TOUT VA TRÈS BIEN, MADAME LA MARQUISE, TOUT VA TRÈS BIEN, MAIS POURTANT …
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Não comungo da opinião que no grande confronto político de ontem à noite entre Ségolène Royal e Nicolas Sarkozy houve um empate.
De maneira nenhuma.
Sarkozy esmagou Ségolène.
Os pormenores do debate ficam para quem faz vida destas coisas e vive deles.
Ontem à noite Ségolene perdeu e encarnou
Lurdes Pintassilgo “a santinha” dos governos provisórios do general Eanes que dava tudo a todos.
Saiu antes de dizer onde ia arranjar o dinheiro para tanta bondade e compreensão nas desigualdades sociais.
Encarnou Ana Gomes na cólera e na agressividade contra os que não pensam como ela.
Encarnou Odete Santos na boçalidade da peixeirada.
“Estou encolerizada e não nervosa”.
Explicava-se ontem !
Enfim, foi uma mulher à altura da esquerda europeia e da internacional socialista.
Não entendi a discrepância de números na “discussão do nuclear”.
Dizia Sarkozy que o nuclear representava 50 % na energia eléctrica.
Ségolène repostava com 17%. (!)
A disparidade é enorme para dois candidatos à presidência da república francesa.
Dizem os entendidos (e não são muitos) que o número real é de 80%.
Mais uma vez Sarkozy esteve próximo da “república real “ e longe da “república virtual” da sua adversária.
Em 2005 a parte nuclear representou 42 % da energia total primária (energia calorífica) e 21 % de energia total final.
O total de 80 % não corresponde à soma das percentagens porque vem da aplicação de um coeficiente de 1/3 para ter em conta o “ rendimento das turbinas”.
Até entendo a complexidade do tema mas nada se compara ao nosso grande ex-ministro das finanças Salgado Zenha (ex-candidato a PR) que numa explicação de preços do petróleo vs gasolina disse:
quando ponho gasolina no radiador do meu carro …
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