19 fevereiro 2010

( 643) NEM O CARNAVAL ESCAPA À GULA DO PODER POLÍTICO DO BARREIRO NOVO.


Uma maldosa partida de Carnaval à Barreiro Novo e do poder autárquico , passar um espectáculo de rua de uma tarde de inverno , para uma noite gélida.

II

“A população com o frio que está saiu à rua”
Só uma obsessão, com essas coisas de “mobilizar o povo”, se satisfaria com isso.

“Dá para estarmos satisfeitíssimos “

ficam muito satisfeitos quando ,ao contrariar a lógica das coisas ditas normais, se sentem ganhadores , por que

“A população aderiu mesmo

E se a população não tivesse aderido, estariam perante uma derrota de mobilização ?

está aqui muita, muita gente”
Sabe-se que com muita gente na rua o Barreiro Novo nunca tem derrotas, sempre apoiado nos “trabalhadores ”, mesmo na tomada de decisões que contrariam “a lógica das coisas ditas normais” por elas virem de onde vêm.

“Esse é também um elemento positivo”.

Pois!

III

(…) comportamo-nos como se tivéssemos o clima do Rio de Janeiro e usamos dinheiros públicos para custear uns corsos carnavalescos cujos adereços condenam à pneumonia qualquer um dos participantes.

Para acabar com estes desfiles de gente enregelada e devidamente patrocinada pelas autarquias para fazerem de conta que são foliões, talvez não fosse má ideia libertar o Carnaval do poder politico, esconjurar de vez essa estranha religião que tem como dogma a crença na Primavera eterna e sobretudo perceber que o carnaval não nasceu no Brasil e que durante séculos e séculos foi festejado por gente tão animada quanto agasalhada (..)

Helena Matos /Público 18fev10


Boa noite.