10 julho 2011

(768) NADA ME FALTARÁ.

disse Maria José Nogueira Pinto a terminar a sua viagem por estas paragens :

“Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo”.

Consciente que “só sei que nada sei ”, ignorante profundo destas coisas, fui à cata desse Salmo, porque
o post de ontem ficaria coxo se não trouxesse aqui a razão de ser do Salmo [23 ] O BOM PASTOR ; entretanto já aprendi que se trata de um Salmo individual de confiança em Deus. A protecção de Deus é apresentada com a imagem idílica de um pastor a cuidar do seu rebanho. A relação de protecção assim expressa envolve total compromisso e profunda ternura:
Salmo de David.


O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar
e conduz-me às águas refrescantes.
Reconforta a minha alma
e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos,
de nenhum mal terei medo
porque Tu estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.
Preparas a mesa para mim
à vista dos meus inimigos;
ungiste com óleo a minha cabeça;
a minha taça transbordou.
Na verdade, a tua bondade e o teu amor
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do SENHOR
para todo o sempre.

II

Sensibilizou-me esta força perante a morte: “ nada me faltou – mesmo quando faltava tudo “.
Daí a minha suspeita que a fé provocará sempre mais conforto que o materialismo seco e frio do politicamente correcto do agnosticismo.
Daqui não se infere que esteja a privilegiar o criacionismo e a pôr de lado Charles Darwin.
Complicado ?

III

A propósito: como se classifica uns gajos eleitos na autarquia, representantes do polvo do pê cê pê barreiro, que se dedicam a acompanhar circunspectos, em lugar de destaque, a procissão em honra de nossa senhora do rosário, no dia 15 de Agosto, nas festas do Barreiro?

Seria uma dor de cabeça para Thomas Huxley o homem que criou em 1869 o vocábulo do agnosticismo como antítese ao gnóstico da história da igreja.

Boa tarde.