31 dezembro 2006
30 dezembro 2006
AMIZADE


Boa noite.
Palavras amáveis multiplicam os
amigos,
a linguagem afável atrai muitas
respostas agradáveis.
Procura estar de bem com muitos,
mas escolhe para conselheiro um
entre mil.
Se queres ter um amigo, põe-no
primeiro à prova,
não confies nele muito depressa.
Com efeito, há amigos de ocasião,
que não são fiéis no dia da
tribulação.
Há amigo que se torna inimigo,
que desvendará as tuas
fraquezas, para tua vergonha.
Há amigo que só o é para a mesa,
e que deixará
de o ser no dia da
desgraça;
na tua prosperidade mostra-se
igual a ti,
dirigindo-se com à vontade aos
teus servos;
mas, se colhe o infortúnio,
volta-se contra ti,
e oculta-se da tua presença.
Afasta-te daqueles que são teus
inimigos,
e está alerta com os teus amigos.
Sira 6
29 dezembro 2006
BARREIRO E O NATAL IDEOLÓGICO
O presidente
da Câmara Municipal do Barreiro
comunica com a população
com isto:

O sitio institucional
da Câmara Municipal do Barreiro
(imagem para o exterior)
comunica com isto:
Algo estará no subconsciente de alguém!
Para comunicar com o Barreiro ,
a Presidência ,
utiliza uma imagem de melancolia,
de tristeza, sem alegria, morta
como são o roxo e o preto.
Para o exterior, há uma imagem diferente.
Uma imagem Natalícia correcta; a alegria das cores.
Se não existisse ,
a primazia da ideologia,
a imagem que representasse o Barreiro,
seria por coerência ,
sempra a mesma .
Nem no Natal descansam!
24 dezembro 2006
23 dezembro 2006
BARREIRO DE LUTO
No dia seguinte, de manhã ,
(pouco passava das oito ) ia para a praia com os meus cães ,
na Avenida da Praia , encontro-a de novo.
(demoradamente olhei para a arte criativa .)
A subjectivação da imagem, transportou-me para um passado, negativo, de miudo no Barreiro Velho:
- Cala-te rapaz !
- os Santos estão tapados com panos pretos porquê ?
- Cala-te !
- Porque estão de luto !
- porquê …?
- Cala-te rapaz !
- … ainda levas !
O pior vinha depois, no exterior da igreja , na procissão do Corpo de Deus.
Cristo ia no caixão .
(vestido de Roxo. )
As ruas às escuras.
Os que orientavem a procissão batiam com umas tábuas ;
traaaa tra traaaaa traaaaaaa
tra traaaaaaa
mais atrás a Banda da CUF ;
bum !
bummmm bum !
bum !
bummmm bum !
tudo aquilo, metia medo.
(aos adultos não sei.)
No enterro, ( faz de conta) não havia a habitual carreta preta do senhor Florentino,
( a carreta branca era para os anjinhos)
nem as habituais correrias dos miúdos para passar à frente , como se fazia nos funerais até este entrar no Cemitério da CUF .
Este funeral ( faz de conta) era diferente;
não havia cemitério, nem covas, onde por vezes ,os miúdos mais abelhudos, caiam nelas antes do caixão.
Recordei também o luto, e os adultos com um fumo - preto no braço.
(para mim não passava de mais uma braçadeira , igual à dos jogadores da bola, mas de cor diferente.)
Outros usavam, como reforço do luto, um bocado de pano preto na banda do casaco.
Os homens andavam de chapéu preto, com um pano preto à volta.
As mulheres de luto, vestiam-se de preto,
e tapavam a cabeça, com um lenço, durante um longo tempo.
Por volta dos meus oito anos, a minha avó materna morreu e vestiram-me de preto.
