O TIPO IDEAL DA SOCIEDADE MODERNA SITUA-SE ACIMA DAS CULTURAS E CONTRA ELAS
Complicado?
Muito complicado!
O caso da actualidade conhecido como o “omercadoaciganado”
em “discussão”
– uma ideia banal tipo meteorito que abortará no prazo legal como se de um aborto se tratasse –
que importa (ou enxerta) práticas, de outras culturas, sem as devidas precauções, dão sempre muito mal resultado.
A este propósito recordo um homem com boas intenções e qualidade revolucionária
(no conceito da sua época)
possuidor de um defeito de montar banca de ideias e práticas que aprendeu com Fidel entre 1956/1959.
Não quis mercados dali para aqui
preferiu import-export de Revoluções.
Vai dar ao mesmo se a ideia é de revolucionar isto ou aquilo.
Refiro-me a Che, de seu nome Ernesto Che Guevara, Argentino e médico que
tardiamente teve consciência das causas e efeitos de impor coisas estranhas dali para aqui.
(É relembrado no folclore da T-shirt da Festa do Avante a competir com a Madonna ou um qualquer jogador da bola).
Quem se der ao trabalho de ler Che no “Congo o Sonho Africano” encontra no epílogo um desabafo que se estenderá até onde chegar a memória do leitor:
(…) hoje está dividido em grupos autónomos com chefes locais, sem a visão de um Congo unificado, sem sequer a visão de um Congo como nação; para eles, a sua nação abarca as tribos que os rodeiam (…)
Che não aprende com os erros no Congo e repete tudo na Bolívia;
é capturado e executado em 8 de Outubro de 1967.
Em democracia, acções isoladas e concentradas num Caudilho Iluminado (o que me parece difícil!) têm tendência a descambar mesmo que as intenções sejam as melhores.
Qualquer “revolução” terá de defrontar
grupos autónomos, chefes locais, falta de visão colectiva, sentido de unificação , as tribos e a … Mentalidade do Caudilho Iluminado.
Como dizia por aí uma leitora num comentário,
“homens e mulheres com ideias de I grande sentem-se à mesa e conversem “.
Na prática não é bem assim que isto funciona, mas é um bom principio.
Muito complicado!
-CONTINUA-
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