02 novembro 2008

ALDEIA BASBAQUE DEFRONTE DA CAPITAL.

buracos e mais buracos que se abrem para voltarem a ser fechados e voltarem a serem abertos ... ou ficam fechados ou ficam abertos ?
sarjetas que sobem e voltam a descer;
lancis que se fixam para voltarem a ser levantados e fixados mais ao lado; máquinas que se movimentam na Avenida em construção com desrespeito por elementares normas de segurança no trabalho a obrigarem ao embargo da obra ;
habitações em risco de ruir sem rosto responsável, mas, com o sábio sistema filho do salazarismo a sacudir a água do capote;
passeios calcetados arrancados voltam a calcetados;
gente em bicos dos pés com responsabilidades públicas envolvida em aberrantes discussões “se dois autocarros passam ou não passa em sentidos contrários na Avenida”… e não passavam;
duvidosos espaços de escapadelas para cargas e descargas;
anárquico parque de estacionamento no antigo campo do barreirense e tráfego na Manuel de Melo de sentidos sem sentido;
Indignos empreiteiros e subempreiteiros que não sabem assumir dignamente a sua função patronal e não pagam a quem trabalha
(… dona Gina … dona Gina queremos o nosso dinheiro . gritava ao telemóvel o homem rodeado de mais uns poucos durante pelo menos uma hora);

Mais o Centro da cidade caótico a denunciar a incapacidade organizativa de uma dispendiosa máquina autárquica sem cérebro.

O povo às centenas nos passeios divertiu-se à sua maneira: agora, acompanha os últimos preparativos:

Arvores novas e relva ao metro.
Uma escultura para a rotunda que nunca mais está acabada.
Colocação de candeeiros enterrados ou de pé.
Luzes às cores que acendem e apagam.
Máquinas em movimento.
Apitos de marcha-atrás vinte e quatro horas por dia.
Carros, camiões, centenas de capacetes, brancos, azuis.
Coletes reflectores com gente dentro, gente por só saberem trabalhar, mantêm vivo este país.
Policia e seguranças permanentes, com barraca montada, nos acessos ao Fórum pela Miguel Bombarda , permitiu que pudessem construir as rotundas e a Stara Zagora, por que se não fosse assim não seria viável vermos o que vemos por abuso dos moradores que se portaram muito mal com os seus popós.

Nestes últimos meses, foi isto que ocupou o tempo à população envelhecida numa terra basbaque e sem atractivos, que não foi feita para gente, mas, o povo e os políticos da minha terra estão hoje em harmonia e extasiados com a construção de mais uma Catedral do Consumismo a juntar às outras vizinhas de Almada e Montijo.

Exceptuando os mesmos de sempre ,com direitos adquiridos e sem deveres , que não podem ser contrariados por que tudo deve ser feito à medida e à dimensão do seu umbigo ( estacionamento com carro à porta ou o mais próximo do toldo na praia ) constata-se pela primeira vez uma estranha
irmandade – identidade barreirense com o Fórum Barreiro
a ser inaugurado na próxima terça-feira.



Boa noite.