23 fevereiro 2006

SINDICALISMO SENIL

Vivemos permanentemente numa mentalidade Salazarista.

Pequenos. Pobres. Infelizes. Ninguém nos entende.

Patronato medíocre. Empresas medíocres. Trabalhadores medíocres. Instituições medíocres.
Salários medíocres.

Um Sindicalismo, pós Abril, medíocre. Senil.
Uma mentalidade colectiva medíocre.

Éramos os piores dos quinze. Passámos a ser os piores dos vinte e cinco.

Não acredito, nem estou convencido, na interrogação da identidade portuguesa.
Se aqui acaba a África, ou se começa a Europa.

Depois de Sócrates decidir desparasitar o jardim, manifestações, contestações, e todo o tipo de greves que lhe sucederam, deram-nos a dimensão da mediocridade do País.

Pouco se aproveita!

Do pouco que resta, ainda há muita lucidez:

Em Portugal, a tradição é ir para a greve.
Nós sempre achámos que não havia necessidade de parar a fábrica e prejudicar a economia nacional.
Ainda hoje esteve o PCP aqui à porta, a distribuir panfletos contra o acordo.


(António Chora, porta-voz da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, em 31janeiro06 ao Jornal de Negócios).

Teria o Sindicalismo português, parado no conceito do sapateiro Griffuelhes?