou a um auditório de jovens quando falou do intelectual Barreirense Horácio F. Alves.

Diz Hélder Madeira, que Horácio Alves
(muito miúdo tenho uma vaga imagem dele e das suas aventuras )
lia um livro dia sim, dia não por troca do anterior e mais umas coisas.

O nosso Presidente da Assembleia Municipal tem mais responsabilidades, e sabe mais “histórias” , que os restantes, para falar do Barreiro com mais pedagogia a jovens.

Ele devia ter dito que o barreirense Horácio Alves escreveu uma das melhores obras sobre o Barreiro e as suas origens.

(Foi lá que aprendi que as casa do Barreiro Velho construídas com areia em tabique, têm incrustações nas pedras de fosseis de diferentes moluscos, com origem das pedreiras de Palmela, pertença do período de formação terciário da crosta do globo.)

O Livro :

Horácio F. Alves

A
VILA DO BARREIRO
ENSAIO PARA SERVIR DE
SUBSÍDIO À SUA HISTÓRIA

Contendo, também a “ carta de vila “ de D. Manuel e novas interpretações de vários toponímicos antigos e dos nomes Lusitânia, Portugal e outros

Edição do Autor

Barreiro 1940

Curiosamente foi impresso em 1939 na tipografia comercial do velho senhor Fernando, avô do actual Presidente da Assembleia Municipal.

(O senhor Fernando dava-me restos do papel que sobrava da guilhotina.
senhor Fernando dê-me mais uns papelitos)

(O senhor Fernando foi para mim o despertar que havia qualquer coisa que não corria bem.
Escutava com frequência: o Fernando da Tipografia foi preso!
Até que descobri!)

(Muitas das edições do Avante eram impressas clandestinamente na Tipografia Comercial, aliás como o fornecimento do papel bíblia para a feitura da imprensa clandestina da época)

Quando for oportuno falarei desta curiosa obra recheada de mecenato (!) estão lá praticamente todo o comércio
industria e serviços da época com publicidade paga.

Um imaginativo que caiu no esquecimento

Teve o azar de ter nascido no Barreiro e de não ter sido jogador da bola!

20 março 2007

A FAMÍLIA EXEMPLAR




(Vou descrever uma foto de família de Saddam de 1991)

Os dois genros (e primos) de Saddam foram mortos para “lavar a honra da família”.

Hussein marido da filha mais velha, Ragdda, e o irmão, casado com Rana, tinham sido “perdoados” pelo sogro e acabavam de voltar da Jordânia, para onde tinham desertado meio ano antes.

Uday o filho mais velho de Saddam, de 37 anos irascível, narcisista, boémio, matou em 1988 um guarda-costas do pai à paulada, o que lhe valeu ser “exilado” pelo pai para a Suiça, durante vários meses.

Saddam era imponente; um metro e noventa e 100 quilos de peso.
Nigel Catwohorne, autor de " vidas sexuais dos grandes ditadores " conta que Saddam teria três mulheres e cinco amantes a "tempo inteiro".
Viagra , sexo, violência , eram as suas fixações, como demonstram os murais e os quadros encontrados nos seus vários palácios.
Um bom "gourmet" :
duas vezes por semana recebia um carregamento aerotransportado das mais variadas iguarias, desde marisco fresco a costeletas de vaca e de borrego que eram enviados a uma equipa de cientistas, que os radiografavam e analisavam em busca de venenos ou radiações ( para além de um preso que servia de provador ) .
Como bom muçulmano adorava o Mateus Rosé !

Imitava Mão-tse-tung e os seus famoso mergulhos no Yangtzé atravessando três vezes o Tigre , para inaugurar uma prova comemorativa… da travessia que ele próprio fizera em 1959, para fugir após a tentativa de golpe contra Qassem.

Todos os palácios de Saddam tinham piscina.

A água era continuamente analisada para evitar envenenamentos.

Após a natação um ritual:
durante meia hora, o barbeiro, que o acompanhava para todo o lado, aparava-lhe o bigode e tingia-lhe as brancas do cabelo, com tinta importada de Paris, também analisada previamente.

Seguia-se uma cuidadosa manicura.
Gordon Thomas, perguntou-lhe como qualificaria Hitler:

“ Hitler era demasiado brando. Os meus inimigos nunca dirão isso de mim”.

