( 927 ) LAMA, SOB A FORMA DE CARANGUEJO. ( I / III )
As fotos, da bandalheira do afluente de merda com gente a apanhar
bivalves na lama do rio, trouxe á minha memória o intelectual demagogo Josué
de Castro e Sete Palmos de Terra e um Caixão e recordações da literatura panfletária de qualidade dos anos 60 .
Do que sei da “fome” ,como arma de arremesso, Josué de
Castro foi pioneiro dessa dialéctica de se se servir da “tensão social” para
desacreditar o sistema capitalista.
Hoje os amadores das palavras , intelectualmente
mais débeis, servem-se da “crise” e dos contentores do lixo para dizer a mesma
coisa.
II
Escrito entre 62 e 64, editado em 1965 em Portugal pela
“Seara Nova”, Josué de Castro (1908/1973), era em 1964, embaixador do Brasil na
Suíça e destituído aquando o golpe militar de 1964 pela ditadura militar (1964/1985).Exilou-se
em Paris.
Josué de Castro “inventou”
a “sociologia científica” ou o “conhecimento científico”, tendo em conta que,
desde sempre, os marxistas o que sabem e dizem é sempre “científico”:
“ (…) a sociologia comprometida com o progresso social, não
deixa de ser científica, por este engajamento”
daí que toda a desgraça do nordeste
do Brasil tivesse a sua origem num erro
de geografia na descoberta casual do “ sô Cabral “ ou no
“gringo” que errou na história:
“O Nordeste do Brasil
foi descoberto pelos portugueses no ano de 1500 e pelos norte-americanos no de
1960”;
”Na primeira descoberta há muita literatura na segunda a literatura é pobre”.
Daí a edição deste livro, para o mercado americano, "que pretende representar um documento desta segunda descoberta".
III
Quem não tem saudades de um Delegado de Saúde que não
facilite mangueiras da merda para o rio existindo apropriados camiões-cisternas e ETAR!
Bom dia.
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