12 janeiro 2014

(906) O FÔLEGO DO ARQUIVO MITROKINE – O KGB NA EUROPA E NO OCIDENTE.


Fanatizar I

“No meio de todo este oceano de historietas, houve um tema que foi sendo contado e por igual interiorizado: o tema da documentação retirada do Forte de Caxias, e que pertencia à Direção-Geral de Segurança, (DGS), por comunistas e entregue à União Soviética.
O tema fez escola, alicerçou-se no repositório histórico coletivo e corrente, mas nunca nada se provou sobre o mesmo.”
Desfanatizar I

O intelectual faz-se de parvo e sabe que muito poucos em Portugal leram “O Arquivo Mitrokine – o KGB na Europa e no Ocidente” , mas , aqueles que o leram sabem que esta afirmação é falsa e sem nexo depois do derrube do Muro e da impulsão da URSS  .

Fanatizar II

“Muito mais tarde, na sequência da estadia de José Pacheco Pereira em Moscovo, colhendo dados para a sua obra sobre Álvaro Cunhal, o autor referiu, num programa da série, Flashback, que poderiam levantar-se problemas judiciários se se provasse que documentação do arquivo da OTAN, que se encontrava à guarda da DGS, pudesse estar no tal conjunto que se dizia ter sido levado de Caxias. Como nunca retirou tal conclusão de um modo seguro, é porque não encontrou nada que tal demonstrasse. Mas o académico referiu ainda, nesse mesmo programa, que Álvaro Cunhal era uma personalidade de grande respeitabilidade ao nível da direção do PCUS e do movimento comunista internacional (…) ”
Desfanatizar II

O intelectual toma os outros por ignorantes e esforça-se por esconder as 972 páginas de “O Arquivo Mitrokine”, porque (sabe e se não sabe está a armar ao pingarelho) que no prefácio (página 23) Pacheco Pereira relata uma história muito diferente:

“(…)Entre estas operações [do pcp], avulta o envio em 1975, para Moscovo, de uma parte significativa do arquivo da PIDE/DGS. Este envio físico de papéis, e a microfilmagem de outros, já era conhecida de outras fontes soviéticas e ocidentais” (…).

“Os arquivos matam, como Mitrokhine sabia e como Cunhal também certamente sabia”.

(JPP refere-se à carnificina que se seguiu após Moscovo distribuir partes do arquivo da PIDE pelas antigas colónias: documentos e “segredos” (bufos/traições/ crimes/…) respeitantes a Angola foram entregues ao MPLA para ajuste de contas; os relativos a Moçambique para a FRELIMO… foi assim!)



















Bom dia.