23 outubro 2008

BLOGUES – DO BARREIRO E ARREDORES – DO CONTRA.

Até ao momento conhecem-se do Barreiro quinze “blogues do contra “

(na senda da Revolução Cultural do Barreiro Novo em curso com apoteose na destruição definitiva da estátua de Alfredo da Silva?)

Mais dois do Seixal e um de Alhos Vedros.
Sobra um de Lisboa e um outro que não dá sinais de vida.

Conheço alguns de longa data e não aprecio nem gosto da maior parte deles.
Salvo excepções são quase todos anónimos.

Há uns poucos a quem a boa qualidade do blog tolera o anonimato, o que não sucede com os restantes que não se convencem que escrever por escrever, escondendo a identidade ,empurra muitas vezes para o desleixo dos textos.

Todavia são muito poucos os blogues do contra a quem presto atenção porque os dedos de uma mão chegam para os contar e ainda me sobram dedos e tempo.

Daqui se conclui que podemos coincidir com adversários politicos na mesma apreciação negativa por razões e motivos diferentes.

Blogues do Barreiro do contra?

Estão contra quem e contra quê?

O que será isto?

Lê-se :

Para que não façam conotações erróneas passo a chamar a este canto a “ A ZONA DOS CONTRAS “.


Aqui estão eles:

A Paragem 18
Arregaçar as mangas
Aventuras em Portugal
Barreiro Cáustico
Barreiro Velho
Barreiroxxi
Capikua
Desbragado
Diogenes do Barreiro
Estadão
Hoje ha conquilhas
Passos do Koncelho
psB
Relances
A Sul
Rumo a Bombordo
Alto Forno
Alhos Vedros ao poder
Jumento
Câmara de Comuns

Os do contra!







Boa noite.

19 outubro 2008

BATOTEIROS !

I

Não vinha aqui há mais de uma semana por preguiça e para eles se esquecerem de mim.
Faço parte da fogueira dos queimados, por isso, hoje vou fazer um post politicamente correcto, um post à bonzinho, porque tenho uns papéis para entregar no Largo das Obras e depois lixam-me a janela que eu quero abrir no sótão.
(A minha vizinha avisou-me para ter cuidado com esta gente e faça como ela que
também pretendia abrir uma janela e requereu o seu contrário : fechar uma janela.
Depois do requerimento entrar nos serviços veio a resposta que não estava autorizada a fechar a janela.)
Eureca:
Peço para fechar, o que não existe, e eles contrariam-me e proíbem-me de fechar o que quero abrir.
Vinha eu nestes pensamentos – trapalhadas quando oiço a malta na muralha:
- Aldrabões!
- Ladrões!
- São todos iguais!
Então?
O que se passa?
Tenham calma e contem lá !
- A Câmara cobrou 15,94 € a um velhote, no Barreiro Velho, por um trabalho que não fez!

II

Um idoso na casa dos noventa com contracto e contador há mais de sessenta esqueceu-se de pagar a factura da água.

III

Recebeu uma primeira carta e não entendeu o seu teor:
Vencimento data
tal
Ordem de corte:
Data prevista de corte tal e tal.

IV

Uma semana depois recebe uma segunda carta … não pagando dentro do aludido prazo, seremos obrigados a proceder à interrupção do fornecimento de Água.
- COLABORE COM O MUNICIPIO DO BARREIRO –

V

Como não há duas sem três rezou a terceira:
- cláusula penal 2€
- TRF P/ corte e restabelec 15,94 €
- Caução 31,80 €
Informamos que nesta data procederemos ao corte de fornecimento de água às suas instalações por não ter sido efectuado, nos prazos estabelecidos, o pagamento da factura de água.
O fornecimento será restabelecido logo que regularize a sua situação, efectuando o pagamento da factura em dívida e das despesas devidas.
Em caso de incumprimento, ver-nos-emos obrigados nos termos e prazos legais a rescindir o contracto de fornecimento de água.

VI

Ao receber a terceira decidiu ir à Câmara (sabe-se lá porquê. não me faltam 10 anos para fazer um século).
- Caução caução …vou perdoar-lhe!
- Paga os 2€.
- E vai pagar mais os 15, 94 € do corte e restabelecimento.
- Qual corte?
- Qual restabelecimento?
- Tenho o contador em casa e ninguém foi lá cortar nada.
- Paga na mesma porque “está aqui no computador “.


Boa noite.

08 outubro 2008

FALAR COM SAUDADE DO DEFUNTO BARREIRO (VELHO).

Era assim , o Barreiro (Velho) recordado, no último sábado, por dona Olga Costa Mano na RTP “Saudades da Fábrica”:

rua Aguiar chapelaria gaspar,255 drogaria rezende,152sapataria jõao ferreira,141drogaria aguiar,195 alfeitaria a elegante de julio macedo, 185alfeitaria jose esteves ,35alfeitaria rebelo, 129alfeitaria horácio,187auto-mecanica barreirense de alfredo coelho,337cabeleireiro de senhoras de sécio gomes café moderno ,209café da chic,173fanqueiros e retrozeiros a elite,188casa xavier mercearia drogas e ferragens,122patricio gaio mercearia drogas e ferragens capelistafrancisco branco mercearia mario da costa mano mercearia,168
marcenaria progresso,210padaria tabuense ,215padaria do povo,45padaria bonfim,138
vinicola do barreiro,277nicola covacich vinhos,sal ,cereais e palhas luis rodrigues rádios frigoríficos aspiradores…mais muito mais rua Marquez de Pombal arcos e arames de josé rosinho, 141fabricante de cortiça ferreira filipe,127antónio gomes fabrica de rolhas,47artur pinheiro de carvalho a mobiladora do barreiro antónio luis dos santos marcenaria,49…mais muito mais rua almirante reis alfaitaria ferreira, 111viuva hernandez mercearia,12 o papagaio vinhos,123joao resende fotógrafo,109companhia de seguros ultramarine João grave pintor teatro cine barreirense cinema teatro… mais muito mais

Tabernas e barbeiros eram do que mais havia. Tudo isto desapareceu!