(Os meus primos não escaparam. )
(sempre associei a cor preta à desgraça e a coisas más, e também por ver passar no Barreiro Velho, carroças desengonçadas puxadas por mulas magras ,com cães escanzelados presos, com arames, à traseira.
nas carroças vinham algumas pessoas vestidas de preto, que saiam depois ao escurecer.
diziam-me que eles roubavam os miúdos, para depois andar a pedir esmola.
vestido de preto, ainda pensei , que iria ficar como eles )
Depois, em sinal de luto, a família retirou de casa , durante dois anos, o meu maior amigo e companheiro.
A minha querida telefonia .
(uma Philips ,que guardo como relíquia na minha casa ,depois do meu filho a trazer de casa dos avós.)
Quando a Philips, voltou para o lugar dela , na cozinha, trazia baratas.
Foi o pandemónio.
Todos gritavam naquela casa.
(menos eu.)
Fiquei vingado !
E agora ,
quem me vinga ?
21 dezembro 2006
20 dezembro 2006
RÁDIO BAIA 98.7 FM
Sintonizei-a pela primeira vez, em Agosto, último.
Estava eu, em Alburrica, com os meus cães, as gaivotas e o mar, no mês morto de Agosto.
(mês em que não apetece sair,
nem apetece ficar.)
Não havia Fóruns, ou as chamadas antenas abertas, Antena 1, TSF.
Nada!
Sintonizei então um fórum, não havia Bispos, para salvação de almas, mas a homilia era-me familiar.
(Recordou-me, o calor do PREC.)
Desde então passei a ouvi-la, com a máxima regularidade, às quartas-feiras.
(por uma razão muito simples; agora sei do que falo)
Hoje, quarta-feira, foi mais um dia da famosa "crónica".
Todas as quartas, a partir das nove horas da manhã, até às dez horas, há um "senhor bem-falante" que lê, durante uns bons vinte minutos.
Ele e um outro, residente, chamam “a crónica”.
Depois intervêm os ouvintes, (diariamente há gente a chorar, sempre os mesmos, são todos conhecidos, muito reverentes - nem a irmã Lúcia tinha tais deferências - e cheios de salamaleques ao camarada e amigo) a que chamam “provocações”.
(Há uma regra. Todos estão condicionados ao teor da crónica do dia.)
(Se algum mais ingénuo liga e quer intervir e desconhece o teor da crónica, logo o camarada diz: se não ouviu, ouvisse!)
(Venha outro!)
Se alguém liga a discordar é apelidado de “bem na vida” … daqueles que a gente conhece.
Se alguém diz: o senhor está enganado eu li no Financial Times que… (nem deixam acabar)
- não venha para aqui com conversas … a argumentar com a bíblia dos ricos !
O conteúdo das "crónicas" limita-se permanentemente a denegrir o primeiro-ministro que é conhecido como o vampiro e as instituições apelidadas de capitalismo .
(subtilmente apreciam o boçal Jardim. )
Hoje a crónica terminava:
Diz o Alberto João ( familiaridade!) que o ano 2006 é o ano da Besta.
- eu direi que no próximo será o ano da Besta Quadrada.
Quando Sócrates fica de fora entram, no exorcismo político, os americanos.
Uns bandidos!
Os indigentes que dormem no Terreiro do Paço, o responsável é Sócrates, e de um ministro o senhor Santos.
As reformas de trinta e tal contos, o responsável é Sócrates.
O responsável das baixas reformas e das pessoas terem passado uma vida sem descontos, é Sócrates.
O Natal dos Mendonças, dos Noronhas, dos Almadas , dos Valenças, natal de ricos à conta da miséria dos pobres, o responsável é … Sócrates.
Tudo é tratado abaixo- de - cão.
Menos o clan!
Um clan politico que vive, e explora emocionalmente, os trabalhadores e reformados mais desfavorecidos, tendo como matriz a desinformação.
17 dezembro 2006
CRISTO NO DESERTO VI
“O BARREIRO ESTÁ A PASSAR O PIOR MOMENTO DO ÚLTIMO SÉCULO”.
