SAUDADES DA FÁBRICA OU … SAUDADES DO FUTURO?
Com autoria de Paulo Silva Costa e produção de Pedro Barrigana, "Saudades da Fábrica" com a duração de 52 minutos , assinala o centenário da Fábrica CUF no Barreiro, inaugurada no dia 19 de Setembro de 1908. Através do testemunho de antigos operários, quadros e sindicalistas, viajamos no tempo, assistindo ao nascimento e morte de um dos maiores ícones da indústria portuguesa: a CUF, Companhia União Fabril.
Foi este o modo que a RTP encontrou no último sábado para assinalar o centenário da CUF!
Não foi difícil enxergar que “ Saudades da Fábrica” tem a mãozinha subtil de quem quer liquidar definitivamente a estátua e a memória de Alfredo da Silva no Barreiro.
Por isso, quem viveu a família CUF, foi importante recordar os “favores sem direitos “ que o “paternalista” lhes concedeu como disse um esquerdista bloquista que nunca entrou numa fábrica, nunca comeu num refeitório, nunca respirou os gases, e muito menos conheceu o cheiro da ganga, o barulho das buzinas ou o matraquear dos cascos dos cavalos da guarda republicana nas suas andanças diárias para o Mexilhoeiro.
Por outro lado uma panóplia de “comentadores” ressabiados fugiu à verdade naquilo que poderia ser um bom comentário histórico.
Optou o autor do “filme” ouvir e não questionar os que não se assumem como destruidores do xadrez imperial da CUF:
“as administrações tinham amplos poderes “,
justificava (?!) uma sindicalista da intersindical e do comité central que bota palavra nos colóquios das “comemorações dos 100 anos”.
Depois, uns “comentadores” recordaram o emocional colectivo e desenterraram os bufos, os legionários, Botelho Moniz e a GNR, mas, o tabu continuou sem resposta :
Até onde teria ido a Vila, os esfomeados, os ratinhos e alentejanos do norte e do sul , os milhares de postos de trabalho, a revolução industrial portuguesa , a CUF o maior empregador e o maior complexo químico da península e um dos maiores da Europa, se o Barreiro em Julho de 1943 não tem sido ocupado militarmente pela GNR?
Este tabu clandestino correu à boca pequena por medo do “se questiona é porque esteve de acordo” imediatamente após a nacionalização/destruição da CUF e dos postos de trabalho, onde o novo controlo operário, entre muitas coisas revolucionárias, decidiu desobedecer às buzinas:
Antes entrava-se aos cinco para as oito, recorda (não por acaso) um operário.
Os atrasados ficavam ao portão e não entravam.
Com a nacionalização começaram a desrespeitar as chefias amedrontadas e a entrar a qualquer hora.
Foi este o modo que a RTP encontrou no último sábado para assinalar o centenário da CUF!
Não foi difícil enxergar que “ Saudades da Fábrica” tem a mãozinha subtil de quem quer liquidar definitivamente a estátua e a memória de Alfredo da Silva no Barreiro.
Por isso, quem viveu a família CUF, foi importante recordar os “favores sem direitos “ que o “paternalista” lhes concedeu como disse um esquerdista bloquista que nunca entrou numa fábrica, nunca comeu num refeitório, nunca respirou os gases, e muito menos conheceu o cheiro da ganga, o barulho das buzinas ou o matraquear dos cascos dos cavalos da guarda republicana nas suas andanças diárias para o Mexilhoeiro.
Por outro lado uma panóplia de “comentadores” ressabiados fugiu à verdade naquilo que poderia ser um bom comentário histórico.
Optou o autor do “filme” ouvir e não questionar os que não se assumem como destruidores do xadrez imperial da CUF:
“as administrações tinham amplos poderes “,
justificava (?!) uma sindicalista da intersindical e do comité central que bota palavra nos colóquios das “comemorações dos 100 anos”.
Depois, uns “comentadores” recordaram o emocional colectivo e desenterraram os bufos, os legionários, Botelho Moniz e a GNR, mas, o tabu continuou sem resposta :
Até onde teria ido a Vila, os esfomeados, os ratinhos e alentejanos do norte e do sul , os milhares de postos de trabalho, a revolução industrial portuguesa , a CUF o maior empregador e o maior complexo químico da península e um dos maiores da Europa, se o Barreiro em Julho de 1943 não tem sido ocupado militarmente pela GNR?
Este tabu clandestino correu à boca pequena por medo do “se questiona é porque esteve de acordo” imediatamente após a nacionalização/destruição da CUF e dos postos de trabalho, onde o novo controlo operário, entre muitas coisas revolucionárias, decidiu desobedecer às buzinas:
Antes entrava-se aos cinco para as oito, recorda (não por acaso) um operário.
Os atrasados ficavam ao portão e não entravam.
Com a nacionalização começaram a desrespeitar as chefias amedrontadas e a entrar a qualquer hora.
Boa noite.
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