(883) A CORTE DO REI KARL MARX O TEÓRICO.
O meu amigo berrinhos, não é a primeira vez que está aqui no barreirovelho, enviou-me esta imagem biográfica de Karl
Marx e faz hoje anos (não o Marx, o Berrinhos é que faz anos)
Parabéns e um
grande abraço , Berrinhos. Saúde.
Vou alterar hoje o calendário dos
postes “autárquicos” e falar de Karl Marx, que uma pequena parte do meu
barreiro o adoptou como um filho … um grande filho da púcara, digo!
(Com dois toques na imagem podem ler mas não
ficar perplexos com tanto coisa que desconheciam.)
Já sabíamos que Marx “a personalidade
mais poderosa da nossa época “ foi isto tudo e muito mais.
“O muito mais” encontrei na
AURORA (Revista Mensal de Sociologia, Sciência em Arte de 1929 e 30).
(AURORA o
tradicional símbolo do despertar da luz, todas as manhãs, representando as
potencialidades e as promessas).
Na AURORA discutiu-se meses a fio
o insucesso da implantação da Internacional (ou Aliança) na Espanha de 1868 (Barcelona)
[… um perigo se fosse secreta; inútil se fosse pública] e acusavam Marx e a sua
corte (A Internacional e o Jacobinismo, bandos europeus) entre os quais sobressaia
Paul Lafargue, socialista, ateu e activista estudantil em Paris.
Lafargue muito
rico, proprietário nascido em Cuba, mulato, teve dificuldades na sua eleição
para a Camarra (sic) francesa por ter a nacionalidade posta em causa e facilitou as coisas
atirando-se à filha de Karl Marx, Laura.
Casam-se em 1868; aos setenta anos de idade
têm um fim trágico, envenenam-se, quando a fortuna, repartida até essa data,
tinha sido desbaratada. Marx detestava este genro; melhor os genros (Marx foi um
proprietário e riquíssimo) e escreve, confessando em 1882, a Engels:
“Lafargue e
Longuet (outro genro), que os leve o diabo “… uma exemplar família!
(Homens ambíguos que o ambiente
de Marx e Engels sempre atraiu; homens de outra têmpera como José Mesa, jornalista,
não podem respirar a ar desse meio. Lê-se.)
Com plena indulgência para os
seus requintados ódios, Anselmo Lorenzo, encontrou em Londres, um Karl Marx
descer ao nível mais baixo. Boa, Alerini!
(a Sábado de 19 de Setembro 2013 página 91 conta
que “um grupo de 26 miúdos entre os 11 e os 15 anos foi preso e acusado de
conspirar contra Estaline.
Os miúdos acabaram condenados a um ano de exilio. Estaline
tinha entregue o caso ao general Vladimirsky, que Stepan nos seus diários
(médico de Estaline) define como “ um personagem assustador”. As crianças foram
impedidas de dormir e sujeitas a pressões psicológicas.
Estaline, paranóico
sofria de distúrbios mentais e “pode ter perdido o sentido do bom e mau, da
saudável e perigoso, do amigo e inimigo” relata o seu médico.)
A desavença na táctica marxista é
uma necessidade:
“ Alguns de nós tem-se interrogado se, aparte a questão de princípios
não haverá em tudo isso, ou ao lado disso, questões de pessoas, questões de rivalidade,
por exemplo, entre o nosso amigo Miguel Bakunine e Carlos Marx (…) ”.
Fico por aqui ,sem trazer a “internacional
“ de Lisboa dos anos 70 do século XIX que esteve interligada a este caso do fracasso
de Espanha; Antero, Fontana, Bonança, Fazenda e “ As reuniões que tinham lugar
a bordo de botes cacilheiros, vogando o Tejo. (…) foi destas conferencias que
brotou a ideia nítida das aspirações e de organização da classe operária…
restrita ao centro “.
Deixo a questão: A tirania do
dever socialista exige sempre a desavença?
Provavelmente exige: já que as
ideias de Marx
(“ideias que ele não inventou, desenvolveu, ou melhorou, mas que
combinou num sistema, são amplamente aceites hoje, mesmo por muitos que enfaticamente
se declaram anticomunistas e antimarxistas “)
assentam no “poder politico no
seu verdadeiro sentido, é o poder organizado de uma classe para a opressão das
outras”.
O socialismo vê a sociedade como
um drama, onde as pessoas se digladiam em vez de cooperarem.
A talho de foice (salvo seja) por
que razão o socialismo nunca singrou nos Estados unidos da América como Marx previa , na "excepcionalidade americana" sem explicação - diziam Lenine e Trotsky?
Porque o Partido Socialista
americano nunca conseguiu afirmar-se no panorama politico que continuou repartido
entre Democratas e Republicanos, dado que a cultura americana (liberta do
feudalismo que dominou a politica medieval europeia) fora criada por uma
revolução centrada no Individuo, igualitária e essencialmente desconfiada em
relação ao poder do Estado, o que influenciou um fortíssimo movimento sindical na
luta contra os capitalistas e não contra o capitalismo.
Boa noite.
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