NEM SEI SE CONFUNDEM
OS EVENTOS PÚBLICOS, COM REUNIÕES DO PARTIDO;
OU ESTÃO DESLIGADOS DO
16 dezembro 2006
15 dezembro 2006
14 dezembro 2006
COM O TEMPO, CRIARAM UM BARREIRO DEPRIMENTE
do Barreiro Lutador,
do Barreiro Anti-fascista,
do Barreiro Culto,
do Barreiro Com Tudo, quando os outros, nada têm,
surgiu
um "novo Barreiro":
Barreiro com depressão emocional!
Este "diagnóstico" , para um Concelho do Distrito de Setúbal, não vem de um qualquer estudo sociológico, nem de um levantamento por técnicos de saúde mental, nem tem origem em casos verificados de desespero social;
é uma afirmação, de um politico profissional, de um partido profissionalizado, dirigente deslocado em serviço, na Presidência da Câmara.
Curiosamente o “diagnóstico” vem acompanhado de um aviso ;
“este estado emocional não é favorável ao desenvolvimento do Concelho !”
Daqui se conclui, que o PCbarreiro, se não tiver obra feita, nos três anos que faltam, os responsáveis, para além do eterno governo, são, também, a população.
Esta ousada afirmação, dita no dia 29 e repetida a30 de Novembro, entrou por um ouvido e saiu pelo outro, dos vereadores da oposição, dos comentadores políticos “da nossa terra “, e do PSbarreiro que passou um mandato de quatro anos na autarquia, e nada aprendeu.
(é preocupante que o PSbarreiro seja bem comportado e um especialista em desperdiçar oportunidades políticas, na perda de tempo que dedica ao acessório, negligenciando o essencial. )
Simule-se, este caso, na vida real e imagine-se um gestor de uma empresa, que perante os seus colaboradores diz;
(…) são uns deprimidos.
Se houver maus resultados a culpa é vossa,
porque estão com
“alterações de carácter económico, sociológico e até emocionais nada favoráveis ao desenvolvimento da empresa”
… blá, blá, blá.
Este acontecimento, numa qualquer empresa portuguesa, depois dos bocejos presenciais, tudo não passaria de palhaçada e ninguém o levaria a sério.
O mesmo caso, numa empresa estrangeira, em Portugal , quem quer que fosse o gestor que pretendesse ficar de fora, e preparasse um bode expiatório, a acautelar o insucesso, não lhe invejaria o futuro … no mesmo dia!
É assim, no trabalho, no trabalho propriamente dito;
no trabalho duro … é que se aprende!
13 dezembro 2006
FIDALGUINHOS E A GRUA
Bom, na verdade houve uma honrosa excepção:
http://www.margemsul.pt/margemsul_02Dez2006.pdf
O assunto foi noticiado na pág. 4 e espero que não tenha sido só devido
à tenra idade... 6 :34 PM
Eu sabia da existência do novo Jornal.
Não o tinha visto nem lido.
Com a informação que me deu, acabei por lê-lo.
(espero que não seja mais um a juntar aos cinco existentes.)
Gostaria de fazer uma observação à conclusão do seu comentário,
“e espero que não tenha sido só devido à tenra idade…”
É um comentário interessante que questiona quem entra e quem está
no “jornalismo barreirense ”.
Explico porquê ;
das muitas coisas tristes e imbecis que o Barreiro tem, a sua imprensa escrita, ou on-line, é uma delas.
É uma imprensa de amigos para os amigos,
uma imprensa pretensiosa,
uma imprensa pretensamente intelectual,
pretensamente politizada,
pretensamente bairrista,
muito domesticada e obediente.
(parece mentira, mas é a realidade ao que isto chegou !).
Em qualquer novo jornal que apareça no Barreiro, ( e só um deles veio do anterior regime) a tenra idade, (como numa criança) é a idade da inocência.
