15 junho 2011

(761) A SELVA DO MERCADO É MELHOR DO QUE O ZOO DO TOTALITARISMO.

A autobiografia de Federico Sanchez

(um relato ímpar, justo e honesto, da vida “vivida” de Jorge Semprún na clandestinidade em Madrid, da cilada emocional da “ilusion comunista “, dos dirigentes psicopáticos)

já tinha prevenido os incautos, em meados dos anos setenta, que uma das características do estalinismo ideológico “ doença senil do comunismo”

[desprestigiado no mundo civilizado consegue 13% dos votos dos portugueses]

assentava “precisamente, na interiorização auto-repressiva de todos os lugares-comuns colectivos do culto egolátra do superego”;

“ fora da Igreja não há salvação, nem fora do partido. Pior: fora do partido não há salvação nem existência. Fora do partido deixa-se de existir.

Convertemo-nos num não ser. Fica-se transparente, ectoplásmico, nebuloso” pág. 216.

A materialização do espírito.

A vaidade do ego e do superego no seu pior. Sem saída.

A história não se repete, mas, novos tempos muito nebulosos se adivinham.


Trinta e sete anos depois da queda do totalitarismo salazarista e da ilusão do novo totalitarismo dos três dês [Democratizar/ Descolonizar/ Desenvolver] e da cartilha da constituição, há ainda muitos embustes que estão por contar para encontrarmos as explicações, escondidas, da “crise”.












Boa noite.