16 junho 2008

ALFREDO DA SILVA UM EXPLORADOR DE “RATINHOS”

de alentejanos e de algarvios.

Verborreia sem nexo , a mentalizar incautos da necessidade de afastar definitivamente do centro da cidade a “estátua do miserável explorador capitalista” não pára nos ajuntamentos oficiais, nas almoçaradas - comicio, nos jornais virtuais ou impressos.


Estão em êxtase porque se convenceram que a saída provisória da estátua é irreversível e com algum cuidado nem do estaleiro sairá!


Se estão assim tão seguros porquê tanta inquietação?

Talvez por causa da mentira contra a verdade histórica !


(..) A passagem das crianças pela escola surge portanto como uma experiência cada vez mais duradoura e generalizada entre esta população operária.

A nosso ver, a aposta na socialização escolar infantil não teria sido tão precocemente efectuada sem as mais favoráveis condições materiais de existência destas famílias que a relação estável com a grande fábrica proporciona.

Efectivamente, a passagem pela escola representa, directa e indirectamente, uma subida considerável nos custos de socialização da criança.

Não só porque a família dispensa um salário adicional por um tempo considerável de “inactividade” infantil, como também por ser a família que suporta, quase exclusivamente, a totalidade das despesas escolares.

A criança na escola, ou a mãe em casa, são situações de relativo privilégio a que nem todos podem aceder.

Depois, a necessidade de recrutamento e formação de pessoal cada vez mais qualificado para os ramos industriais em expansão na CUF em meados do século contribuem também, a seu modo, para o crescente interesse que a escola suscita como instrumento de promoção junto destas famílias operárias.

As características do modo de industrialização local não são, porém, o único factor em jogo (...)

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A CUF proporcionava gratuitamente a melhor escola primária privada, criada em 1927,com o recrutamento dos melhores professores, não comparável com a modesta oficial, por consequência Alfredo da Silva trabalhou com a primeira geração de analfabetos, deu condições para que a segunda tivesse a 4ª classe e que a terceira se licenciasse.

O Barreiro não esquece.

Ana Nunes de Almeida
A Fábrica e a Família
Famílias operárias no Barreiro
Câmara Municipal do Barreiro
2ª edição
1998



Boa noite.