08 novembro 2006

É PRECISO AVISAR A MALTA !

Amanhã e depois (dois dias que fazem ponte) há mais greves organizadas pela CGTP.

Será que estamos perante acções de reivindicação sindical ou estratégia partidária?

Tudo indica, e só a ingenuidade tem dúvidas, que estamos perante acções concertadas “do partido” que perde nas urnas e quer governar na rua contra o ” capitalismo – dos dinheiros – públicos “ !

Com estas greves, de cariz anti-social, com laivos de terrorismo – social, o sindicalismo radical de esquerda, caminha em passo largo, para a queda no abismo.

É pena!

Os Sindicatos e o “partido “ fazem parte das organizações imprescindíveis para o bom funcionamento do estado democrático.

Não pode é haver batota!

Ou é sindicato. Ou é "partido".

A maioria do sindicalismo português, sem força e autonomia, perde e cede perante o “partido” que o domina.

Assim decidiu o “partido” ; está decidido:
sacrifica-se o sindicalismo em prol do "partido" .

Compromete-se, conscientemente, o futuro dos que vivem do trabalho, em prol dos que vivem da política.

Foi no duro que a Autoeuropa aprendeu a lição:

“ O partido, dizia Lenine, não é, apenas, o partido avançado consciente, da classe operária, mas é o conjunto organizado de homens, ligados pela mesma vontade, pela mesma acção, em mesma disciplina; e por isso encontra-se, sempre, à frente do proletariado em luta e coloca o espírito de organização e de disciplina na grande quantidade de trabalhadores sem partido.

O partido é a forma suprema de organização da classe operária.

Na luta contra a burguesia, o proletariado organiza as associações mais diversas; sindicatos, grupos parlamentares, cooperativas, uniões juvenis, instituições culturais etc. "


Bibliografia

Lenine
“Um passo à frente, dois passos atrás”
Maio 1904