( III ) CURTIR A CRISE
VIII
http://www.megavideo.com/?v=QHOYAVC0
Pessoalmente não me preocupa o Hotel Saraiva de Carvalho de 5 *.
Muito menos se o Salazar caiu-chão-cadeira ou quem era quem antes ou depois disto ou daquilo.
“Curiosidades” que se resolvem com o tempo. Não neste. Noutro!
O que nos deve preocupar é isto:
Em 1985, 20% dos trabalhadores portugueses com maiores salários ganhavam 38,6% da massa salarial total.
Vinte anos depois os “mesmos” 20 % pulavam para 45,2%.
Isto quer dizer que regredimos na massa critica da qualidade do trabalho e estamos sem gente para combater “crises” nem nada de nada que atrapalhe a economia nacional.
Uma explicação entre N explicações:
Aqui ao lado, os sempre invejados vizinhos espanhóis com salários três vezes superiores aos nossos, o tecido empresarial é suportado por 33% dos seus trabalhadores e empregadores terem curso superior.
Em Portugal temos menos de metade; 15%!
Como e com quem vamos dar a volta?
Talvez com as soluções dos mestres Nogueira e Carvalho da Silva que vão empanturrar a malta com manifestações até Outubro.
E quem é empanturrado, mais tarde ou mais cedo, vomita.
IX
Deixará um sacana, de ser sacana e passar a bondoso, só por ajudar uma velhinha a passar uma das passadeiras mortíferas na Avenida da Praia?
Que legitimidade ou ética moral há em exibir no Natal como um troféu, gente pobre desprotegida e necessitada vitima da gula do protagonismo de aldeia, em troca de uma “cadeirinha de rodas”?
X
“ Muitas pessoas já desmontaram a tenda da bondade “
“ Não quero desvalorizar o que aconteceu nesta época, mas receio que muitas das coisas que se façam sejam um pouco para show-off.
Muitas dessas pessoas já desmontaram a tenda da bondade e só no próximo ano é que a montam.
Isso não é verdadeiro.
Quando nos procuram e dizemos para guardarem as ofertas para outras alturas do ano, as pessoas não querem, porque querem ter visibilidade na altura do Natal.”
Eugénio Fonseca
Presidente da Caritas Diocesana de Setúbal.
semmais 3jan2009 .
Boa noite.
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