(856) UM DISCURSO ESCONDIDO SUZIE A ESTUDANTE ANGOLANA QUE PASSOU PELO BARREIRO .
Vou canibalizar o comentário feito ao opinador , da minha estimada
amiga e vizinha (este admirador da sua cultura e irreverencia) pelo interesse:
Florbela Viegas :
Lá diz o velho ditado: “Quem se deita com crianças, acorda
sempre mijado”. Esta cena faz-me recordar o que se passou no ano passado com os
bolseiros angolanos na Ucrânia, já licenciados e doutorados, que se viram e
desejaram para poder regressar a Angola, porque não tinham dinheiro.
O INABE
(Instituto Nacional de Bolsas de Estudo), de Angola, é o responsável pela
formação de vários estudantes angolanos, tanto no exterior como no interior do
país, e mantém um convénio com mais de 20 países, com destaque para Cuba,
Argélia, África do Sul, Brasil, Espanha, EUA, Inglaterra, Portugal, Polónia,
Rússia. A bolsa para o exterior, é de 500 USD mensais, para as licenciaturas, e
1.500 USD mensais para os mestrados e doutoramentos (una miséria). A interna é
concedida por escalões de rendimento, e varia entre os 21.000 e 96.000 kwanzas
mensais. O ME angolano parece que quer reduzir drasticamente as bolsas de
estudo externas, para pós-graduações, bacharelatos e licenciaturas e pretende
incrementar apenas os mestrados e os doutoramentos.
Acho muito estranho que seja uma empresa privada,
constituída a preceito pelo próprio dono da universidade privada UNIBELAS e
mulher, a acordar e tratar da concessão de “bolsas” a estudantes angolanos que,
de um momento para o outro, se viram obrigados a regressar a Angola, com uma
mão na frente e outra atrás, sem hipótese de sobreviver com tão parcos recursos
financeiros, para dar cumprimento às exigências que lhes foram feitas, de mais
pagamentos.
Parece que em Angola não há interesse em que haja licenciados
angolanos de excelência, que promovam a literacia e o desenvolvimento do País.
O Dr. Jorge Fagundes está de parabéns por trazer à liça este estranho assunto.
Como ANGOLANA agradeço-lhe do fundo do coração refere . Que a “Suzie” não esmoreça
e continue a lutar pelos seus objectivos.
Gostaria de chamar a
atenção da Florbela para o protocolo que a estudante angolana Suzie referiu porque
consta que nesse tal de protocolo há bazófias
muito engraçadas;
“A vinda dos estudantes em questão criará também no
concelho mais postos de trabalho, maior riqueza económica e maior riqueza
intelectual, contribuindo desta forma para o seu desenvolvimento. “
A bazófia estapafúrdia, a ser verdade, como corre nos salões da Cidade, leva-me a não
partilhar uma parte muito grande do seu comentário- interpretação (e não será a
primeira vez que discordamos…) porque não me interessa nada a política
Angolana presente
Interessa-me, sim, o que se passa na minha terra a definhar.
Falamos de coisas diferentes.
Boa tarde.
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