Saddam Hussein al-Takrit nasceu no dia 28 de Abril de 1937, em Al-Awja, perto de Tikrit anorte de Bagdade.

O dia do seu nascimento passou a feriado nacional.

Eu conheço , por aqui ,
muita gente ,
se pudessem e tivessem oportunidades ,
seriam Saddam´s.


17 março 2007

NO BARREIRO SÃO POUCAS AS COISAS QUE NOS PARECEM ABSURDAS


A FALTA DE FRUTA E DE LEITE EM MOSCOVO



QUANDO SE VIVE NO BARREIRO SÃO POUCAS AS COISAS QUE NOS PARECEM ABSURDAS



PASSÁMOS FOME EM MOSCOVO

16 março 2007

ESTRUTURAÇÃO DOS PROBLEMAS





(para ler o texto dois toques à esquerda do rato)

pergunta A-Verdadeira :

(…) onde parará a mula da Cooperativa?

Não faço a mínima ideia!

Encontrava-me com ela nos dias de aniversário da cooperativa.

Havia pasteis de bacalhau rissóis croquetes bolinhos whisky
( nunca vi whiskei jack daniel´s)
pinguinhas mais pinguinhas chouriço paio fiambre cervejas vinho tinto vinho branco vinho clarete água

Até comentei:
nas Assembleias-gerais não apareces
(as assembleias gerais tinham mais duas a três pessoas além de alguns corpos gerentes presentes)
cheira-te a copos vens tu e mais cinquenta!

Caramba!

Que coincidência.

Vi-a à coisa de cinco minutos com ar de intelectual:

- Olá mula!
- Que carraspana!
- Vens da sessão cultural ?
- É desta que ficas mesmo culta!



“ … é relativamente ao grau de estruturação dos problemas que se põem as questões epistemologicamente mais interessantes, em ligação com a classificação dos problemas em “bem” e “mal” colocados, definidos ou estruturados.

Trata-se duma distinção que, por assim dizer, normaliza a própria interrogação e que percorre a história do pensamento…”

não percebia patavina do que a mula dizia .
mas que estava mais culta era inquestionável
(ao jantar , meditava, que uns copos de vinho tinto talvez dessem mesmo cultura ; era muito mais fácil e cómodo , que queimar as pestanas .

Bebia-se uns copos de tinto e zás … cultura!)

olha este !

já vais no terceiro copo de vinho tinto
agora deste nisto



não ficas aí !

15 março 2007

POST ESCRITO DEPOIS DE TER BEBIDO TRÊS COPOS DE VINHO TINTO AO ALMOÇO

(para ler o texto:dois toques com a esquerda do rato)
Informa-me, elucida-me
( propõe educar-me )
a Cooperativa Cultural Popular Barreirense,
(a um cooperante desnecessário)
que
BEBER VINHO É UM ACTO DE CULTURA.

(imagino que este conceito está na mesma linha de quem colocou há tempos no átrio da cooperativa um cartaz:
“ser mulher é estar presente “ ,

e as que não querem estar presentes, não são mulheres ?

só são mulheres as que pertencem à cooperativa ?)

O abstémio Salazar , depois de Pombal, foi um percursor no fomento consumista do vinho tinto e dizia :

(para além das touradas , Fátima e fado)

“ Beber vinho é dar trabalho a um milhão de portugueses”.

Ora, os que apanhavam grandes pifos, na época, nas dezenas de tabernas, por esse Barreiro fora,

(oh! mulher vai para casa que o Benfica perdeu!)

não só estavam a desenvolver o País como estavam exercendo, sem o saber, um acto de cultura.

( não lembra ao diabo !)

Não vou colaborar no "chamar " acto de cultura ao escandaloso marketing especulativo da venda de vinho em Portugal, desde a produção até à goela do consumidor.

É inequívoco que o vinho faz parte da cultura de muitos povos
(as religiões , da católica à pagã, não dispensam o vinho.)

O vinho é arte.
cerveja whiskei jack daniel's gin bagaço dona antónia marie brizard napoleon ginja sem rival brandy mel pisang ambon são artes,
como artes ,gosta-se ou não ,
por isso saber beber é a verdadeira arte.

