20 janeiro 2007

ESCREVER COM MUITO MEDO EM SETÚBAL

(na edição do SEM+ MAIS Jornal
- aquele de Setúbal que traz a reboque o VOZ do BARREIRO -
de sexta-feira dia 19 de Janeiro , na página 4,
REGIONAL no
Até Hoje a Oito Dias ,
encontramos um texto digno dos melhores textos da época Salazarista em que se escrevia com medo , e lia-se nas entrelinhas )

(já explico)

QUE RICA MÚTUA

Na década de noventa, a Mútua dos Pescadores exerceu um papel preponderante em defesa da desagregação que, já nessa altura, se verificava no sector de pescas.

(a mútua de que falam é de Setúbal )

As conquistas no âmbito social, no que diz respeito à normalização da profissão e dos apoios ao desemprego, foram relevantes neste período.

( falam de uma mútua controlada pelo partido)

A entrada na comunidade europeia, a quebra dos acordos bilaterais com Marrocos e a má gestão dos dinheiros públicos na apelidada política de abates, justificaram essa acção enfática dos pescadores-sindicalistas.

( quem escreve, isto , sabe do que fala e sabe mais do que diz )

Os problemas no sector foram esbatidos, a pesca perdeu fulgor e peso e não mais a Mútua conseguiu esse papel congregador de uma classe que, ainda hoje, tem importância económica, para não falar das tradições e raízes que a suportam.

Mas a Mútua e os seus “eternos”dirigentes ainda dão as caras.

( como podemos ver começam a aparecer os mesmos de sempre )

A máquina aproveitou fundos comunitários para se fortalecer, ganhou vícios e perdeu força na defesa da classe, ao assumir posturas de petulância empresarial e notória falta de sensibilidade para os problemas dos pescadores e dos armadores.

( o véu destapa)

O caso dos seguros é paradigmático.

A Mútua tem duas velocidades: mesmo em caso de dúvidas, desembolsa dinheiros para certos armadores (mesmo com historial de bancor ao fundo) e trata outros aos pontapés.

( não dá para entender bancor. coisa boa não é. ou trata-se de barco ao fundo. ou erro de impressão. ou regionalismo. em latim há um peixe desconhecido com o nome de bancus. mas coisa boa não é.)

O caso recente do armador de Sesimbra que viu o seu barco naufragar ao largo de Sagres e recebeu como resposta três linhas a dizer NÃO, é aviltante.

Os peritos profissionais contratados pela Mútua para não ouviram (sic) o comandante do salva-vidas que, em última instância, deu a ordem para que os pescadores abandonassem a embarcação e a Mútua recusa-se a dar explicação sobre a decisão que tomou.

Nem os haveres dos pescadores foram cobertos.

Por isso se percebe porque é que os dirigentes da Mútua, pescadores, andam mais absorvidos contra a co-incineração na Secil.
(uma tarefa do partido )

Já não pesca para defender, nem causa social a pugnar.

Uma lástima e uma afronta.

(o texto não vem assinado.)

(um texto anónimo)

(começa-se a escrever nos jornais das Cidades Participadas, anonimamente, como se de um comentário de blog se tratasse.)

(medo muito medo do partido.)

(este artigo desabafo, de quem sabe do que fala, é uma pequena ponta de um véu escondido na força da “verdade a que temos direito”.)

(lembram-se daquele jornal que quando fez as contas - e aquela coisa começava a dar prejuízos - puseram na rua, mais de uma centena de trabalhadores?
era esse mesmo que falava na “verdade a que temos direito” .)

(as histórias, do partido, quase sempre, passam pelo Barreiro.)

(o centro.)

(gritarias. reuniões tumultuosas. piscinas. vivendas. oportunista. isto se sabe é uma vergonha. zaragatas muitas zaragatas. lá fora falas comigo.)

(tudo acaba na mesma.)

(medo muito medo.)

Cobardolas!
(querem ver que também estou a escrever com medo !!!!)