Começam intuitivos, espontâneos e honestos.
(estão na idade em que não aprenderam a dissimular.)
Com o tempo aprendem a dissimular, e alguns … também aprendem a servir.
Neste caso, dos Jornais do Barreiro, não dou o benefício da dúvida, porém, do que consta da ficha técnica, do Margem Sul, é a continuação do mais do mesmo.
Vejo pessoas com um pé neste jornal , com o pé no outro e nos outros.
Vejo também uma preocupação no chamado pluralismo político, ou de opinião,
(que ninguém sabe o que é!).
Vejo, também, duas a três pessoas, com boa escrita, e espero um bom trabalho.
(… este assunto está a interessar-me.
Vou pegar nele.)
10 dezembro 2006
09 dezembro 2006
NEO - PATOS - BRAVOS
Curiosamente, ou talvez não, também ninguém noticiou a queda de uma grua nos Fidalguinhos...
7:45 PM
Agradeço a informação.
(desconhecia!)
(nada acontece por acaso; a sua observação faz sentido.)
( não acredito no acaso !)
(tudo, ou caso tudo, tem uma explicação.)
No nosso País, e no Barreiro também, os antigos Patos – Bravos, promovidos nos últimos tempos a construtores civis, tornaram-se num Estado dentro do Estado.
É vê-los por aí ,com sinais, primários, exteriores de riqueza.
Não há politico ou autarca, que se preze, que não tenha os seus amigos na construção civil e na Bola.
Por outro lado, não há construtor civil, e gente da Bola, que se preze, que não tenha o amigo político ou o seu autarca.
E todos têm o seu jornalito dependente da publicidade e não das vendas!
Considerando a sua informação, a queda de uma grua, é uma situação gravíssima pelas consequências imprevisíveis.
Agora relaxe e imagine:
alguém faz umas chamadas telefónicas e diz ;
...não quero que saia nada no seu jornal!
…foi um azar !
…depois especulam e fico entalado.
…ainda me aparece nas obras a inspecção do trabalho.
…encontram uns gajos ilegais , que me fazem falta .
...sou é porreiro demais .
... é uma ajuda humanitária .
… mande cá o rapaz ... no Natal quero uma publicidade forte no nosso jornal !
bla bla bla .... um abração !
Tem dúvidas na sua intuição ?
então, leia o ;
O inimigo sem rosto
Fraude e Corrupção em Portugal
Maria José Morgado
José Vegar
Dom Quixote
(quem o ler perde a ingenuidade. )
A ingenuidade é um pecado mortal !
08 dezembro 2006
SEMMAIS JORNAL
Neste último sábado destaca-se no SEMMAIS um inusitado artigo, escrito não por um qualquer escriba ao serviço, mas pelo penúltimo Director do Voz do Barreiro.
Diz o ex-director, que
“a “primavera carvalhista” teve demasiadas titubiezas mercê da sua personalidade frágil acabou por ser engolida sem grande delongas “.
Continua o ex-director
“ …, a verdade é que, no seu verdadeiro âmago, o PC de hoje não é muito diferente daquele singular, coerente e convicto comunismo alimentado pelo culto de Cunhal, pelos seus indefectíveis seguidores e aprendizes “.
(…) a ascensão do simpático Jerónimo de Sousa parece ser, neste quadro, apenas um fenómeno de casting(…)
(…) os últimos casos não deixam de ser aberrantes:
os afastamentos compulsivos dos últimos moicanos da ala renovadora, com Rogério Brito à cabeça;
a cabala montada a Carlos Sousa em Setúbal;
os pedidos de auto-demissão que apanhou boquiaberta a “dinossaura” Odete Santos, e a retirada de “meias” confianças políticas a outros deputados com influência pública, como foi o caso de Luísa Mesquita, provam esta tese (…).