( mais de metade dos casos de violência doméstica é atribuida ao alcoolismo )





( e os que bebem cerveja? são estúpidos ?)


Se beber vinho , é o que sabemos , comprar livros é também um acto de cultura?

Depende!

Quem compra, (para ler), a História de Portugal de Jean-François Labourdette é um acto de cultura?

ou será um acto de cultura quem adquire as novelas de Carolina Salgado ?

Descrever ( ou promover) um vinho é arte ?

Floral rosa violeta acácia jasmim flor de laranjeira
( até parece uma água de colónia )

frutado limão toranja cassis cereja etc

aigrelet ( para dizer avinagrado)

etc. etc.

- ou como servir um vinho:

uma garrafa para duas ou três pessoas

se forem servidos dois vinhos, uma garrafa para três ou quatro pessoas

se forem servidos três vinhos , uma garrafa para quatro ou cinco pessoas

se for servido espumante como aperitivo, calcule-se uma garrafa por cada quatro pessoas.

Nesta contabilidade, maluca, acabei por beber três copos de vinho ao almoço

QUERO SER CULTO !


um dos meus cães quando bebe vinho tem a mania que é polícia

( escuta as nossas conversas ; não há policiamento no Barreiro !

como cão quer ser simpático aos donos)


também estava com três copos depois do almoço ,

o primeiro acto de cultura que cometeu foi prender a gata da vizinha.

só me arranja problemas !





não lembra ao diabo !







11 março 2007

BARREIRO DESMEMORIADO


Dia 30 de Novembro de 2006, auditório Augusto Cabrita,

“apesar da plateia não estar muito composta, com a presença de pouco mais de uma dezena de pessoas “

como relatava o JB de 8de Dezembro,

no II seminário da Rede Social do Barreiro, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro falou de planos criador de emprego:

“Temos alguns planos em cima da mesa que poderão vir a criar entre 1000 a 1500 postos de trabalho, sobretudo no sector terciário “.

Onde param os misteriosos " alguns planos " ?

Passaram de cima da mesa para " alguma gaveta " ?

(Os doze recentes desempregados da Bomba de Gasolina

na Stara Zagora

necessitam de muitos "planos criadores de emprego " no Barreiro. )

Estará a oposição do partido socialista - Barreiro a precisar de um gavetão em Vila Chã ?


10 março 2007

BARREIRO - HOLLYWOODESCO


A A-Verdadeira a descrever as potencialidades do Barreiro contemporâneo na indústria cinematográfica :

Mas qual cidade do cinema?

Tirando alguns "filmes" a que vimos assistindo no dia a dia político e social do Barreiro, a cidade do cinema, como pomposamente lhe chamam, não passa de uma invenção.

Quem é que acredita que haveria algum investidor maluco que pusesse em risco o seu capital, investindo num projecto sem o mínimo de viabilidade?

Vocês estão a ver os "artistas" a tomar banho de coloides fecais, na praia de Alburrica?

A dormir em tendas de campismo porque no Barreiro não há hotelaria?

A cheirar aquele cheiro a fossa que se liberta de vez em quando pela cidade?

A olhar toda esta gente pobre e o Barreiro velho a desmoronar-se enquanto a edilidade coça os "tintins"?

O actor Joaquim de Almeida, conseguiu que a cidade do cinema vá ser instalada no Algarve. Toda a gente já sabe disso, menos o Barreiro.

Vai ser junto a Loulé e envolve uma soma astronómica. Já constituiram a empresa e não é nada que se compare ao que querem fazer crer que está em vista para o Barreiro.

O Algarve será sempre o Algarve e eu apelo aos Barreirenses para, de uma vez por todas, deixarem de ser "tansos" e não embarcarem em falsas promessas de projectos que irão ser concretizados, porque isto da Cidade do Cinema para o Barreiro sempre foi uma grande treta e o Governo sempre o soube.

A prova disso, foi a rejeição no Congresso do PS, da moção de Madalena Alves Pereira, sobre o assunto.

Abram-me esses olhos e dêem-lhes bordoada de cada vez que vierem com invenções.

Agora, se me disserem que o Barreiro dava um excelente cenário para os filmes baseados nos romances de Máximo Gorki, aí, sim, já acredito.

