11 maio 2014

( 927 ) LAMA, SOB A FORMA DE CARANGUEJO. ( I / III )



















As fotos, da bandalheira do afluente de merda com gente a apanhar bivalves na lama do rio, trouxe á minha memória o intelectual demagogo Josué de Castro e Sete Palmos de Terra e um Caixão e recordações da literatura panfletária de qualidade dos anos 60 .

Do que sei da “fome” ,como arma de arremesso, Josué de Castro foi  pioneiro dessa dialéctica de se se servir da “tensão social” para desacreditar o sistema capitalista.

Hoje os amadores das palavras , intelectualmente mais débeis, servem-se da “crise” e dos contentores do lixo para dizer a mesma coisa.






















II

Escrito entre 62 e 64, editado em 1965 em Portugal pela “Seara Nova”, Josué de Castro (1908/1973), era em 1964, embaixador do Brasil na Suíça e destituído aquando o golpe militar de 1964 pela ditadura militar (1964/1985).Exilou-se em Paris.

 Josué de Castro “inventou” a “sociologia científica” ou o “conhecimento científico”, tendo em conta que, desde sempre,  os marxistas o que sabem e dizem é sempre “científico”:

“ (…) a sociologia comprometida com o progresso social, não deixa de ser científica, por este engajamento”

daí que toda a desgraça do nordeste do Brasil tivesse a sua  origem num erro de geografia na descoberta casual   do “ sô Cabral “   ou no “gringo” que errou na história:


 “O Nordeste do Brasil foi descoberto pelos portugueses no ano de 1500 e pelos norte-americanos no de 1960”;

”Na primeira descoberta há muita literatura na segunda a literatura é pobre”.

 Daí a edição deste livro, para o mercado americano, "que pretende representar um documento desta segunda descoberta".





































III

Quem não tem saudades de um Delegado de Saúde que não facilite mangueiras da merda para o rio existindo apropriados camiões-cisternas e ETAR!

Bom dia.