06 julho 2009

O BARREIRO NOVO A RESVALAR PARA A POLITICA DA BAIXA PROVOCAÇÃO.

I

Em menos de um mês, depois das Europeias, a arrogância dos militantes e acólitos do pê cê está de novo em força a sufocar intelectualmente a Cidade.

Estão fora do seu tempo e orgulham-se disso!

Um deles, só porque um seu antigo vizinho " O MEU AMIGO “NUNO”! se candidata ,nas próximas autárquicas à presidência da câmara pelo partido socialista, passou imediatamente à ofensa:

“A amizade e o respeito que tenho por Nuno Santa Clara Gomes continuará, como até aqui, enquanto se mantiverem os pressupostos que a construiram.” (construíram!)

Um outro, escritor - militante, que efabula o Barreiro ( e quer derreter a estátua de Alfredo da Silva !), não se poupou a apelidar de troca – tintas o director de um online por este o ter desmascarado, no Pravda do Barreiro Novo ,o pseudo lançamento do livro
“ Barreiro, Roteiro das Memórias da Resistência, do Trabalho e da Luta “
como um acto partidário a canibalizar descaradamente as comemorações do Dia da Cidade.

Neste fim-de-semana, um terceiro que gosta de ser conhecido como “ ex-dirigente da intersindical “, organizou um “ movimento de cidadãos do Barreiro “ a que chamou “ Grupo de amigos de Carlos Humberto “que “ estão de alma e coração com a candidatura “ do grande líder presidente camarada do comité central, ocuparam com umas bejecas uma rua/travessa no centro histórico, com barreirenses de todos os partidos (!) dentro da liturgia do culto da personalidade que lhe dedicam.


II

Isto demonstra que o pê cê não evoluiu, não respeita os adversários, utiliza-se e abusa do Barreiro e vê em tudo o que não pensa como eles… inimigos.

Salazar também pensava assim e actuou em conformidade durante quarenta anos!

Nestes últimos três anos e meio , no dia-a-dia abre-se um fosso cada vez maior, entre os que cá estão e aqueles que precisaríamos que viessem para cá.

Neste caminho partidário armadilhado ficaremos mais medíocres, mais pequeninos, pobres e muito honrados.

Tal e qual como Salazar quis para Portugal!


III

Este tipo de comportamento político de intransigência e de desrespeito pelo outro, liquidando a amizade, e anos de irmandade, se for caso disso, já vem de longe. A escola deles tem mais de cinquenta anos!

Recordo o volume III da biografia política de Álvaro Cunhal, de JPP, pagina 129:

“ o partido pedia-lhes que , logo que soubesse que alguém fora expulso , “ tomem para com este a posição justa que o Partido aconselha “ e que pode ir desde “ o não falar simplesmente acerca do Partido com esses elementos e o deixar de ver nele o antigo companheiro de luta até, em casos graves , ao corte total de relações e ao seu desmascaramento … é preciso que as “amizades pessoais “ nunca sejam postas à frente dos interesses do Partido “.
DORL, Setembro de 1952.

IV

O director do Pravda do Barreiro Novo é merecedor destas ofensas vindas dos seus ex-camaradas de partido.


Ele tem posto o seu online, que poderia ser um dos melhores órgãos de informação do Distrito de Setúbal, ao serviço do culto da personalidade do actual presidente de câmara municipal, camarada do comité central.

Recordo dele um lúcido texto (de 2002) - ainda não tinha sido inventado o Pravda do Barreiro Novo - de ataque ao mesmo escritor, que agora o baptizou de troca – tintas:

“ (…) sei que o senhor engenheiro , Armando Teixeira, enquanto ficcionista, tem um certo jeito para criar, recriar e copiar, personagens colocá-las em contexto histórico, misturando-as , no entanto , é bom que consiga entender o que os outros escrevem e não (re) invente a história ao sabor das suas interpretações, valores e princípios . Fui claro?!”

V

O Barreiro não presta para nada!




Boa tarde.