03 fevereiro 2008

OS CORNUDOS NA FILOSOFIA DE ENGELS

- continuação-

Retomo o penúltimo post
Incriminar hoje, a família nuclear como a principal responsável da degradação da Escola e da Sociedade, não passa de um exercício de ingenuidade retórica.

Curiosamente, esta acusação alinha históricamente com o desdém da família monogâmica na filosofia de Marx/Engels :
( o primeiro filho de capitalista textil. o segundo de advogado) ;

“… melhorou , mas, não é, porém a forma superior de matrimónio”.

Segue-se;

“A família é a forma histórica de organização da vida comum dos seres humanos dos dois sexos e se todas as mudanças sobrevindas no transcurso da história e nas relações entre sexos, o matrimónio, a forma da família, têm sido condicionados pelas mudanças no regime económico-social, pelo carácter das relações sociais em geral”.

É um facto histórico indesmentível que a estrutura familiar é a principal vítima da natural evolução social.

O que pretenderiam, então, os pais do Comunismo Cientifico com
“ a forma superior de matrimónio”?

Escrevia Engels em 1861, educando o proletariado, da inevitabilidade do cornudo, nas sociedades divididas em classes:

“Com a monogamia, apareceram duas figuras sociais constantes e características, até então desconhecidas: o inevitável amante da mulher casada e o marido corneado.
Os homens haviam conseguido vencer as mulheres, mas as vencidas se encarregavam, generosamente, de coroar os vencedores”.

in “ A origem da família, da propriedade privada e do Estado” pag. 56 (4ªedição)

Quem não gostaria de fugir de um quadro tão negro de cornudos para aqui e para ali?


- CONTINUA –