Bastava ir ao Bairro das Palmeiras ou a certas zonas do Barreiro Velho, para obtermos as expressões e os cenários que adivinhamos, quando lemos "Os Miseráveis" ou "A Mãe": gente triste, pobre e ambiente degradado.

Talvez por aí o Barreiro tenha alguma hipótese de se transformar numa Hollywood do terceiro mundo, porque tem a Quimiparque que mais parece um terreiro onde explodiu uma bomba nuclear, tem esgotos a desembocar a céu aberto e tem o cheiro de pobreza que convém a todo o filme do género.

Para figurantes temos os figurões e as figuronas de sempre.

Nem para filmes "hard-core" o Barreiro serviria para cenário, porque a maior parte dos figurantes masculinos, estão todos murchos e a despencar, devido à idade.

O Barreiro é uma cidade de idosos.

É uma cidade triste.

09 março 2007

BARREIRO CIDADE DO CINEMA DA TRETA


A nossa terra sempre encheu a boca de cinema.

Por uma razão muito simples; teve um Augusto Cabrita.

E abusou da situação.

Teve um Cine Clube (tem?) com um dos maiores feitos;

cantar a Internacional,

e o Hino de Caxias,

no jantar convívio aquando do primeiro encontro dos cineclubes,
no Porto,

( com a assistência aterrorizada )

nos finais dos anos sessenta.

Teve , e tem , uma autarquia cinéfila

( grande parte dos autarcas desde 74 foram directores do CCB)

que liquidou os únicos dois cinemas que existiam no Barreiro Velho.

O República e o Teatro-Cine.

(O primeiro do senhor Miranda o segundo do Sindicato dos Ferroviários.)

O terceiro cinema, da CUF, actual casa Casa da Cultura (!) , com a cultura de filmes de “porrada”, livrou-se da hecatombe cinéfila mas não escapa de uma morte certa a curto prazo.

A insensibilidade dos nossos (deles) autarcas cinéfilos liquidou um património de cinematografia, no centro histórico da cidade.

(detesto chamar cidade ao Barreiro. uma cidade com vida e movimento de vila. uma cidade com mentalidade de aldeia)

Resta as mini salas do Feira Nova que a Lusomundo deixou cair .

Os nossos (deles) autarcas cinéfilos perderam ( não utilizaram o direito de opção) uma boa quantidade de edifícios com interesse histórico

(imóveis com memória colectiva)

pela cultura do

"deixa – andar – que – a – malta – nem – se – apercebe".

Essa mesma insensibilidade permitiu que o Teatro – Cine passasse para as mãos de uma seita religiosa e se tornasse num bunker.

O República acabou por cair de podre graças à incúria do sindicato e a apatia dos autarcas cinéfilos.

Entretanto, a oportunidade do Barreiro Cidade do Cinema, nos terrenos da antiga CUF, não passará de mais uma oportunidade.

Quem acredita na capacidade do actual presidente da câmara em saber lidar com investidores?

Esses malditos capitalistas exploradores dos trabalhadores!

O meu argumento, por enquanto, está sustentado nestas afirmações:

“ de acordo com Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro,
na reunião (21/11/2006) que realizou na API-Agência Portuguesa de Investimento,
pôde constatar que não existia qualquer contacto com aquela Agência, sobre o projecto Cidade do Cinema.

Salientou, que a “API não pode dar contributos para uma solução, enquanto o promotor não colocar uma proposta à API”.


(…) salientou que reafirmou estas informações ao promotor.

(…) sublinhou que todos os assuntos sobre a

“cidade do Cinema” teriam que começar a ser tratados por escrito dado que –

“ a Cidade do Cinema está a ganhar estatuto de arma de arremesso político "

pelo que, neste contexto, considerou, ser necessário começar a tratar este

“assunto com muito cuidado”.

Quem fala assim não tem a mínima noção como "estas coisas " se fazem

(não o culpo. )

O Barreiro tem o que merece .

06 março 2007

RECORDO-ME DA FOME QUE PASSÁMOS QUANDO FUI PELA PRIMEIRA VEZ À ROMÉNIA.

(Alexander Litvinenko envenenado em Londres)

( o comentário de um anónimo ao falar no fardo de palha traz à minha memória uma entrevista do João Pinto e outras recordações )

- A sua primeira viagem de avião foi à Roménia. Do que se recorda?

