24 dezembro 2013

(901) A FUNÇÃO SOCIAL DA HISTÓRIA.


A história fez-me deixar de ter dúvidas e a filosofia também. Ponto final.

No post  (888)-  Herr Heidegger o nazi que a esquerda adoptou -  escrevi: Posso recordar, um dia destes, a carta de João Franco ministro do rei dom Carlos a Oliveira Salazar com resposta deste? A democracia totalitária não vai enxovalhar? Pois !

- Bom Natal gente boa !

De João Franco para Salazar:

“Lisboa, 5 de Março de 1929.

Ex.º Sr. Oliveira Salazar, Ministro das Finanças.

Quem firma estas linhas não é já nada, nem ninguém, sem possibilidades de jamais voltar a sê-lo.
É um velho de 74 anos, mais alquebrado ainda pela doença que pela idade, e que a tudo assiste, e vê, quieto e calado.
 Mas não se foi politico por tantos anos e governante do País por não poucos também, sem se contraírem hábitos que formam como que uma segunda natureza. 
Um desses e inveterado é o de seguir com atenção e interesse os sucessos da vida pública, podendo e devendo dizer respeito, no presente no futuro, a Filhos e Netos que lhe fazem doce o viver.
 Acabo de folhear o seu relatório financeiro e, chegado à conclusão, disse convicta e unissonamente: Sursum corda. V.Exia. tem-se mostrado um homem raro de sinceridade e valor, sendo o Ministro das Finanças de Portugal carecia. Não oculto o dizer-lho. A cada um a sua mercê. Assim o pede a justiça e o quer Deus.
 Nada ganhará V.Exª em lho escrever, e eu também nada perco, mas sinto que faz bem manifestar-lho. Com toda a consideração e simpatia me subscrevo, de V.Ex.ª muito atento e admirador, João Franco”.

Carta resposta de Salazar:

“Ex.º Sr. Conselheiro João Franco.

Tenho adiado escrever a V. Ex.ª, fugindo a qualquer banalidade indigna de V.Ex.ª e de mim, ao agradecer-lhe as palavras que teve a bondade de dirigir-me.
Comoveram-me tão profundamente que nada mais desejo sobre elas dizer senão isso mesmo.
 Há pouco mais de vinte anos houve um político que levantou em Portugal um brado de reacção contra o descalabro da administração pública, e que o País na sua parte mais desinteressada e sã seguiu com mais do que carinho, com fé.
 Alguém obscuro, muito na verdura dos anos, sentiu então o contágio dessa fé, e pergunta agora por que desígnio providencial recebe a carta de aplauso que então desejava escrever, se tivesse uma parcela da autoridade que V.Ex.ª tem.
 Faço votos sinceríssimos pelas melhoras de V.Ex.ª e desejo-lhe do coração umas Páscoas felizes. Com a mais alta consideração, de V.Ex.ª admirador e muito grato, Oliveira Salazar. Lisboa, 31-3-929”.

















Bom dia.