09 fevereiro 2007

CHARLES DARWIN E O INSTINTO PERVERTIDO


“Na origem do homem e a selecção sexual “

Darwin diz que o infanticídio e o aborto eram práticas comuns de controlo de natalidade.

Acrescentava que estas práticas prevaleciam no mundo, tendo o infanticídio suplantado o aborto.

Continua Darwin, que esta prática teve inicio nos povos selvagens que se viam a braços com a dificuldade, ou antes a impossibilidade de manter todos os filhos que nasciam, a isto acrescentava a depravação, também uma falta de meios de subsistência, embora Darwin tenha motivos para crer, que no Japão estas práticas foram encorajadas como meio para conter a população.

Por sua vez Malthus observava que o poder reprodutivo era menor nas raças sem cultura (as consideradas selvagens) do que nas civilizadas por causas inerentes a quem sofria de privações e escassez de alimentos nutritivos.

Darwin, afirmava, que são considerações de épocas bastante longínquas, antes que o homem alcançasse a dignidade de ser humano, guiado mais pelo instinto e menos pela razão.

Concluía Darwin , que os nossos primeiros antepassados semi-humanos não teriam praticado o infanticídio ou a poliandria, pois que o instinto dos seres inferiores não é nunca tão pervertido.


hoje pensei em Charles Darwin o fundador da biologia

(... da biologia materialista e da doutrina materialista como Lenine dizia nas Obras Escolhidas)

que viveu entre 1809/1882

e em Malthus 1766/1834,

( considerado por Marx - Marx, Obras - um reaccionário com teorias anti científicas porque em 1798 escreveu ;

o crescimento da população segue uma proporção geométrica 1,2,4,8,16,etc enquanto que os meios de subsistência aumentavam segundo uma proporção aritmética 1,2,3,4,5,etc.)

Há séculos atrás, ambos nunca colocariam a questão, da evolução da formação fetal e as arquitecturas do cérebro e o momento em que o feto pensa e quando a consciência surge pela primeira vez.

No século XXI não podemos tratar a vida fetal com a ligeireza como Darwin e Malthus a abordavam;

por isso continuo com muitas dúvidas;


a discussão e o referendo passa por matar ou não matar ?

a matar

(forma verbal adequada ao momento)

a curiosidade de quem me lê

( os portugueses são pavlovianos com reflexos condicionados e raciocinam na base de rotulagem )

digo :

não professo religião alguma.
não sou baptizado.
não sou casado pela igreja.
não tenho os filhos baptizados.
não obedeço a partidos.
não obedeço nem a este nem aquele, nem a esta nem aquela.
não faço parte de grupo algum.
não sou defensor de fracos nem ataco os fortes.
não faço parte de nenhuma ONG.

quem exige a liberalização do aborto até às dez ( um eufemismo ) semanas, está ou não a matar ?

Podem abortar,
não vou impedir nem fazer juízo de valores,
mas, esclareceram-me,

matam ou não matam?

É essa a questão!