13 fevereiro 2008

SOCIEDADES SECRETAS.

Escrevia o sociólogo belga E. Dupréel :

“Pares de namorados que ocupam cada um o seu banco dum jardim numa noite de Verão não formam uma sociedade se não houver nenhum complemento a ligar estes pares.
Mas quando o guarda do jardim quiser expulsá-los um pouco antes da hora de fecho, o protesto de uns apoiará a resistência dos outros e o guarda terá de se haver com a unidade de um grupo social.”


Fora e dentro , dum Banco de Jardim, grupos poderosos e organizados, bem sustentados financeiramente, fazem mossa quando os seus interesses de grupo estão ameaçados.


Estão incrustados no Estado, nos Partidos e em Movimentos de Regime.

Monárquico ou Republicano, Religioso ou Ateu, de Esquerda ou de Direita, é um pormenor sem importância.

O que está em causa para estes grupos é o poder económico e o controlo do investimento público e as suas derrapagens orçamentais, mas, sabe-se que lhes não é indiferente às suas “sociedades secretas” que a opinião pública lhes seja hostil ou favorável.

Segundo o Comendador Berardo, os anteriores administradores do BCP, ligados à Opus Dei, se vivessem na América estariam presos ( os actuais estão conotados com a Maçonaria).

Não pormenorizou, nem foi além da ponta do iceberg, de offshore, abusos e mordomias, a dar a dimensão e o poder descomunal desses grupos incontroláveis.

Está nas mãos desta gente a decisão, onde, como e quando, colocar pontes e túneis e locais para isto e para aquilo.

Quando lhes for oportuno, decidirão o momento do Mantorras ocupar a cadeira de Belém e o Quaresma a de São Bento.

Outros, nos mesmos grupos, ou noutros, estarão mais interessados em colocar o Pinto da Costa e o Valentim Loureiro.

Nunca consegui saber se o competente e vaidoso Rangel (ex-SIC) conseguiu vender o seu Presidente como quem vende detergentes!

É tudo uma questão de tempo.

Boa noite.