(919) A CIDADE DO LAMAÇAL (parte IV).
Os outros que as negam, ladrem para aí quanto quiserem até
enrouquecerem.
Livro décimo/Santo Agostinho/Confissões
VI
Recordo sem lamechas nem barreirismo o tempo em que existia o
clube da bola Barreirense. Construiu à unha uma sede exemplar, tinha o Campo
Dom Manuel de Mello, com milhares de barreirenses (gente boa e gente má amigos
e inimigos pais e filhos avôs e netos) roucos aos domingos a gritar baaarrrraaarennnse.
Melhor que ninguém Artur Agostinho, em Memórias “Ficheiros
Indiscretos [ISBN 978-989-555-731-8 Abril 2011], relata o tempo que se vivia naquela
época em Odisseia Barreiro I pagina 383 e a sua prisão pela guarda por o carro de exteriores da
Emissora Nacional estar mal estacionado a descarregar o material . Odisseia
Barreiro II (página 391) fala da segunda prisão julgado à meia-noite no
tribunal do Montijo.
E imporem à exaustão em democracia a vulgata antifascista que não permite
a Cidade mudar de ares nem sair da
história deles.
Depois, não resta mais nada!
Paradoxalmente a democracia, ou esta democracia, sobrevive
corroendo o eu e envenenando a alma. A ditadura nunca o conseguiu.
Na ditadura Salazarista o eu não foi destruído adormeceu em saudades do futuro.
Havia homens com tomates!
Hoje, não temos tomates e o futuro é uma batata. Vivemos em
democracia, valha-nos isso!
Artur Agostinho acusado de ser do MUD preso por uma tarde não
fez o relato do dia. Ironias do destino: “comunista” no “fascismo” a “fascista” no “comunismo”.
Ainda acontece e acontecerá a muito boa gente ser/estar entalado na vida sem saber o que se passa.
A.A. foi preso ,perseguido e saneado da EN em 75 , e um exilado no Brasil.
Boa noite.
<< Home