03 fevereiro 2006

O ESCARRADOR (III)

O escarro não desiste de me perseguir, a mim, que desde miúdo, por educação, escarro para lenços.

Eram de pano (uma porcaria). Os de papel vieram depois.

(Há aqui um esquecimento. Também treinei escarradelas em comprimento.)

Este treino era-nos muito útil, no Barreiro Velho, para os ataques de escarradelas, entre conflitos de malta.

Também havia o cuspinho na cara.

Cuspia-se na mão e passava-se pela cara do outro.

Quem era capaz!

Antes do almoço, ia ao vinho.

Via sempre o taberneiro, frente ao balcão, com a preocupação de fazer no chão, uma cama com serradura.

Era assim, deste modo, que o chão acolhia o competente escarro, dos que bebiam o seu copito de três.

Depois, em casa, era um sarilho : come rapaz !

- continua -