Mais adiante continua o ex-director
(…) o PC não mudou e copia, no seu pior, os epifenómenos que, não raras vezes, comprometem a relação dos outros partidos com os eleitores:
jogos de poder;
lógicas de emprego;
compadrios políticos
e pouca vontade de rejuvenescer as suas estruturas e guardas avançadas (…)
E a terminar diz o ex-director
(…) e talvez por isso mesmo, o PC seja um partido que queima.
Dos mais antigos, no trejeito de “usar e deitar fora” , aos mais novos que, por zelo partidário, espírito de missão, ideias novas e vontade de vencer, oferecem o corpo às balas sem grandes reconhecimentos das cúpulas locais e regionais, muito menos do “politburo” da Vítor Cordon.(…).
Como coabitarão no futuro, o novo voice master do PCbarreiro, Voz do Barreiro e o seu ex-proprietário SEMMAIS?
06 dezembro 2006
JORNAL DO BARREIRO
O do dia 1 de Dezembro, numa primeira página repleta de publicidade, encontra-se com alguma dificuldade a notícia: “Túnel fechado. Caos no Trânsito”.
No desenvolvimento o responsável “mau tempo” !
Conclui também, que houve caos no trânsito e o túnel na Rua Miguel Bombarda esteve fechado duas horas em hora de ponta.
Conseguiu, o JB com mérito, arrancar de um vereador que
“houve falta de coordenação por parte da PSP”.
Cá por mim tenho dúvidas se a falta é unicamente da polícia.
Sei do que falo, porque estou convicto que a responsabilidade de ausência de coordenação,
digo de diálogo,
está na tibieza, fragilidade e incapacidade
dos políticos e autarcas Barreirenses,
em saber conversar com as instituições.
VOZ DO BARREIRO
Tem o nome do Barreiro mas fala muito pouco do Barreiro.
Um jornal do Barreiro encavalitado num de Setúbal!
O último número, do dia 2 de Dezembro, encontrou uma explicação
(…nem uma palavra sobre o encerramento do túnel e da famosa “ piscina do túnel”!)
para o caos nas saídas e entradas do Barreiro, na malfadada sexta-feira 24 de Novembro, ao fim do dia;
uma “tromba de água “ , a “preia-mar” , “o vento forte”, “um dilúvio” !
Qual mediocridade dos Serviço Camarários em não limpar as sarjetas,
em deixar buracos à espera de serem calcetados,
qual desleixo … é uma “tromba de água que fustigou o Barreiro” e fica tudo explicado!
Conclui o mesmo jornal, que há no Barreiro “importantes infra-estruturas de drenagem de águas pluviais”.
Não sei onde;
só sei quem habita na Stara Zagora, Alfredo da Silva (no cruzamento Totta) Dom Manuel de Melo, quando a chuva é mais forte, não pode sair de casa .
Toda esta zona fica um lago.
Um lago, com a água a lamber as portas.
O chamado ” mau tempo” foi a maior das invenções do politicamente correcto na desculpabilização das instituições medíocres.
Foi assim com a ponte Entre-os-Rios!
É assim no Barreiro Cidade da Participação!
05 dezembro 2006
04 dezembro 2006
ECLESIASTES
tudo é ilusão.
Que proveito pode tirar o homem de todo o esforço que faz
debaixo do Sol ?
Uma geração passa, outra vem; e
a terra permanece sempre.
O Sol nasce e o Sol põe-se, e visa o
ponto donde volta a despontar.
O vento vai em direcção ao sul,
depois ruma ao norte;
e gira , torna a girar e passa,
e recomeça as suas idas e vindas.
Todos os rios correm para o mar
e o mar não se enche.
Para onde sempre correram,
continuam os rios a correr.
Todas as palavras estão gastas, o
homem não consegue já
dizê-las .
A vista não se sacia com o que vê,
nem o ouvido se contenta com
o que ouve.
Aquilo que foi é aquilo que será;
aquilo que foi feito, há-de voltar
a fazer-se:
E nada há de novo debaixo do
Sol !
