21 julho 2009

DO PETARDO DE PALMA INÁCIO À FUNDA DE LEONEL COELHO VÃO MAIS DE TRÊS DÉCADAS.

I

O regime Salazarista, protegido pelos militares e legitimado pela constituição de 1933, encontrou na oposição do partido comunista português, um partido mais obcecado em liderar e controlar a oposição, do que propriamente combate-lo.

Havia uma razão, com objectivos muito claros:

Derrubar Salazar e troca-lo por uma outra ditadura, mais sanguinária, como provam os factos históricos, a Ditadura do Proletariado:

“O objectivo supremo é a vitória da revolução proletária e a construção do socialismo e do comunismo em Portugal” (VI congresso em 1965 publicação reeditada em 1974).

Nesta labuta internacionalista e não patriótica, o PCP a partir de meados de sessenta/setenta, para além da perseguição a que estava sujeito do regime e da PIDE, sofria também de uma feroz concorrência revolucionária que os denominavam de revisionistas e de sociais – fascistas.

Falavam todos no mesmo, a querer coisas diferentes, cada um com a sua ditadurazinha alternativa, não menos sanguinárias, entre elas estava em maioria a ditadura do grande educador Mao Tsetung, o do livro vermelho e da revolução cultural, que nos vestiriam de ganga azul com os disciplinados botões a apertar do umbigo ao pescoço.


II

Para além da Ditadura do Proletariado e da Maoista, qual destes, antes de 1974, oferecia o melhor ditador e a melhor ditadura, em alternativa à ditadura do Estado Novo?

DRIL Directório Revolucionário Ibérico de Libertação, do assalto Luso-Espanhol ao paquete Santa Maria com Henrique Galvão, em 1961/FPLN Frente Patriótica de Libertação Nacional de 1962, apelidada pelo pê cê de bando de Argel, Piteira, Alegra & Cª, Voz da Liberdade /CMLP Comité Marxista-Leninista Português, fundado em 1964 (de ex militantes do PCP) / FPLN Frente Portuguesa de Libertação Nacional de 1965, de Humberto Delgado/LUAR Liga de unidade e Acção revolucionária, fundada em 1967/ MRPP/PCTP Movimento Reorganizativo do partido do Proletariado/Partido Comunista dos trabalhadores Portugueses, fundado em 1968/ PCP (ML) Partido comunista de Portugal (marxista-leninista), fundado em 1970/ FEML Federação de estudantes Marxistas-Leninistas, fundada em 1971/ O GRITO DO POVO Jornal comunista editado no Porto em 1971 concorrente do Avante/ RPAC Resistência Popular Anti-colonial, fundada em 1971/ OCMLP – Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa, fundado em 1972/ CARP (ML) Comité de Apoio à Reconstrução do partido (marxista-leninista), fundado em Itália em 1973/ LCI Liga Comunista Internacionalista, fundada em 1973/ MPAC Movimento Popular Anti-colonial, fundado em 1973/PRP-BR Partido Revolucionário do proletariado Brigadas Revolucionária, fundado em 1973.

No mesmo ano de 1974 apareceram mais, muitos mais, mas, por hoje já chega! Uf!

III

Palma Inácio sempre preferiu as bombas e os petardos à funda de David contra Golias, para acabar com os fascistas.


Em Alhos Vedros, que não tem fascismo mas deve estar cheio de fascistas, temos Leonel Coelho

- a entrar na casa dos oitenta, um conhecidíssimo veterano do MRPP/PCTP -

a apelar em Maio de 2009 à lapidação com funda, contra os políticos que prometem e não cumprem… sem matar, só para humilhar.


É uma delícia a reportagem da Antena UM (link no título) aquando da inauguração deste mural


em Alhos Vedros.

Leonel Coelho

não deve ter esquecido os habilidosos do MRPP/PCTP que o deixaram a falar sozinho em Alhos Vedros
como Durão Barroso, Agostinho Branquinho, José Briosa e Gala, José Freire Antunes (PSD)


ou José Lamego, Ana Gomes, Maria João Rodrigues, Vítor Ramalho, Carlos Beja (PS)


e historiadores iluminados “pela matriz” como Fernando Rosas, intelectual condutor do Bloco de Esquerda, ou António José Telo. Jornalistas; Diana Andringa, João Isidro ou Teresa de Sousa.

Até o Saldanha Sanches e a esposa Maria José Morgado, bem como Romeu Francês ou Afonso de Albuquerque.




Bom dia.

Se quer saber mais de Alhos Vedros e de Leonel Coelho consulte

http://alhosvedrosaopoder.blogspot.com/