31 maio 2013

(846) HAYEK .

                                  
A distinção no direito de sufrágio universal, de limitar a idade a partir da qual se pode votar, permitia a Friedrich von Hayek (1899/1992) de contrapor que

“os ideais da democracia também estariam melhor servidos se os funcionários públicos fossem excluídos do voto “.

Interrogamo-nos  se no futuro a democracia totalitária a idade já não será a partir dos, mas, também até aos para excluir .

Não vota a partir dos 65, 70 ou 80 porque está ché - ché. Quem garantirá o contrário?

Neste pressuposto - de sufrágio universal -  dizia Hayek:

Uma democracia pode facilmente criar inúmeras leis injustas e ineficientes, conceder privilégios e discriminar grupos.

II

O pensamento de Hayek explica-nos a famigerada Contribuição Extraordinária de Solidariedade sobre os reformados da segurança social  , [a CGA não cabe neste raciocínio] inimaginável em democracia, mas, já imaginável em regimes declaradamente totalitários e a “nossa” imposta não representa nenhuma solidariedade. É vigarice!

Este “altruísmo” do estado com o esforço alheio é um abuso e descarada hipocrisia da ditadura do “politicamente correcto” e do “culto à democracia” jogando com palavras simpáticas; Hayek deixa claro que o princípio da justiça distributiva é o oposto a uma sociedade livre:

a igualdade de benefícios é totalmente incompatível com a liberdade.

Hayek considerava que a liberdade fica muitas vezes ameaçada  pelo facto do povo delegar o poder e confiar naquilo que ele mesmo conhece de forma relativizada  sem optar por uma postura de dúvida e questionar.

Aprendendo com a vida, sabe-se , que a liberdade individual preserva esta condição de duvidar e questionar.

III

É um erro aceitar que a opinião da maioria deve ditar os padrões da sociedade, e ,  o oposto do princípio que permitiu o avanço da civilização.

O avanço, como afirma Hayek, consiste em poucos convencerem muitos.

Daí que Hayek reconheça em Aristóteles a verdade sobre o “culto à democracia “ entendida como simplesmente “o governo da maioria “. Nessa maioria a democracia pode gerar - gera -  poderes totalitários.

IV

A vida não se compadece com o ponto de partida de cada um, pois, a herança genética já nos tornará a todos diferentes.

Depois, o ambiente familiar, a família no seu todo, a educação dos pais, os círculos de amizade, terão sempre uma grande influência na formação do individuo e cada um ,de livre- arbítrio ,será responsável por si e pelos múltiplos caminhos que escolher  .

E , os calimeros  [frustrados de mente de caranguejo] continuarão a sonhar com a igualdade, enredados na inveja “ a mais antissocial e maligna de todas as paixões “.
  



Boa tarde.