Do Barreiro (Velho), da boa vivência que a senhora descreveu, como se fosse hoje, não existe nada, nem o mínimo vestígio.
Tudo não passou de um equívoco de memórias, tempo e datas.

É verdade que no Barreiro (Velho) dos burros das mulas e das carroças, das mercearias, das tabernas e barbearias, dos alfaiates das drogarias e mercearias, das fábricas e fabriquetas, da cortiça do vinho e da palha, se encontrou entre o muito ódio e a mesquinha inveja muita solidariedade, e muita amizade.

Outros tempos!
Tudo isto morreu, como morreu o Barreiro Velho, “assassinado” por políticos profissionais vaidosos que lá nasceram e cresceram e o transformaram num local pouco recomendável a horas mortaspara não exagerar e dizer à luz do dia.

Devemos prestar homenagem a Dona Olga por trazer à memória colectiva o espólio de sua família doado ao gabinete de arquivo e gestão documental da Câmara Municipal do Barreiro.

Neste opúsculo descritivo (distribuído gratuitamente)



encontra-se esta narração triste que destruiu a sua família:

“A grande instabilidade da primeira República não foi gentil com a família Costa Mano.
Na noite de 17 de Maio de 1917, o Mercado Municipal e várias lojas do Barreiro e arredores foram pilhadas por populares enraivecidos.
Entre elas a loja do “José do café”.
A família ao pressentir a entrada por uma janela de saqueadores acordou no andar superior.
José Maria da Costa Mano pensou que a sua idade seria respeitada pelos assaltantes e os traria à razão mas, infelizmente foi atacado por uma machada que o prostrou no chão.


A sua mulher, Esperança, ao ver a cena enlouqueceu e viria a falecer 5 meses depois.
Os assaltos e a morte da mulher derrotaram o velho José Maria que entregou aos filhos todos os negócios tendo falecido em Agosto 1926.”



Boa noite.




06 outubro 2008

SAUDADES DA FÁBRICA OU … SAUDADES DO FUTURO?

Com autoria de Paulo Silva Costa e produção de Pedro Barrigana, "Saudades da Fábrica" com a duração de 52 minutos , assinala o centenário da Fábrica CUF no Barreiro, inaugurada no dia 19 de Setembro de 1908. Através do testemunho de antigos operários, quadros e sindicalistas, viajamos no tempo, assistindo ao nascimento e morte de um dos maiores ícones da indústria portuguesa: a CUF, Companhia União Fabril.

Foi este o modo que a RTP encontrou no último sábado para assinalar o centenário da CUF!

Não foi difícil enxergar que “ Saudades da Fábrica” tem a mãozinha subtil de quem quer liquidar definitivamente a estátua e a memória de Alfredo da Silva no Barreiro.

Por isso, quem viveu a família CUF, foi importante recordar os “favores sem direitos “ que o “paternalista” lhes concedeu como disse um esquerdista bloquista que nunca entrou numa fábrica, nunca comeu num refeitório, nunca respirou os gases, e muito menos conheceu o cheiro da ganga, o barulho das buzinas ou o matraquear dos cascos dos cavalos da guarda republicana nas suas andanças diárias para o Mexilhoeiro.

Por outro lado uma panóplia de “comentadores” ressabiados fugiu à verdade naquilo que poderia ser um bom comentário histórico.

Optou o autor do “filme” ouvir e não questionar os que não se assumem como destruidores do xadrez imperial da CUF:


“as administrações tinham amplos poderes “,
justificava (?!) uma sindicalista da intersindical e do comité central que bota palavra nos colóquios das “comemorações dos 100 anos”.

Depois, uns “comentadores” recordaram o emocional colectivo e desenterraram os bufos, os legionários, Botelho Moniz e a GNR, mas, o tabu continuou sem resposta :

Até onde teria ido a Vila, os esfomeados, os ratinhos e alentejanos do norte e do sul , os milhares de postos de trabalho, a revolução industrial portuguesa , a CUF o maior empregador e o maior complexo químico da península e um dos maiores da Europa, se o Barreiro em Julho de 1943 não tem sido ocupado militarmente pela GNR?

Este tabu clandestino correu à boca pequena por medo do “se questiona é porque esteve de acordo” imediatamente após a nacionalização/destruição da CUF e dos postos de trabalho, onde o novo controlo operário, entre muitas coisas revolucionárias, decidiu desobedecer às buzinas:

Antes entrava-se aos cinco para as oito, recorda (não por acaso) um operário.

Os atrasados ficavam ao portão e não entravam.

Com a nacionalização começaram a desrespeitar as chefias amedrontadas e a entrar a qualquer hora.


Boa noite.




01 outubro 2008

USO OU ABUSO?

Foram tiradas hoje de manhã!









Amanhã dia 1 de Outubro, mais um dia da água, para inglês ver .
Um bom local, para extensão do Centro Pedagógico H2O situado na ETA – Estação de Tratamento de Água, de Coina.






A Avenida da Praia visa ser um local de interpretação, singular na Península de Setúbal, onde os alunos percebam como se esbanja estupidamente a água de consumo humano, bem como sensibilização para as questões da água como bem único e Património dos políticos que não prestam contas a ninguém.


Tenho sede!


Boa noite.