25 fevereiro 2010

( 648 ) VICENTE JORGE SILVA NÃO É UM JORNALISTA TIPO MÁRIO CRESPO

por isso mesmo este seu artigo merece um credito muito especial .

Um pequeno esclarecimento para o título:




Na minha opinião Mário Crespo não vai além de um jornalista com muito traquejo e indiscutível background que num ápice saltou para a ribalta do protagonismo nacional tendo como único mérito “denunciar “ – o que é muito pouco -

que o primeiro-ministro odeia jornalistas, é um manipulador prepotente e mais alguns dos seus acólitos dentro e fora do governo ( “anexando” o subserviente director do JN) são todos uma “cáfila”.


Que grande novidade!


Surpresa para quem?

Se não fossem "todos" assim teríamos chegado ao estado a que isto chegou?


II


E não é que no melhor Mário cai a nódoa


[por] várias vezes Mário Crespo “ter tentado” que Arons de Carvalho (ex-secretário de estado responsável pela comunicação social) interferisse na RTP para evitar a sua saída de correspondente em Washington e que lhe fosse movido um processo disciplinar “.



Expresso 20.02.10 pg. 7






III



Vicente Jorge Silva é um "velho amigo" que fundou o “O Comércio do Funchal “ o tal que lhe deu protagonismo suficiente para o retirar da ilha. De um jornal local proscrito, em 1967, fez dele um jornal nacional.

"O Comércio do Funchal" vinha da Ilha da Madeira, editado no Funchal, chegava aqui por correio só para assinantes. Creio que não se encontrava em quiosques.

Para ficar na história Pacheco Pereira classifica
“O Comércio do Funchal” como um jornal da extrema-esquerda, o que quer dizer, levado ao pensamento da época, que foi um jornal não controlado pelo pê cê pê.

Vicente Jorge Silva foi o primeiro director - fundador do Público e da “Revista” do Expresso. Foi ele que “ inventou e denunciou “ a geração rasca na A.R.


Vítima há uns anos de um choque anafilático “viajou no túnel da morte” e “voltou” para contar “essa viagem” num programa da RTP.

Nem o quiseram!

Ainda bem porque é de gente desta que nós precisamos por .


IV


Não foram fáceis os finais anos de sessenta aquando da publicação do " O Comércio do Funchal " um dos ícones da época a juntar aos perigosos Jornal do Fundão, Seara Nova, Vértice - revista de cultura e arte, O tempo e o Modo, Cadernos PE , Noticias da Amadora e parece-me que era tudo o que havia na época.

Li e assinei todas estas coisas !

Aqui na Antena 1
escute a entrevista com Vicente Jorge Silva ele explica tudo muito bem.

Recomendo esta audição para se entender e compreender melhor para depois se falar de “jornalismo”.


V



Recordo com muito agrado esses saudáveis “tempos de maluquice”, muito difíceis e de coragem q.b., inimagináveis para muitos dos patetas de hoje e de ontem , de todas as idades, agora transformados em revolucionários sem revolução, que falam de tudo e de mais alguma coisa sem entenderem de nada, convencidos que abrem novas portas em velhas já abertas.




Boa noite .