( 888 ) HERR HEIDEGGER O NAZI QUE A ESQUERDA ADOPTOU.
1934 - com a insígnia do partido nacional-socialista
Confesso a minha profunda ignorância na interpretação da
filosofia de Martin Heidegger (1889/1976), ideólogo e mentor nazi, quando a separam
do totalitarismo nacional-socialista e do führer.
O nazismo de Heidegger [a amante sua aluna de filosofia a
famosa Hannah Arendt (1906/1975 judia anti sionista] prometia “libertar o mundo
do jugo da técnica” e assumia -se como alternativa politica ao comunismo e ao liberalismo.
Nazi assumido ,foi membro do NSDP
em 1933, ajudou a expulsar professores judeus da Universidade de Friburgo , fez
discursos apológicos do nazismo; apesar disso, um grande pensador?Pois !
Se Jean-Paul Sartre,
seu aluno, viu no mestre “o nazismo um humanismo” o que mais tarde, estrategicamente,
viria a renegar com esta afirmação em 1960:
“O caso de Heidegger é demasiado complexo para que eu o
possa expor aqui “ in Critique da la raison dialectique”.
Sartre é o tal filósofo da esquerda caviar, esteve no PREC
com uma G3 nas mãos no RAL1 em Março de 1975, na mais “surpreendente e
comovente revolução dos últimos anos”, disse.
Há dias, por mero acaso, encontro “Heidegger e os Modernos “
de Luc Ferry e Alain Renault, editado pela Teorema em 1989. A obra desenvolve
primorosamente a passagem de Heidegger I (o nazi) para o Heidegger II (o filósofo
da esquerda e da democracia).
” Heidegger e o Nazismo “, de Luiz Nazario, é mais prático e
acessível ao entendimento desta complexa trama académica.
A partir daqui, recuando
uns anos, encontrei uma explicação para entender um guru da esquerda Louis
Vuitton, catedrático Boaventura Sousa Santos, que exortou em 2007, em Madison, o
pensamento e a moral deste nazi, se me é permitida esta analogia:
E, como acontecimento, ela tanto revela como oculta. (…) A verdade
é a sucessão de verdades com que vamos intervindo eficazmente no mundo. Os
limites dessa eficácia são os limites da verdade. Se a verdade das causas
implica a verdade das consequências, porque é que, por vezes, é tão dramática a
discrepância entre o que se quis como causa e o que se obteve como consequência? "
Filosofou o guru que não perde uma e vai a todas.
[imaginam alguém a falar e a escrever nos media ” A verdade é,
assim, um acontecimento como bem a definiu Salazar na sua obra Como se levanta
um Estado?]
Entenderam a técnica de enterrar as coisas sujas da história quando
não interessa à intelligentsia?
Resta-nos,
neste pais que não sabe sair da bancarrota, uma certeza e esta é importante e
decisiva: a sociedade totalitária não traz consigo a salvação.
O nazismo só
se manteve no poder doze anos e foi abolido pela força, na sequência da vitória
dos Aliados.
O comunismo durou muito mais tempo, setenta e quatro anos em vez
de doze e, se assim podemos dizer, morreu de morte natural, sem guerra nem revolução.
Posso
recordar, um dia destes, a carta de João Franco ministro do rei dom Carlos a
Oliveira Salazar com resposta deste?
A democracia
totalitária não vai enxovalhar?
Boa noite.
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