22 abril 2010

( 667 ) MAQUIAVEL EM DEMOCRACIA.

I

“ Nada pior do que uma pessoa enganar-se quanto ao sentido da História. O político tem de compreender a sua época, a evolução das ideias, o sentido dos acontecimentos e as respectivas consequências. “



II


O que parecia ser uma banalidade da “cultura Autárquica à pazada” , suportada com os dinheiros públicos que ninguém controla por esse País fora , da musica ao desporto, cinema, teatro, surpreende pelas recordações



Março é o teu (o nosso) mês: desde o dia do estudante (24 de Março) ao dia da Juventude ( 28 de Março ).
O dia do Estudante marca as movimentações que em 1962 levaram milhares de estudantes para as ruas em defesa dos seus direitos e dum ensino democrático.
O dia da Juventude assinala a luta dos jovens e relembra a repressão brutal sobre um acampamento de jovens em defesa da paz e da amizade.
Assim, aproveitamos essas datas para festejar mas também para assinalar acontecimentos de grande importância para todos nós!
Aproveitamos para recordar todos aqueles que lutaram e se manifestaram para que hoje possamos viver melhor e mais livres!
Deixo-te uma última ideia: Assinalamos este ano o 100º aniversário da Revolução da Republicana e da Implantação da República – um primeiro passo para a Liberdade e para a Democracia. Sobre essa data, somaram-se mais 64 anos de luta e resistência até à Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974.
Esforcemo-nos por conhecer, lembrar e respeitar esse tempo!
Agora, vem daí! Sai de casa! Vamos para a rua! Vamos à festa!



III



Quando o PCP chama a si coisas da historia feita por muitos , o País está habituado, não estranha, não liga e até acha uma certa piada.



Provavelmente não achará muita piada que uma qualquer Câmara gaste o dinheiro dos nossos impostos em exortações de politica descontextualizada, mesmo que 1962 acontecesse o


“mais importante movimento de subversão [ao Estado Novo] estudantil [Universitário] depois das greves de 1927 e de 1930”


como se tratasse d’ “O Militante” que, por coincidência, já tinha feito as mesmas recordações em 2007 : “Recordemos a enorme crise académica de 1962 iniciada depois da violenta repressão sobre uma manifestação de estudantes contra o regime fascista, no dia 24 de Março (que desde aí se tornou o Dia do Estudante) ”

IV


Lembremos a crise académica de 1962: Em Março o proibido I encontro Nacional de Estudantes, em Coimbra. A constituição do Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses, dirigido por Eurico Figueiredo activista do PCP. A revolta dos estudantes universitários em Lisboa, em Abril. O luto Académico. Greve aos exames. As proibições das comemorações do dia do estudante que levaram à demissão do Reitor da universidade de Lisboa, Marcelo Caetano. Vitorino Magalhães Godinho foi demitido pelo Governo de professor do ISCSPU. A criação do Movimento de Acção Revolucionária com socialistas e católicos progressistas, como Medeiros Ferreira, Vítor Wengorovius, Manuel de Lucena, João Cravinho, Nuno Brederode dos Santos, Oliveira Marques e Vasco Pulido Valente. Sampaio. Tantos!



Boa noite.