03 fevereiro 2007

A FÊMEA O MACHO E O LIVRO VERDE DE KADHAFI

(a semana foi cansativa em fanfarronices . )



(a que se segue até sexta à noite não vai ser melhor. )

(nesta África que acaba em Badajoz

ouvir pessoas cheias de certezas empavonadas

satura )

daqui vejo.

o livro vermelho. constituição portuguesa. bíblia. corão. constituição deste e daquele . tratado que estabelece uma constituição para a Europa. sossegadinho ao lado, disto tudo, e de mais coisas,

o livro verde de Kadafhi.


(olá!
anda cá meu malandro. é sempre com muito afecto que trato os meus livros.)


o autor do famoso livro verde é o coronel Moammar Kadafhi .
um ditadorzeco que governa a Líbia desde o golpe de estado que depôs o Rei Idris as-Sarusi, em 1969.


(um daqueles reis que nem para um baralho de cartas servia.)


o coronel escreveu o livro nos anos setenta, e decidiu;

escrevo bem. muito bem mesmo. sei o que quero. toma lá Líbia uma constituição. e do livro fez a constituição.
para além disso, Kadhafi inventou um curioso regime politico;

pega no socialismo ( tira-o da gaveta) e mistura com o islamismo que deu em jamahiriya árabe popular socialista da líbia.

(hoje não quero falar de politica . quero reler o livro verde:)


(…) a mulher é uma fêmea e o homem é um macho.


De acordo com os ginecologistas, a mulher é menstruada ou está doente todos os meses, enquanto que o homem sendo macho, não é menstruado e não está sujeito ao período mensal de hemorragia.


Uma mulher, sendo uma fêmea, está naturalmente sujeita a ter uma hemorragia mensalmente.
Quando o ciclo menstrual pára é porque a mulher está grávida.


Se ela está grávida fica, devido à gravidez, doente durante cerca de um ano, o que significa que todas as suas actividades naturais ficam seriamente reduzidas até ela parir o seu bebé.
Quando ela dá à luz ou tem um aborto, sofre o puerpério, a doença que se segue sempre a um parto ou a uma interrupção da gravidez.


Como o homem não engravida não está sujeito às doenças que a mulher sendo fêmea, sofre.
Depois a mulher, amamenta ao peito o bebé que concebeu.
O aleitamento dura cerca de dois anos.


A amamentação natural ao peito significa para a mulher ficar praticamente inseparável do seu bebé de modo que a sua actividade fica seriamente reduzida.
Ela torna-se directamente responsável por outra pessoa cujas funções biológicas ajuda a cumprir sem o que ele morreria.


O homem, em contrapartida, não concebe nem, amamenta.
Todas estas características inatas constituem diferenças naturais devido às quais o homem e a mulher não podem ser iguais.
Elas conferem a cada um deles um papel ou função diferentes na vida.


Isto quer dizer que o homem não pode substituir a mulher no desempenho dessas funções.
É de frisar que essas funções biológicas constituem um pesado fardo para a mulher que lhe exige muito esforço e sofrimento.
Contudo, e sem essas funções que a mulher desempenha, a vida humana terminaria.
Conclui-se daqui que se trata de uma função natural que não é voluntária nem compulsiva.
É uma função essencial cuja única alternativa seria a imobilização completa da vida humana.


Existe uma intervenção deliberada contra a concepção que é a alternativa à vida humana.
Além disso, existe uma intervenção parcialmente deliberada contra a concepção e contra o aleitamento natural.


Todas elas são elos de uma cadeia de acções contra a vida natural, culminando no assassínio, i.e., numa mulher ”matar-se” a si própria, para não conceber, não dar à luz nem amamentar, na essência das intervenções artificiais contra a natureza da vida, representada na concepção, aleitamento, maternidade e casamento embora possam diferir de grau (…)


in
Sobre o Islão – o livro verde de kadhafi
Fernando Amaro Monteiro
Edição
Prefácio – edição de livros e revistas, Lda.
2003