(873) RATON UM ESPECTÁCULO DE TURBULÊNCIA E CONFLITO.
III
A constituição portuguesa em vigor não passa de um embuste a
deixar a maioria dos portugueses de fora e na ignorância.
É bom recorrer à história ,mas , fora da trapalhona e jacobina
História de Portugal aquela que é contada aos adultos
na forma infantil para encontrarmos respostas às nossas actuais inquietações “democráticas”.
Um dos exemplos passa-se com a maçonaria portuguesa que das três
repúblicas portuguesas conta só com duas, mas o Estado Novo foi uma república!
Daí
termos três e não duas!
A ideia que pretendem transmitir é o falso conceito da
república corresponder a democracia.
Falso, república não quer dizer regime democrático: Salazar nunca foi um democrata e deu
continuidade ao regime republicano (aquele que recebeu da I República) não
fazendo como Franco que ao vencer os republicanos na guerra civil restaurou a monarquia
espanhola.
Na história americana, aquando da ratificação da
Constituição Americana de 1787 (A Revolução Americana é produto do iluminismo)
James Madison (1751/1836) nos debates desconfiava (e parece que tinha razão) de
“eleição directa e livre ” avisando que as democracias são mais vulneráveis às políticas
de facção e insurreições uma vez que a maioria da população pode ser manipulada
por aqueles que sabem apelar às paixões da multidão para votar de maneira a
ameaçar os direitos dos outros.
“Sucede assim que tais democracias sempre foram espectáculo
de turbulência e conflito;
sempre se revelaram incompatíveis com a segurança
pessoal ou os direitos de propriedade;
e têm sido, no geral, tão curtas na sua
existência como violentas na sua morte.
Os teóricos políticos, que condescendem
com esta espécie de governo, supõem erradamente que reduzindo a humanidade a
uma igualdade perfeita nos seus direitos políticos ela se tornaria, ao mesmo
tempo, perfeitamente idêntica e equiparada nas suas posses, nas suas opiniões,
e nas suas paixões”.
Boa noite.
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