- Fiquei com a pior das impressões.
(não entendo de bola , penso que esta viagem deu-se em 1990 na selecção dos sub-19).

Foi no tempo de Ceaucescu, da ditadura, e vi coisas horríveis.

Recordo-me perfeitamente da viagem de avião, as costas dos bancos andavam para trás e para a frente, era um avião velho, mas para mim era uma coisa nova, a primeira vez.

Os países do Leste faziam-nos sentir que estávamos muito longe de casa.

A pobreza era visível:
os carros, a maneira de vestir das pessoas, via-se que eram tristes.

Íamos para os treinos num autocarro velho e durante o percurso para o estádio vimos um polícia a algemar e a bater numa criança que não devia ter mais de 12 anos.

Lembro-me da fome que passámos.
Só conseguíamos comer pão, que era duríssimo, com manteiga ou alguma salada, porque a comida era intragável.
Estivemos lá dois dias só a pão, mas nessa altura éramos miúdos, havia entusiasmo, força para tudo.
O professor Carlos Queiroz teve de ser internado por ter comido um queijo que lhe fez mal.

(Expresso/Única 31 de Julho de 2004 pag. 31)

Foi também assim, que Bento na sua simplicidade, no regresso da defunta URSS, de um jogo da selecção,
(também creio que foi nos finais dos anos sessenta ou inicio dos anos setenta)
confessou que viver naquele regime para além de horrível se comia muito mal.
No dia seguinte tinha à porta do seu estabelecimento de modas, na Rua Miguel Bombarda, (entre McDonalds/Câmara) um fardo de palha e fruta podre.

(a actual má qualidade intelectual do Barreiro na tolerância e respeito pelas opiniões dos outros já vem de longe.)

Os mesmos, que lhe deram a palha e fruta podre , estavam agora no seu funeral
de óculos escuros, como manda a etiqueta.

Também ficará na história que Bento, anos mais tarde, fará campanha eleitoral pelo PCP.

A registar uma brochura A5 com 12 páginas:
jornal dos apoiantes CDU-Barreiro Autárquicas 2001.

( - o que andas tu a fazer por estes lados ?

- vim de casa do cara - de - cebola .

- o homem já não pesca e está muito doente !

- vim pedir ao Bento se nos dava uma fotografia para a propaganda eleitoral .

Voltei-me para os meus cães e comentei:
é assim por estes lados que isto funciona,
depois de dizer ao tarefeiro ,
vocês não têm vergonha! )

Ps. disse que o funeral saía às dez da manhã. Saiu às cinco da tarde. A hora foi mudada como foi mudado o local da urna.
Para os castings as expectativas foram excedidas.

02 março 2007

SANGUE E AREIA




Hoje ao passar junto à igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro Velho, deparei com um impressionante movimento de gente e de carros.

(o trânsito está cortado. )

Falo do funeral do jogador da bola Bento, que vai pelas dez de amanhã, para o crematório dos Olivais.

Na passada veio à minha memória Blasco Ibáñez.

Escritor espanhol, de Valência, nasceu em 1867.

Teve também o seu funeral - ninguém fica de fora - no ano de 1928.

Creio, não tenho a certeza se foi no romance “Sangue e Areia” escrito em 1908,

mas foi Ibáñez que disse;

a verdadeira fera está ali.

( e apontava para a assistência.)

Neste caso o espectáculo respeitava a toureiros, touros e matança.

Para mim, com touros ou sem touros, quaisquer assistências,

nestas ocasiões,

têm um pouco de feras.

Conheço bem a família da mulher do defunto.

Sei que sofrem.

Mas tenho dúvidas que o sofrimento seja tão abrangente.

O grosso está lá para o espectáculo:

- eu vi o gajo.

(e eu vi autarcas)

- não vistes o fulano.

( e eu vi políticos)

- eu abracei o sicrano.

( e eu vi abraços de répteis ofídios )

Outros vão porque é obrigação profissional.

Está lá a SIC e a TVI.

Fica sempre bem dar umas palavras à televisão , aos jornais e à rádio, e mostrar

pesar

afivelando a habitual máscara de tristeza.

Um espectáculo.


(um triste espectáculo)

Descansa em paz .