29 outubro 2013

( 888 ) HERR HEIDEGGER O NAZI QUE A ESQUERDA ADOPTOU.

1934 - com a insígnia do partido nacional-socialista 

Confesso a minha profunda ignorância na interpretação da filosofia de Martin Heidegger (1889/1976), ideólogo e mentor nazi, quando a separam do totalitarismo nacional-socialista e do führer.

O nazismo de Heidegger [a amante sua aluna de filosofia a famosa Hannah Arendt (1906/1975 judia anti sionista] prometia “libertar o mundo do jugo da técnica” e assumia -se como alternativa politica ao comunismo e ao liberalismo.

 Nazi assumido ,foi membro do NSDP em 1933, ajudou a expulsar professores judeus da Universidade de Friburgo , fez discursos apológicos do nazismo; apesar disso, um grande pensador?Pois  !

 Se Jean-Paul Sartre, seu aluno, viu no mestre “o nazismo um humanismo” o que mais tarde, estrategicamente, viria a renegar com esta afirmação em 1960:

“O caso de Heidegger é demasiado complexo para que eu o possa expor aqui “ in Critique da la raison dialectique”.

Sartre é o tal filósofo da esquerda caviar, esteve no PREC com uma G3 nas mãos no RAL1 em Março de 1975, na mais “surpreendente e comovente revolução dos últimos anos”, disse.

Há dias, por mero acaso, encontro “Heidegger e os Modernos “ de Luc Ferry e Alain Renault, editado pela Teorema em 1989. A obra desenvolve primorosamente a passagem de Heidegger I (o nazi) para o Heidegger II (o filósofo da esquerda e da democracia).

” Heidegger e o Nazismo “, de Luiz Nazario, é mais prático e acessível ao entendimento desta complexa trama académica.

A partir daqui, recuando uns anos, encontrei uma explicação para entender um  guru da esquerda Louis Vuitton, catedrático Boaventura Sousa Santos, que exortou em 2007, em Madison, o pensamento e a moral deste nazi, se me é permitida esta analogia:

E, como acontecimento, ela tanto revela como oculta. (…) A verdade é a sucessão de verdades com que vamos intervindo eficazmente no mundo. Os limites dessa eficácia são os limites da verdade. Se a verdade das causas implica a verdade das consequências, porque é que, por vezes, é tão dramática a discrepância entre o que se quis como causa e o que se obteve como consequência? "

 Filosofou o guru que não perde uma e vai a todas.

[imaginam alguém a falar e a escrever nos media ” A verdade é, assim, um acontecimento como bem a definiu Salazar na sua obra Como se levanta um Estado?]

Entenderam a técnica de enterrar as coisas sujas da história quando não interessa à intelligentsia?

Resta-nos, neste pais que não sabe sair da bancarrota, uma certeza e esta é importante e decisiva: a sociedade totalitária não traz consigo a salvação.

O nazismo só se manteve no poder doze anos e foi abolido pela força, na sequência da vitória dos Aliados.

O comunismo durou muito mais tempo, setenta e quatro anos em vez de doze e, se assim podemos dizer, morreu de morte natural, sem guerra nem revolução.

Posso recordar, um dia destes, a carta de João Franco ministro do rei dom Carlos a Oliveira Salazar com resposta deste?

A democracia totalitária não vai enxovalhar?

Boa noite.