YES PRIME MINISTER
Na última revista ÚNICA Sócrates concede uma entrevista no rescaldo do (RLD) referendo a liberalizar os desmanchos.
Quem estiver interessado na totalidade da entrevista adquira o Expresso.
Das cinquenta questões há umas poucas que são representativas de um tipo de esquerda PS que governa para (e com) a rua:
- Se uma mulher se apresentar hoje num hospital para fazer a IVG que lhe acontece?
(…) a lei que vamos aprovar deverá respeitar o resultado do referendo (…)
(Leia-se a constituição: artigo 115º – (referendo) 11.
O referendo só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento.)
- Portanto a mulher vai poder dirigir-se a uma estabelecimento legalmente autorizado, terá uma consulta sem lista de espera e fará a IVG? Isto implica celeridade.
(…) Isso é verdade.
Nem sempre arranjamos consulta para amanhã, mas o sistema encontrará as respostas adequadas.
- Não vê a contradição entre a rapidez a que obriga a prática da IVG e a lista de espera a que são sujeitos doentes cancerosos?
Mas, desculpe, são os médicos que tratam dessas coisas?
- Não, mas como sabe há demoras …
Isso não pode ser uma razão para não fazermos aquilo que temos que fazer e para não respeitarmos a vontade dos portugueses.
(vontade dos portugueses !!!
quais portugueses ?
Só o Palmela , em Plymouth , dividiu os emigrados portugueses da guerra civil em seis classes!
será que há mais ! )
- É possível concretizar esse período de reflexão?
Não me vou comprometer com um número de dias. (…)
Mas atenção: é preciso respeitar o referendo
- Que quer dizer com isso?
Espero que ninguém queira ganhar na burocracia o que perdeu no refrendo.
Isso seria inaceitável.
Vejam:
o nosso prime minister chama à constituição “ ganhar na burocracia”.
A esquerda é mesmo isto:
utilizar técnicas da assembleia de condomínio;
cada condómino inventa as suas próprias leis para abusar e usurpar direitos aos restantes condóminos.
- Que acontece a uma mulher que faça IVG em estabelecimento não autorizado ?
Isso será um aborto clandestino.
Os portugueses responderam de uma forma muito clara a esta questão (…) os portugueses responderam claramente a esta pergunta.
(…) Todos estamos do lado da vida e todos aqueles que votaram pelo “sim” fizeram-no honestamente convencidos de que este é o melhor caminho para salvar vidas.
( lembra-me as tragédias marítimas aquando dos descobrimentos.
Em naufrágios, nas baleeiras, os mais fortes jogavam os mais fracos ao mar … para salvar vidas)
(…) Se alguma coisa para a qual contribuí, foi para que houvesse referendo e para que ao PS nunca lhe passasse pela cabeça ignorar a vontade expressa pelos portugueses em 1998.
( ele quer dizer com "ignorar":
as pressões da extrema esquerda e esquerda radical , representadas pelo Bloco e PC, mais o PS radical , e a maioria absoluta, legislassem a (RLD ) liberalização dos desmanchos na Assembleia da República.
A vontade do povo só é boa quando coincide com a vontade da esquerda!)
- Que acontece a uma mulher que interrompa a gravidez às dez semanas e um dia ?
Dez semanas e um dia é ilegal.
(…) Admito que o limite possa ser arbitrário, mas tem que haver um.
O que sabemos a nível cientifico ajudou a fixa-lo.
( é mentira como sabemos !)
(…) Estou convencido, pese embora não ser acompanhado neste juízo por todos aqueles que votaram”não”, que esta é uma questão de modernidade.
( estão a ver :
o desmancho passa a fazer parte de um novo conceito de modernidade da mulher portuguesa.
Com a mesma veemência com que defenderam esta modernidade,
vão lutar pela gratuidade da vacina do cancro do colo do útero,
que custa uma boa centena de euros e
mata milhares de mulheres por ano?)
- Casos fracturantes para a sociedade portuguesa, como a eutanásia casamento de homossexuais e adopção por homossexuais, podem ser objecto de referendo?
Já cá faltava essa pergunta.
Quero deixar isto claro: não temos uma agenda de casos fracturantes.
Nem estamos obcecados por casos fracturantes.
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