10 julho 2008

A TERRA É PEQUENA, E A GENTE DELA NÃO É GRANDE.

Todas as coisas humanas têm o seu lado torpe, ou feio, ou ridículo.
É permitido à arte virá-las de um ou de outro lado quando quer “rir castigando”.
Pena é que sejam precisos estes protestos e declarações; mas a terra é pequena, e a gente dela não é grande.
Almeida Garrett in “ O Arco de Sant´Ana “.

Regresso sempre com a expectativa de encontrar algo de concreto e que me alegre nesta Terra que em tempos foi minha.

Pensamento positivo pensava eu, ao entrar na portagem de Coina:

- os buracos e os buracões ( que rebentam com os pneus, destroem jantes e suspensões) já estão tapados na vergonhosa via sacra que vai da rotunda do Lavradio , Bairro das Palmeiras, percorre toda a Avenida da Praia e contínua pela Miguel Pais?

Estão!

- (não esquecendo a ladainha de que tudo estaria pronto “dentro de dois meses”) será que a rede que veda o acesso da população à muralha foi retirada e o passeio Augusto Cabrita está empedrado com a nova ciclo via ao seu lado?

- Está!

- as pedras da calçada – dos n buracos no centro da cidade – estão no seu legítimo lugar?

- Estão!

Desilusão!

(com rede ou sem rede, será que há buracos fascistas e buracos anti-fascistas? Talvez!)

Mas nada, mesmo nada, acontece nesta terra?

Acontece!

O quê?

Politiquice!

O último 28 de Junho dia da Cidade (que comemorou o 24º aniversário de elevação a Cidade) agora “dia da raça dos filhos da terra” designa “uma terra de intervenção, de resistência, de combate e de luta “ neste “Barreiro Novo “!

Que coisa é esta de se chamar ao Barreiro “Barreiro Novo”?