24 novembro 2007

A ARTE DE FALAR SEM DIZER NADA

Má-fé , Incoerência e Mediocridade.

Eis alguns dos ingredientes que tramaram o nosso Centro Histórico mais conhecido por Barreiro Velho,
Berço da Nacionalidade Camarra como diria um desses poetas apaixonados por escombros.

Sei , ou sabia, por experiência que os nossos políticos eleitos


( de todos os partidos)

não contrariam esta realidade

(nem inventam coisas)

até ler no último

Notícias do Barreiro de 21/11, pagina 11,

nas “Opções participadas “ no Alto do Seixalinho, isto:

A “degradação” (aspas!) do Barreiro Velho foi referida por um munícipe que quis saber que intervenção está pensada para aquela zona.
O Presidente mostrou-se sensível com esta questão, visto que foi nesse local que viveu até casar:



“Lembrou o Presidente da CMB que no Barreiro Velho a Câmara apenas pode intervir nas ruas e não nos edifícios que são privados “.

É a isto que eles chamam “Opções Participadas” ?

Três pequenos exemplos que contrariam esta retórica e
ilustram o que é a “Arte de Falar Sem Dizer Nada”,
ou talvez a

“A Arte de Fugir às Responsabilidades“.

Decreto-Lei nº 104/2004 de 7 de Maio

“regime excepcional de reabilitação urbana para as zonas históricas e áreas criticas de recuperação e reconversão urbanística “

Decreto nº 35/96 de 26 de Novembro

(tem 11 anos!)
declara o nosso Centro Histórico de

“ Área critica de recuperação e reconversão urbanística” .

lê-se no artigo 2º


Compete à Câmara Municipal do Barreiro promover as acções e o processo de recuperação e reconversão urbanístico.

(... para não trazer aqui a complexa Portaria 193/ 2005 de 17 de Fevereiro
onde estão agarrados cerca de cinquenta DR’ s) .

Edital (Processo IT/27/02)




do Arq. Luís Cerqueira


(um caso raro. sem mais pormenores. os pormenores ficarão para outra altura)

a) despacho de 13.05,2003 do vereador do pelouro .
b) passou a execução de vistoria.
c) a auto de vistoria.

d) confirmou-se a inexistência de obras de conservação.
e) o proprietário não cumpriu as disposições legais de conservação .

f) demolição e limpeza do terreno imediatamente.




estava aqui e foi-se num ápice !