O CRIME DOS VELHOS DA CAMARRA
Este livro, do lisboeta João Manuel Firmino,
Nesta obra ficamos a conhecer uma população que falava de tudo e sobre tudo sem entender nada de nada:
“As histórias de cada um flutuavam ao sabor das fantasias pessoais ou, ainda mais grave, à deriva das diferentes ideias politicas “:
“Os próprios jornais introduziam palpites e novos enredos ao já intricado novelo, dirigindo a opinião pública, aquecendo ou arrefecendo os ânimos”.
Os partidos em luta pelo poder, são desconhecidos da actualidade e os correligionários vão dos Progressistas, Republicanos a Regeneradores.
A inveja e a carta anónima era um dos atributos para a acusação de tudo e todos, para além da calúnia e da intriga.
A não faltar a traição da família e dos amigos nas más horas!
O escritor descreve com precisão as ruas, becos, travessas e largos e seus nomes então desaparecidos
Relata a Farmácia Pimenta como o local “onde se reuniam os dirigentes de topo da Vila os Costas e os Pimentas “conservadores monárquicos adeptos do Partido Regenerador.
Dos “Penicheiros” revolucionário aos “Franceses” reaccionário; Da estranha Maçonaria à mais estranha ainda Carbonária.
“Os camarros são pessoas irritadas, faladoras e apaixonadas”
etc. etc. um nunca mais acabar de curiosidades .
Não perca esta leitura, certamente, muita coisa não vai ficar na sua cabeça como estava.
Mude os nomes aos locais e às pessoas , e vai constatar que a história se repete.
Parabéns ao J.M.Firmino por esta obra imprescindível e única, até ao momento, para melhor conhecer a nossa terra.
Boa leitura.
Bibliografia
O CRIME DOS VELHOS DA CAMARRA
João Manuel Firmino
Papiro editora/Porto
Maio 2008
20 €
um meio romance e meio ensaio histórico (com relevo para discreta sensibilidade mística à “Paulo Coelho” … no bom sentido) reabilita com sucesso a memória do seu bisavô João Batista Firmino - uma das muitas vitimas das artimanhas dos senhores do poder na Camarra - no recôndito Barreiro do século XIX a entrar no XX.
Este trabalho de investigação histórica de escrita escorreita é único na “literatura Barreirense”a contrariar a habitual efabulação dos “nossos escritores”.
J.M. Firmino descreve o Barreiro da época, agora circunscrito ao que chamamos Barreiro Velho com muita força. Para surpresa do leitor , os chamados “velhos” assassinados, o carapau frito e a quatro e cinco, tinham respectivamente 68 e 71 anos .
Este trabalho de investigação histórica de escrita escorreita é único na “literatura Barreirense”a contrariar a habitual efabulação dos “nossos escritores”.
J.M. Firmino descreve o Barreiro da época, agora circunscrito ao que chamamos Barreiro Velho com muita força. Para surpresa do leitor , os chamados “velhos” assassinados, o carapau frito e a quatro e cinco, tinham respectivamente 68 e 71 anos .
Nesta obra ficamos a conhecer uma população que falava de tudo e sobre tudo sem entender nada de nada:
“As histórias de cada um flutuavam ao sabor das fantasias pessoais ou, ainda mais grave, à deriva das diferentes ideias politicas “:
“Os próprios jornais introduziam palpites e novos enredos ao já intricado novelo, dirigindo a opinião pública, aquecendo ou arrefecendo os ânimos”.
Os partidos em luta pelo poder, são desconhecidos da actualidade e os correligionários vão dos Progressistas, Republicanos a Regeneradores.
A inveja e a carta anónima era um dos atributos para a acusação de tudo e todos, para além da calúnia e da intriga.
A não faltar a traição da família e dos amigos nas más horas!
O escritor descreve com precisão as ruas, becos, travessas e largos e seus nomes então desaparecidos
(foi um destes nomes, 100 anos depois desta história a Travessa Larga agora Travessa Padre Abílio Mendes, que deu, a quem sei, um tremendo trabalho para provar aos serviços autárquicos instalados no Largo das Obras que se tratava da mesmo local, porquanto não passavam nenhuma certidão para a Conservatória do Registo Predial por não constar nada nos arquivos oficiais; melhor o arquivo oficial era o Augusto Valegas enquanto vivo!)
e a dependência jurídica ao Tribunal do Seixal ou da Al-da-Galega (Montijo).
Relata a Farmácia Pimenta como o local “onde se reuniam os dirigentes de topo da Vila os Costas e os Pimentas “conservadores monárquicos adeptos do Partido Regenerador.
Dos “Penicheiros” revolucionário aos “Franceses” reaccionário; Da estranha Maçonaria à mais estranha ainda Carbonária.
“Os camarros são pessoas irritadas, faladoras e apaixonadas”
etc. etc. um nunca mais acabar de curiosidades .
Não perca esta leitura, certamente, muita coisa não vai ficar na sua cabeça como estava.
Mude os nomes aos locais e às pessoas , e vai constatar que a história se repete.
Parabéns ao J.M.Firmino por esta obra imprescindível e única, até ao momento, para melhor conhecer a nossa terra.
Boa leitura.
Bibliografia
O CRIME DOS VELHOS DA CAMARRA
João Manuel Firmino
Papiro editora/Porto
Maio 2008
20 €
<< Home