09 abril 2011

( 753 ) A SUPERIORIDADE MORAL DA BOLA DE TRAPOS.


Detesto o mundo do futebol, no entanto, guardo na memória de miúdo a ansiedade com que esperava os domingos à tarde para ver o meu team alvi-rubro, jogar foot-boal, fazer driblingues, penaltys, corneres, off-sides, lines e backes, sei lá que mais, no defunto campo do Rossio com cavaletes e cordas estendidas em dias de treinos.


Depois o Rossio passou a dom Manuel de Melo e nem dei pela troca dos nomes.


Destas andanças da bola recordo a prisão de Artur Agostinho, dentro do campo do barreirense, pelo olho de vidro, sargento reis, e o cabra alta, levado para o 50 numa ocasião em que veio cá fazer um relato.


II


É no actual reinado do Barreiro Novo que o dom Manuel de Melo é destruído pela máquina da engenharia financeira da bola num abrir e fechar d’olhos por gente muito querida, muito boa, que ama o Barreiro e os barreirenses mais do que qualquer um de nós o pode amar;


ficou o clube sem campo, sem cheta, sem prestígio desportivo, a chuchar no dedo e entregue à amnésia do folclore pimba dos “festejos” do centenário em Abril de 2011.


III


“ O futebol serve, cada vez mais, como um trampolim da vaidade de alguns empresários e dirigentes que utilizam os clubes para se alcandorarem a posições de poder na nossa vida pública e, claro, para se encherem de dinheiro.


Com isso, deixam os clubes na ruína, põem em causa os esforços das pessoas sérias e trabalhadoras, que também existem, como é óbvio, no futebol “.


IV


A máquina do futebol é reaccionária e sectária, “fascista”, em plano inclinado, que ajudou Portugal a bater na parede com os seus múltiplos artistas espalhados em tudo onde há dinheiro e poder:


na construção civil; na política autárquica; no poder autárquico; na política partidária; nas tentativas infrutíferas da vigarice da regionalização; na guerra norte-sul; na perversão das claques ao serviço da malfeitoria dos clubes e presidentes; na bajulação dos eleitos da assembleia da república; na presença nefasta dos “empresários”; mais e mais … de um estado dentro do estado.


Oliveira Salazar nunca conseguiu tanto e em mais anos com os três efes, fado, Fátima e futebol, na estupidificação alarva e manipulação da população, como conseguiu em 37 anos a máquina da bola, reaccionária e fascista, na República de Abril.


V


Clique AQUI e assista à palhaçada que descreve a lógica da máquina que esconde os futebóis


” penso eu de que “.












Boa tarde.