25 setembro 2009

COM A VERDADE ME ENGANAS OU COMO AS VERDADES NOS ENGANAM.


I

Um palhaço de serviço do partido socialista

(vai ficar na história a fazer companhia à cadeira do Forte de São Julião da Barra)
na histeria de um comício eleitoral para confundir a assistência lia exaltado um papel com ares de entendido :

“Os problemas nacionais e a ordem da sua solução».

«Represento uma política de verdade e de sinceridade, contraposta a uma política de mentira e de segredo.

Advoguei sempre que se fizesse a política da verdade, dizendo-se claramente ao povo a situação do país, para o habituar à ideia dos sacrifícios que haviam um dia de ser feitos, e tanto mais pesados quanto mais tardios»

Rematava depois :

«Eu sei o que é que vocês estão a pensar, que este é um discurso da dra. Manuela Ferreira Leite» .

«Este é um discurso que foi feito a 9 de Junho de 1928», já não sei de quem .

A comparar a líder do PSD a Salazar , por causa disto


enquanto a esquerda radical qualifica Sócrates de fascista .

Não parecem todos iguais ?

II


O orador , convencido que lia o discurso de Salazar

“ os problemas nacionais e a ordem da sua solução “ de 9 de Junho de 1928 ,

lia um outro o discurso de 21 de Outubro de 1929 subordinado ao tema :


“POLITICA DE VERDADE, politica de sacrifício e politica nacional “.

O primeiro foi lido por Salazar no quartel-general de Lisboa em 1928 e o segundo em 1929 na sala do conselho de estado.

Na calúnia , é um pormenor sem importância, mesmo que a VERDADE SALAZARISTA ou a POLITICA DE VERDADE, apareça em ambos os discursos.

III


Por que razão teria sido Salazar o português mais votado, num concurso televisivo, com 41 %

(à frente de Cunhal com 19,1 % , de Aristides de Sousa Mendes 13, 0 % , )

entre 10 “concorrentes “ quando a maior parte da população vem depois de 1974 ?

Uma explicação:

Os patetas militantes do “deita – a - baixo”, desrespeitam, desvirtuam e abandalham, sistematicamente o pesadelo e o passado de muitos portugueses que sofreram (no corpo, na alma e… na carteira) com uma ditadura que a guerra colonial fez cair de podre.

Acabam por criar uma curiosidade por Salazar, provocando comparações descontextualizadas da actual anarquia da III República e a "disciplina" de mão férrea do Estado Novo.

Dois exemplos recentes:

1/Comparar a líder do PSD, que cometeu o crime de utilizar “politica de verdade “ na actual campanha eleitoral a Salazar, provoca um efeito contrário.

Não considerando o caso actual, fazer a mesma comparação a quem quer que seja, não passa de uma provocação estúpida.

2/Ou comparar a ASAE- Autoridade de segurança alimentar e económica à PIDE.

Há mais, milhentos exemplos, como muita gente utiliza abusivamente e indiscriminadamente as palavras “fascista “ , ou "anti-fascista" em democracia , a fazer-se , e a dar ares , de revolucionário conhecedor.

As causas:

Os patetas, totós ignorantes conheceram mal, ou não conheceram, ou ouviram falar de Salazar, da censura e da mão pesada e repressiva da ditadura e da PIDE. Têm uma vaga ideia.

Esta gente, que conta a versão da ditadura que mais lhes convém, não são mais do que uns empecilhos à modernização do País, que evoluiu, mas não se modernizou.


IV

Depois das eleições falaremos disto


um Portugal de Caverna , a POLITICA DE VERDADE, a VERDADE, e as VERDADES estão cá dentro.

Uma investigação de Costa Pimenta, Magistrado e Investigador da Universidade de Lisboa, Bertrand, Março de 2009.

Enfim, os portugueses na sua maioria esmagadora fazem gala e tem orgulho em cultivar a ignorância como um atributo sui generis português.

Outros, uma minoria contra todos, dizem não.




Boa noite.