(816) É ESTE O PORTUGAL EM QUE QUEREMOS VIVER?
Mais um estrangeiro a contar aos portugueses o que se passa
em Portugal!
“ Helena era muito simpática, mas tinha um grave problema:
não sabia nada sobre a noite. Tinha comprado aquele bar há pouco tempo e estava
animada com a possibilidade de ganhar dinheiro com a grande comunidade
brasileira existente em Cascais.
Com certeza iria ganhar muito dinheiro, pois os imigrantes
brasileiros, na sua maioria, gastam tudo o que ganham em samba., cerveja e
picanha. O problema é que a comunidade brasileira tem um perfil complicado para
trabalharmos com ela.
Sei disso não só pela
minha experiência no terreno como segurança mas também porque sou brasileiro e
conheço bem a minha “tribo”. Não se esqueçam deste detalhe! De uma forma geral,
os brasileiros são pessoas com uma personalidade bastante instável, que oscila
entre a simpatia e a desconfiança e um estado extremamente agressivo em
situações de conflito.
O pior é que nos últimos anos, devido à entrada
descontrolada de brasileiros em território português, entraram muitos
emigrantes com desvios de carácter Falando mais directamente, e sem ter medo
das palavras a verdade é que Portugal está cheio de “bandidagem” vinda do Brasil e com essa gente não se brinca… a não ser que se saiba brincar a
brincadeira deles!
Tem chegado da gente da pior espécie, já com grande
historial de crimes no Brasil Não vêm para Portugal com intenção de se
redimirem, nem para arranjar trabalho como empregados de mesa! Vêm para cá
porque sabem que em Portugal é mais fácil ser bandido, já que a polícia
portuguesa, além de permissiva, não está preparada para lidar com este tipo de
criminosos.
Os brasileiros estão habituados a uma polícia sanguinária e
caçadora de bandidos, que atira para matar e tem como lema “bandido bom é
bandido morto”.
Quando a malandragem descobre que em Portugal a polícia não
pode atirar em ninguém, que precisa pensar mil vezes antes de sacar da arma,
que não tem autoridade para rebentar a porta de uma casa sem antes preencher um
monte de papelada e atravessar um mar de burocracia… o território luso a
Disneylândia para os marginais!
Mas eu sei lidar com a minha gente, porque vim do mesmo
buraco que eles. Sei como pensam e como agem. Sou nascido e criado na baixa
Fluviense, no Rio de Janeiro Um território hostil, uma verdadeira guerra
urbana! Como devem imaginar não foi em Portugal que aprendi a lidar com a
violência, porém, o facto de ter nascido no berço da miséria e cercado de violência
não quer dizer que não tenha medo.
O medo é um sentimento fundamental para nos
mantermos vivos numa situação de hostilidade. Costumo dizer que sem medo não há
coragem, mas é preciso ter coragem para administrar o medo. Quem diz que não
tem medo, é fraco, inseguro, covarde e pouco inteligente. Esta sempre foi a
minha linha de raciocínio durante o meu percurso na noite e em todos os
ambientes de risco que vivi.”pgs 22 e 23.
Recomendo a leitura do livro
Marlon Queiroz/Máfias da Noite / edi.planeta /Setembro 2012/
ISBN 978-986-657-329-4
Boa noite.
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