04 abril 2009

TEATRO DO ABSURDO NA QUIMIPARQUE.

I

Acontece hoje à noite, no auditório Augusto Cabrita, mais um êxtase ideológico à pê cê pê a discutir o “estudo prévio do Plano de urbanização da Quimiparque “ e o destino a dar aos terrenos das fábricas da CUF, no Barreiro, destruídas no tsunami das nacionalizações.

Chamam a estes encontros, que escondem dissimulações políticas,
”participação pública “.

E a malta gosta e embarca.
É de Lei!

Se os gestores da coisa pública (que trabalham com coisas nossas e não respondem a ninguém pelos erros) nunca se entenderam com a autarquia (ajudada por gente do partido socialista/B) no Masterplan de Março de 2003 para a requalificação dos terrenos da CUF, será em todo o mês de Abril com “opiniões “ avulsas e circunstanciais que vai ajudar a deixar de ser o “mais do mesmo “?

Poucos duvidarão que este novo projecto dos terrenos da CUF só andará quando satisfazer os intentos do “proletariado”, a retalhar os terrenos e a enche-los da maior ganga possível, no combate à “ especulação imobiliária “ e aos dormitórios.


II

Nesta saga de ouvir o povo sábio nem as crianças das escolas públicas escapam.

Na 15ena da Juventude a autarquia “dialogou” com 22 (!) jovens:

“defenderam “ as crianças que no vasto território que compreende a Quimiparque , se desenvolvam empresas” .

Só que ninguém lhes disse, que os empregos e as empresas não caem do céu, e para haver empresas e empregos é necessário que haja atracção ao Barreiro de capital e de investidores!

Se ensinam hoje aos pioneiros que os empresários fazem parte da exploração capitalista, amanhã será mais difícil compreenderem o difícil mundo do trabalho que os espera.


III

Constou na imprensa de ontem que as câmaras do Barreiro, Almada e Seixal reclamaram o aproveitamento das zonas industriais da Quimiparque 290 hectares, Margueira 55 hectares e Siderurgia Nacional com 536 hectares, para a nova cidade aeroportuária, rejeitando a ideia de uma mega cidade perto do novo aeroporto.

Se o governo actual rejeita a chamada “mega cidade aeroportuária”, então onde fica o sentido desta reclamação?

Igualmente fará algum sentido um
“mega Barreiro Novo de Mercearias em Coina “,
na forma de um Retail Park com 35 mil m2 quando acabou de nascer o Fórum Barreiro com 17500 m2 ?



Boa noite .