06 março 2006

OITENTA E CINCO ANOS (Acto III)

Aos camaradas intelectuais, nos defeitos da sua formação ou nos vícios do seu trabalho, seguem-se os camaradas funcionários.

Dias Lourenço sobre os "erros da política disciplinar do PCP " refere:

Particularmente sérios foram, porém, os erros da nossa política disciplinar em relação a certos camaradas funcionários do nosso partido, alguns do próprio comité central, que cometeram faltas no seu trabalho.

Na análise das faltas desses camaradas não foram levadas em linha de conta as suas provas de dedicação ao partido, de espírito de sacrifício e de firmeza ante o inimigo, dadas ao longo de todo um passado, nalguns casos de muitos anos de encarceramento e de actividade revolucionária
.

Alguns desses camaradas funcionários, porque no fundo eram honestos e dedicados, sobreviveram à tempestade e mantiveram intactos o seu amor e o seu devotamento à luta.

Outros porém não resistiram ao embate, encheram-se de ressentimentos contra a direcção do Partido e certos deles caíram mesmo em posições hostis ao partido, acabando por se perder totalmente para a luta.

CONTINUA