Se de alguma coisa alguém diz:
“Eis aí algo de novo!”,
ela já existia nas eras que nos
precederam.
Não há memória das coisas
antigas;
e também não haverá memória
do que há-de suceder, depois;
nem ficará disso memória entre
aqueles que hão-de vir mais
tarde.
in
Livro do Eclesiastes
Prólogo1-1.11
03 dezembro 2006
02 dezembro 2006
NÃO LÊS NEM LERÁS

(…) se queres saber o que é “democracia directa” para o PC lê o livro do célebre físico nuclear russo André Sakahrov (1921/1989), prémio Nobel da Paz em 1975 ;
La Liberté intellectuelle en URSS .
Lê também o Arquipélago de Goulag de Aleksandr Soljenitsine.
Eu sei que não lês nem lerás porque estás dominado por uma obsessão emocional e não pela clara luz da razão.
Não te interessa saber a verdade(…)
01 dezembro 2006
A OBRA DO REGIME
Nos primeiros anos e às primeiras chuvas deixava de ser túnel e passava a ser uma piscina.
A piscina do túnel.
Com o passar dos anos as coisas atamancaram e tudo caiu no esquecimento após terem chegado à brilhante conclusão que aquelas coisas, a que chamavam estação de bombagem para o emissário pluvial, e o grupo electrogéneo de socorro, necessitavam de manutenção no Verão para funcionar no Inverno.
Assim como as sarjetas, circundantes, devidamente limpas.
Mas, neste Outono, deste primeiro ano de graça “ valeu a pena ”, no fim de tarde da última sexta – feira, faz hoje uma semana, o Barreiro se transformou no Alviela do Ribatejo, mas, ao contrário.
Saí de casa às seis da tarde,
segui o sentido único e voltei no jardim dos Franceses, (à direita para o rio do Largo das Obras sentido dos rios da Rotunda do Lavradio ,nada andava), passei frente à esquadra , volto à esquerda , no cruzamento do Mac Donald’s para voltar à direita e descer a Alfredo da Silva o transito está parado.
Segui em frente no sentido do túnel.
Ao chegar ao túnel mandam-me para trás.
Não havia túnel!
Havia rio.
(não foi o rio que veio ao Barreiro foi o Barreiro que foi aos rios.
os rios que o Barreiro constrói, com anos e anos de retórica, em que os acessos foram sistematicamente descurados.)
Fiz uma manobra macaca, inverti a marcha, e segui no sentido inverso.
Voltei junto ao edifício da Câmara, depois à rua da Junta de Freguesia.
Voltei na Avenida Alfredo da Silva e desci para voltar à Miguel Pais.
A Miguel País , junto ao SAMS sentido do terminal ,tinha a faixa direita cortada.
Passava um de lá depois outro de cá.
Ao fundo da passagem desnivelada, junto aos semáforos, só funcionava a faixa à esquerda.
A da direita era um rio.
Passei o terminal e entrei na Bocage.
Quando cheguei ao cruzamento da Miguel Bombarda /Bocage eram sete horas e quinze.
Ao deus-dará uma hora e quinze minutos.
(Não vi um polícia!)
Uns dizem que foi do mau tempo.
Outros dizem que é da mediocridade - do - deixa – andar.
Eu digo que não é uma coisa nem outra nem as duas em simultâneo.
Estou convicto, que desta vez, o responsável é o pimpão – empecilho.
O pimpão – empecilho é o fruto do casamento autárquico, anti-natura, entre quem manda e quem deve obedecer (casamentos entre senhores e plebe deram sempre mau resultado).
Com o nascimento deste rebento, deixou de haver um responsável único, que envolva autarcas e a eficiência dos seus trabalhadores, em tudo aquilo que de mau aconteça e que lese a população do Barreiro.
Por isso não há a quem pedir responsabilidades no que aconteceu na passada sexta-feira.