(859)PARA ONDE DEVO TELEFONAR PARA SABER O QUE SÃO PESSOAS QUE ACREDITAM NO BARREIRO?

Enquanto não telefono penso que haja pessoas que não acreditam neste Barreiro e outras que não acreditam no Barreiro.

E serão mais as descrentes? Perguntarei!

Direi, também, do que conheço da minha terra, há uma maioria esmagadora que não embarca em festas.

Se é com festas e foguetes que se iludem os problemas? Questionarei!

Prestarei esclarecimentos sobre o Barreiro maioritário que faz muito pouco ruído e é pacato, por isso as festas que a partidarite lhes dedica são mais para os forasteiros e políticos das tasquinhas em campanha eleitoral permanente.

Entrementes, penso no Barreiro triste de maioria silenciosa.

Já agora, acreditar em quê?

II

O Concelho do Barreiro nunca se deu bem com as organizadas provocações aos gajos que não são da nossa malta. O estigma vem sempre a seguir.

 A propósito, lembro a ditadura militar brasileira de 1964 (durou 21 anos) que perseguiu com o “ Brasil ame-o ou deixe-o” a descambar na geração seguinte com o povo a ajudar “ quem não vive para servir o Brasil, não serve para viver no Brasil “. Agora substitua Brasil por Barreiro, servir por acreditar e veja a diferença.

III

Por que razão o Poder Local não fala para as pessoas que não acreditam no Barreiro e ocupa o seu tempo a falar para as pessoas que acreditam no tal de barreiro que eles acreditam?

A parafernália- política tem um nome que desconheço de momento, mas que me recorda o holandês Rob Riemen (2010):

“esses demagogos sem ideais com uma política cheia de ódio e de ressentimentos enraizada no medo da liberdade e na pior espécie de estreiteza de espírito “.

 (Voltarei a Rob Riemen ensaísta e filósofo dedicado à reflexão intelectual e à inspiração do debate cultural e filosófico ocidental.)

Bom dia.