04 fevereiro 2007

COMO SE EU NÃO EXISTISSE



… “ De desígnios em penas e de erros em desejos
Passeiam os mortais insensatos a sua loucura.

Nos males do presente, na esperança das alegrias futuras
Não vivemos nunca, esperamos a vida.

Amanhã, amanhã, dizemos, realizar-se-ão todos os nossos votos
Amanhã vem e deixa-nos mais infelizes.

Qual é o erro do ardor que nos devora?

Nenhum de entre nós quereria recomeçar:

Desde os primeiros momentos que maldizemos a aurora,

E da noite que chega esperamos ainda

O que nos foi prometido pelo mais explendoroso dos nossos

dias … “

ibidem
John Dryden
1631/1700
in
cartas de Londres.
ou cartas filosóficas
de
Voltaire.
1694/1778
editorial fragmentos, lda
1992