08 julho 2013

(856) UM DISCURSO ESCONDIDO SUZIE A ESTUDANTE ANGOLANA QUE PASSOU PELO BARREIRO .


Vou canibalizar o comentário feito ao opinador , da minha estimada amiga e vizinha (este admirador da sua cultura e irreverencia) pelo interesse:

Florbela Viegas :

Lá diz o velho ditado: “Quem se deita com crianças, acorda sempre mijado”. Esta cena faz-me recordar o que se passou no ano passado com os bolseiros angolanos na Ucrânia, já licenciados e doutorados, que se viram e desejaram para poder regressar a Angola, porque não tinham dinheiro.

 O INABE (Instituto Nacional de Bolsas de Estudo), de Angola, é o responsável pela formação de vários estudantes angolanos, tanto no exterior como no interior do país, e mantém um convénio com mais de 20 países, com destaque para Cuba, Argélia, África do Sul, Brasil, Espanha, EUA, Inglaterra, Portugal, Polónia, Rússia. A bolsa para o exterior, é de 500 USD mensais, para as licenciaturas, e 1.500 USD mensais para os mestrados e doutoramentos (una miséria). A interna é concedida por escalões de rendimento, e varia entre os 21.000 e 96.000 kwanzas mensais. O ME angolano parece que quer reduzir drasticamente as bolsas de estudo externas, para pós-graduações, bacharelatos e licenciaturas e pretende incrementar apenas os mestrados e os doutoramentos.

Acho muito estranho que seja uma empresa privada, constituída a preceito pelo próprio dono da universidade privada UNIBELAS e mulher, a acordar e tratar da concessão de “bolsas” a estudantes angolanos que, de um momento para o outro, se viram obrigados a regressar a Angola, com uma mão na frente e outra atrás, sem hipótese de sobreviver com tão parcos recursos financeiros, para dar cumprimento às exigências que lhes foram feitas, de mais pagamentos.

 Parece que em Angola não há interesse em que haja licenciados angolanos de excelência, que promovam a literacia e o desenvolvimento do País.

 O Dr. Jorge Fagundes está de parabéns por trazer à liça este estranho assunto. Como ANGOLANA agradeço-lhe do fundo do coração refere  . Que a “Suzie” não esmoreça e continue a lutar pelos seus objectivos.

Gostaria de chamar a atenção da Florbela para o protocolo que a estudante angolana Suzie referiu porque consta que nesse tal de protocolo há bazófias muito engraçadas;

 “A vinda dos estudantes em questão criará também no concelho mais postos de trabalho, maior riqueza económica e maior riqueza intelectual, contribuindo desta forma para o seu desenvolvimento. “

A bazófia estapafúrdia, a ser verdade, como corre nos salões da Cidade, leva-me a não partilhar uma parte muito grande do seu comentário- interpretação (e não será a primeira vez que discordamos…) porque não me interessa nada a política Angolana presente

 Interessa-me, sim, o que se passa na minha terra a definhar. Falamos de coisas diferentes.















Boa tarde.