10 dezembro 2012

(816) É ESTE O PORTUGAL EM QUE QUEREMOS VIVER?



Mais um estrangeiro a contar aos portugueses o que se passa em Portugal!




“ Helena era muito simpática, mas tinha um grave problema: não sabia nada sobre a noite. Tinha comprado aquele bar há pouco tempo e estava animada com a possibilidade de ganhar dinheiro com a grande comunidade brasileira existente em Cascais.

Com certeza iria ganhar muito dinheiro, pois os imigrantes brasileiros, na sua maioria, gastam tudo o que ganham em samba., cerveja e picanha. O problema é que a comunidade brasileira tem um perfil complicado para trabalharmos com ela.

 Sei disso não só pela minha experiência no terreno como segurança mas também porque sou brasileiro e conheço bem a minha “tribo”. Não se esqueçam deste detalhe! De uma forma geral, os brasileiros são pessoas com uma personalidade bastante instável, que oscila entre a simpatia e a desconfiança e um estado extremamente agressivo em situações de conflito.

O pior é que nos últimos anos, devido à entrada descontrolada de brasileiros em território português, entraram muitos emigrantes com desvios de carácter  Falando mais directamente, e sem ter medo das palavras a verdade é que Portugal está cheio de “bandidagem” vinda do Brasil e com essa gente não se brinca… a não ser que se saiba brincar a brincadeira deles!

Tem chegado da gente da pior espécie, já com grande historial de crimes no Brasil  Não vêm para Portugal com intenção de se redimirem, nem para arranjar trabalho como empregados de mesa! Vêm para cá porque sabem que em Portugal é mais fácil ser bandido, já que a polícia portuguesa, além de permissiva, não está preparada para lidar com este tipo de criminosos.

Os brasileiros estão habituados a uma polícia sanguinária e caçadora de bandidos, que atira para matar e tem como lema “bandido bom é bandido morto”. 

Quando a malandragem descobre que em Portugal a polícia não pode atirar em ninguém, que precisa pensar mil vezes antes de sacar da arma, que não tem autoridade para rebentar a porta de uma casa sem antes preencher um monte de papelada e atravessar um mar de burocracia… o território luso a Disneylândia para os marginais!

Mas eu sei lidar com a minha gente, porque vim do mesmo buraco que eles. Sei como pensam e como agem. Sou nascido e criado na baixa Fluviense, no Rio de Janeiro  Um território hostil, uma verdadeira guerra urbana! Como devem imaginar não foi em Portugal que aprendi a lidar com a violência, porém, o facto de ter nascido no berço da miséria e cercado de violência não quer dizer que não tenha medo. 

O medo é um sentimento fundamental para nos mantermos vivos numa situação de hostilidade. Costumo dizer que sem medo não há coragem, mas é preciso ter coragem para administrar o medo. Quem diz que não tem medo, é fraco, inseguro, covarde e pouco inteligente. Esta sempre foi a minha linha de raciocínio durante o meu percurso na noite e em todos os ambientes de risco que vivi.”pgs 22 e 23.

Recomendo a leitura do livro

Marlon Queiroz/Máfias da Noite / edi.planeta /Setembro 2012/ ISBN 978-986-657-329-4

Boa noite.